REVISÃO
Potencial Terapêutico da espécie Minquartia guianensis (Aubl.): uma breve revisão
Therapeutic potential of the species Minquartia guianensis (Aubl.): a brief review
Resumo
As plantas medicinais são elementos que compõem parte da biodiversidade e têm sido amplamente utilizadas por diversos povos e de diversas formas desde os primórdios da civilização. A Minquartia guianensis possui uma elevada relevância no setor comercial, pois sua madeira é amplamente utilizada no mercado madeireiro na região amazônica. Porém, além desta característica, alguns estudos demonstraram o potencial medicinal dessa espécie. Portanto, esse estudo teve como objetivo buscar informações sobre os usos etnomedicinais utilizados, descrever os aspectos botânicos, assim como, abordar os principais métodos de extração e as classes de metabólitos secundários com suas respectivas propriedades medicinais. Para elaboração desta revisão integrativa foram feitas pesquisas a partir de bancos de dados como SCIELO, Google Acadêmico, PUBMED e LILACS. Os artigos foram pesquisados em língua portuguesa, espanhol e inglesa, tendo sido a maioria publicado nos últimos 20 anos. O levantamento mostrou a relação da ocorrência de metabólitos secundários presentes na espécie, os quais possuem potencial terapêutico antifúngico, antibiótico, anti-inflamatório, bem como, atividades antimalárica e leishmanicida.
- Palavras-chave:
- Uso medicinal.
- Triterpenos.
- Identificação de metabólitos.
Abstract
Medicinal plants are elements that make up part of the biodiversity and have been widely used by various peoples and in various ways since the dawn of civilization. The Minquartia guianensis has a high relevance in the commercial sector, because its wood is widely used in the timber market in the Amazon region. However, besides this characteristic, some studies show the medicinal potential of this species. Therefore, this study aimed to search for information about the ethnomedicinal uses used, to describe the botanical aspects, as well as to approach the main methods of extraction and the classes of secondary metabolites with their respective medicinal properties. This integrative review was carried out using databases such as SCIELO, Google Scholar, PUBMED and LILACS. The articles were searched in Portuguese and English, and most were published in the last 20 years. The survey showed the relation of the occurrence of secondary metabolites present in the species, which have antifungal, antibiotic, and anti-inflammatory potential, as well as antimalarial and leishmanicidal activities.
- Keywords:
- Medicinal use.
- Triterpenes.
- Identification of metabolites.
Introdução
A importância cultural do conhecimento tradicional dos povos amazônicos sobre plantas medicinais, tem sido cada vez mais reconhecida no sistema público de saúde e tem despertado o interesse da indústria farmacêutica em pesquisas farmacológicas, fitoquímicas e agrícolas para a descoberta de novos medicamentos[1]. Em muitas ocasiões, o conhecimento das plantas medicinais é o único recurso terapêutico de muitas comunidades, mas atualmente está sendo usado em conjunto com medicamentos sintéticos, o que deprecia partes da cultura popular[2].
Porém, não se pode negar que o uso popular e mesmo tradicional não é suficiente para a validação de plantas medicinais como medicamentos eficazes e seguros[3]. Desse modo, as plantas medicinais não diferem de nenhum outro xenobiótico sintético, devendo a recomendação ou autorização oficial para seu uso medicinal ser baseada em evidências experimentais, ou seja, os riscos para seus usuários devem ser superados pelos benefícios que podem resultar[4].
Nesse contexto, cada planta medicinal, sem dúvida, tem seu caráter individual e deve-se reconhecer que os produtos naturais contêm componentes químicos farmacologicamente ativos que não podem ser considerados não tóxicos[5]. A obtenção de moléculas bioativas de origem natural é uma abordagem alternativa para combater patógenos resistentes a medicamentos. Sabe-se que as florestas neotropicais são caracterizadas por uma significativa diversidade de espécies vegetais, entre as quais, destacam-se aquelas com potencial terapêutico[6]. No Brasil, o uso de plantas medicinais sempre foi expressivo[7].
No entanto, a identificação botânica apropriada das espécies medicinais é essencial para o avanço das pesquisas na Indústria farmacêutica, bem como para a garantia da conservação genética e manutenção da biodiversidade[8]. Uma forma de disseminar esse conhecimento é divulgar a existência de espécies que possam ser de interesse para pesquisas avançadas com foco nas propriedades químicas, terapêuticas, farmacológicas, anatômicas e histoquímicas de espécies com potencial medicinal.
A espécie Minquartia guianensis Aubl. pertence à família Coulaceae, e é encontrada em diversas regiões dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá[9]. Foram realizados vários estudos científicos para avaliar os compostos bioativos e os potenciais terapêuticos da Minquartia guianensis. No entanto, não existe qualquer informação resumida sobre os etnomedicinais e propriedades farmacológicas da planta até o conhecimento disponível. Por conseguinte, esta revisão possui o objetivo de buscar informações sobre os usos etnomedicinais utilizados, descrever os aspectos botânicos da espécie, assim como, abordar os principais métodos de extração e as classes de metabólitos secundários com suas respectivas propriedades medicinais em destaque na literatura.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, sendo um método que proporciona a síntese de conhecimento e aplicabilidade de importantes descobertas de pesquisa na prática[10]. Nesse sentido, o presente trabalho trata-se de uma revisão integrativa realizada por meio de levantamentos bibliográficos presentes em bases de dados científicas[11].
Para elaboração desta revisão foram feitas pesquisas a partir das bases de dados virtuais: SCIELO, Google Acadêmico, PUBMED e LILACS (TABELA 1). Os artigos foram pesquisados em língua portuguesa, espanhol e inglesa, tendo sido a maioria publicada nos últimos 20 anos. Após a leitura dos resumos, os estudos que pareceram corresponder aos objetivos dessa revisão foram lidos integralmente e participaram deste estudo. As palavras utilizadas na busca de informações deste artigo foram: "Minquartia guianenses, constituintes químicos", "Propriedades Terapêuticas" e "Metabólitos Secundários". Os dados presentes nesta revisão foram encontrados nos próprios artigos sobre os temas pesquisados.
Os critérios de inclusão para seleção de artigos foram estudos que descrevessem a espécie Minquartia guianensis, sua família e especialmente sobre os compostos biotivos da mesma, além dos aspectos botânicos, assim como as formas de obtenção dos extratos botânicos e da identificação dos metabólitos secundários. Em relação aos critérios de exclusão, foram descartados artigos sem relevância empírica para o processo de desenvolvimento do conhecimento da espécie selecionada.
Banco de dados | Quantidade de artigos selecionados |
---|---|
Google acadêmico | 28 |
SCIELO | 3 |
PUBMED | 5 |
LILACS | 2 |
Total | 38 |
Fonte: autores. |
Resultados e Discussão
Aspectos botânicos de Minquartia guianensis (Coulaceae)
A família Coulaceae, que pertence à ordem Santalales, é composta por três gêneros principais: Coula, Ochanostachys e Minquartia[12]. Segundo os autores, essas plantas são predominantemente árvores perenes, destacando-se o gênero Ochanostachys, que pode atingir alturas de até 50 metros. As folhas dos indivíduos dessa família são simples, alternas e possuem margens inteiras. As flores são bissexuais e diplostêmones, apresentando de 4 a 5 partes. O cálice é formado por sépalas conspícuas e concrescidas, enquanto a corola é composta por pétalas que podem ser glabras ou pubescentes. Os frutos são drupas, caracterizados por um pericarpo fino e um endocarpo lenhoso[13].
A distribuição geográfica da família Coulaceae é predominantemente tropical, com espécies localizadas principalmente na Ásia e África. A família não é endêmica do Brasil, porém pode ser encontrada nas regiões Amazônica e no Cerrado. No TABELA 1, observa-se uma sinopse da família Coulaceae no Brasil.
Aceitos | Endêmicos | Sinônimos | |
---|---|---|---|
Gêneros | 1 | 0 | 3 |
Espécies | 1 | 0 | 5 |
Subespécies | 0 | 0 | 0 |
Variedades | 0 | 0 | 0 |
Fonte: Flora do brasil. |
Minquartia é um gênero monotípico, contendo a espécie única Minquartia guianensis[14]. Alguns autores descrevem a espécie apresentando folhas alternas e simples, oblongas ou oblongo-ovaladas, com margem inteira, tendo o ápice do tipo abrupto, curto e acuminado, com base obtusa a arredondada-truncada, com textura cartácea a coriácea, a cor da face abaxial da folha é verde escura e da abaxial verde mais clara e algumas vezes esbranquiçada[15]. As flores da espécie são muito pequenas, em rácemos paniculados, normalmente de 5-6 pétalas, com cor creme e perfumada e seu fruto é uma drupa que antes da maturidade, tem o tamanho e a cor de uma uva verde, no final tem-se um roxo escuro (quase preto), com formato elíptico ou ovalado, com base e ápice arredondados, quando maduro, o mesocarpo carnoso amolece, adquire a cor amarela e um gosto açucarado[16].
A espécie M. guianensis é conhecida popularmente como Acariquara, Aquariquara roxa, Acari. Podendo ser encontrada em Floresta Ciliar, Floresta de Igapó e de Terra Firme[13], sendo uma árvore de dossel, podendo alcançar até 30 m de altura, e possui madeira com coloração marrom-escura, dura, pesada e muito durável[17]. Além disso, a madeira é muito utilizada na indústria madeireira, para a fabricação de postes de uso em redes de energia elétrica, estacas, dormentes e mourões[18].
Metabólitos secundários
O metabolismo de um vegetal é constituído por dois tipos de substâncias, os metabólitos primários e os secundários[19]. Os metabólitos primários (carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos) são responsáveis pela sobrevivência da planta, e atuam em três processos principais: a respiração, a fotossíntese e a assimilação de nutrientes[20]. Os metabólitos secundários, por sua vez, estão relacionados entre o meio ambiente e os seres vivos, sendo exclusivos dos seres autotróficos e são gerados como substâncias de defesa, com função de atração de polinizadores, como agentes de coloração e outras funções[21].
Os metabólitos secundários vegetais destacam-se na área da farmacologia principalmente devido a seus efeitos biológicos[17]. O potencial ativo das plantas se deve a presença dos constituintes tais como flavonoides, alcaloides, triterpenos, sesquiterpenos, taninos, carotenoides e compostos fenólicos[22]. Muitos desses têm se mostrado agentes antibacterianos e/ou antifúngicos, antitumorais, agentes antiparasitários, herbicidas dentre outros [23,24]. A TABELA 2 mostra algumas propriedades de determinados compostos.
Composto | Propriedade Terapêutica |
Flavonoides | Possuem atividade antioxidante, anti-inflamatória, antitrombótica e vaso protetora. |
Alcaloides | Efeito antimuscarínico que está relacionado a sua ação antiespasmódica. A nível do sistema nervoso central podem exercer ação depressora (morfina, escopolamina), ou estimulante (esticnina, codeína) |
Triterpenos | Efeito anti-inflamatória, antinociceptiva, hepatoprotetor, efeito sedativo, antioxidante, antialérgico, antiangiogênica, antimicrobiana e alta seletividade anticancerígena. |
Taninos | Substâncias adstringentes e hemostáticas. Suas principais ações são: antisséptico, antidiarreico e cicatrizante. |
Quinonas | Indicados para pacientes que tem constipação para haver evacuação intestinal. |
Saponinas | Apresentam as propriedades de formar espuma abundante, associado a um poder hemolítico. Possuem atividade anti-inflamatória, analgésica, expectorante, antioxidante, redutora de colesterol, antiviral, antimicrobiana e antifúngica |
Ácido oleanólico | inibe as lipases; tem atividade anticolesterolêmica, anti-hepatotóxica, antioxidante, anti-inflamatória, antifúngica, antibiótica e inibe o crescimento de tumores e de patógenos orais. |
Fonte: Adaptado de Sá-filho et al.[10]. |
A família Coulaceae, embora menos conhecida, tem despertado interesse devido aos seus potenciais propriedades químicas e biológicas. Minquartia guianensis, tem sido objeto de estudo para a identificação de compostos bioativos e suas atividades antibacterianas.
Potencial medicinal de Minquartia guianensis relacionados aos constituintes químicos
A M.guianensis possui uma elevada relevância no setor comercial, pois sua madeira é resistente ao ataque de patógenos, por este motivo é amplamente utilizada no mercado madeireiro na região amazônica[18]. Porém, além desta característica, alguns estudos demonstraram o potencial medicinal dessa espécie.
Um estudo feito por Marles e colaboradores[25] utilizando o extrato clorofórmico de cascas da M. guianensis, descreve o isolamento e a identificação de um poliacetileno, denominado ácido minquartinóico, onde se obteve atividade citotóxica frente a células de leucemia linfocítica P-388.
Segundo Silva Alexandre et al.[26], o ácido também possui atividades antimalárica e leishmanicida.
As cascas de M. guianensis são usadas por indígenas da região amazônica como medicinal e como veneno para pesca[27]. Assim como, algumas populações indígenas do Equador usam a infusão das cascas no tratamento de infecções intestinais causadas por parasitas, contra dores musculares e irritações cutâneas[25]. Muitas populações tradicionais têm forte ligação e dependência dos recursos vegetais locais, pois, apesar de todos os avanços tecnológicos, o cultivo de algumas espécies supre as necessidades de alimentação e sobrevivência dessas famílias[28].
Em um estudo foi investigado plantas utilizadas contra a malária e a leishmaniose por pessoas nativas e não nativas do departamento de Loreto no Peru, onde uma das espécies citadas pelos entrevistados foi a M. guianensis[29]. Em outra pesquisa realizada com cascas de M. guianensis, coletadas no Equador, revelou a presença dos triterpenos eritrodiol, betulina, o ácido minquartinóico e a lichexantona[30]. Em outro estudo, realizado por Rasmussen et al.[31], com as cascas do caule de M. guianensis coletadas no Equador também isolou o ácido minquartinóico, mas dessa vez o composto foi submetido a um ensaio diferenciado demonstrando atividade moderada em ensaio in vitro frente ao Plasmodium falciparum e Leishmania major agentes etiológicos da malária e leishmaniose, respectivamente.
Cursino e colaboradores[32], em um estudo com extratos diclorometânico de folhas de M. guianensis, isolaram os triterpenos: taraxerol, lupeol, lupen-3-ona e esqualeno. Em outro estudo, também realizado por Cursino e colaboradores[33] foram isolados o ácido oleanólico e taraxer-3-ona. Assim como, em outra pesquisa, em uma prospecção fitoquímica realizada com extratos metanólicos e aquoso das folhas e galhos de M. guianensis foram detectados a presença de fenois, taninos, flavonoides, saponinas e triterpenos[34]. As propriedades desses metabólitos têm mostrado diversas atividades biológicas[17].
Outras pesquisas indicam o potencial biológico que os extratos da M. guianensis oferece, como o estudo realizado por Rodrigues et al.[35], sobre atividade antifúngica de plantas amazônicas brasileiras contra espécies de Candida, onde o extrato aquoso e metanólico de galhos da espécie, demonstraram atividade contra três espécies de Candida (C. glabrata, C. albicans, C. parapsilosis), o extrato aquoso das folhas e o extrato diclorometânico de galhos também evidenciam potencial atividade contra C. albicans e C. parapsilosis. Pesquisas relacionadas à prospecção de substâncias isoladas de plantas com potencial antimicrobiano, principalmente contra cepas do gênero Candida, têm se mostrado uma importante estratégia para o tratamento alternativo de infecções fúngicas, uma vez que novas cepas desse microrganismo estão associadas a infecções hospitalares graves[36].
Em ensaios produzidos para verificar o potencial antibacteriano de extratos de M. guianensis, determinou-se que o extrato diclorometânico e metanólico das folhas e metanólico dos galhos desenvolveram atividade para Staphylococcus aureus resistentes à meticilina, B. cereus e Bacillus liquefaciens[34]. Camargo[37] também analisou a atividade antibacteriana dos extratos das cascas, galhos e folhas frente às bactérias Gram-positivas Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus, Gram-negativa E. coli e avaliou-se a atividade antifúngica sobre Candida albicans. Os extratos hexânicos das folhas e galhos da espécie apresentaram-se ativos frente à S. aureus e o extrato metanólico do galho foi ativo frente à C. albicans por meio da técnica de difusão em ágar.
A obtenção de moléculas bioativas de origem natural é uma alternativa para o combate aos patógenos resistentes. Os resultados de muitas pesquisas mostraram que os fitoquímicos ativos modulam ou revertem os mecanismos de resistência bacteriana, sugerindo que eles podem ser usados em combinação com antibióticos para aumentar a atividade e reduzir as doses de antibióticos[26].
Em um estudo realizado para avaliar o potencial tóxico de extratos de espécies de plantas da floresta amazônica brasileira utilizando o método de letalidade da Artemia salina, indicou que os extratos diclorometânico na concentração 250 µg/mL, metanólico (320 µg/mL) e aquoso das folhas (790 µg/mL) de M. guianensis determinam potencial atividade (CL50) de toxicidade[38]. Embora a região amazônica apresente numerosas espécies com perfil medicinal importante, pode-se concluir que os resultados da pesquisa nesta área estão apenas no início[39].
Conclusão
Apesar da grande diversidade cultural e da vasta biodiversidade da flora brasileira, as pesquisas nos estudos sobre plantas medicinais amazônicas são limitadas. Com o intuito de incrementar estas pesquisas, a revisão integrativa mostrou uma estratégia fundamental, pois auxilia na verificação de dados relacionados ao resgate do conhecimento tradicional, além de revelar o potencial farmacológico de plantas bioativas em diversos biomas de nosso país.
Algumas espécies da família Coulaceae, especialmente a Minquartia guianensis, a qual foi analisada na presente revisão, evidencia-se que a espécie possui um forte indício do potencial medicinal. Nesse levantamento, pode ser refletido esse elevado potencial medicinal, revelando a importância de estudos científicos mais acurados sobre as propriedades, métodos extrativos e a presença de metabólitos secundários.
Nesse sentido, novos estudos envolvendo as plantas da Amazônia, são necessários para entender e validar a grande importância que essas famílias botânicas trazem as populações. As atividades farmacológicas da espécie selecionada estão diretamente ligadas os teores de metabolitos presentes na mesma. Muitos dos compostos descritos já são fitoterápicos disponíveis nas farmácias e drogarias ou estão em fase finais de estudos com benefícios promissores para o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico. Contudo, tornam-se necessários maiores estudos e pesquisas que validem esse potencial farmacológico, visando à minimização de efeitos colaterais e toxicológicos.
Fontes de Financiamento
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM.
Conflito de Interesses
Não há conflitos de interesse.
Colaboradores
Concepção do estudo: LCR; NPBR; ALCS; DLFG.
Curadoria dos dados: LCR; NPBR; ALCS
Coleta de dados: LCR; ALCS
Análise dos dados: LCR; NPBR; DLFG.
Redação do manuscrito original: LCR; DLFG
Redação da revisão e edição: LCR; DLFG.
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