Resumo
A utilização de plantas para fins terapêuticos ocorre desde os tempos mais remotos, mas na década de 80 observou-se uma forte tendência mundial ao uso dos produtos naturais. No contexto nacional atual, a Fitoterapia se classifica como uma Prática Integrativa e Complementar em Saúde inserida no Sistema Único de Saúde, porém ainda há desafios quanto ao espaço desta temática na formação dos profissionais de saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar o lugar da Fitoterapia nos cursos de graduação em saúde da Universidade Federal de Campina Grande. Trata-se de estudo do tipo exploratório, descritivo e transversal. Ao todo, 223 estudantes de Enfermagem, Medicina e Psicologia participaram da pesquisa, e a maioria deles relatou que nunca cursaram disciplinas envolvendo Fitoterapia, além de nunca terem participado de eventos sobre estas temáticas, no entanto, a grande maioria declarou ter interesse no assunto e considera importante para suas práticas profissionais futuras o conhecimento a respeito destes temas. Tais dados apontam uma insuficiência da abordagem da Fitoterapia nos cursos de graduação em saúde, favorecendo a formação de profissionais pouco experientes para a prescrição/orientação segura e racional de plantas medicinais e fitoterápicos.
Fitoterapia; Plantas medicinais; Terapias complementares; Formação profissional; Profissionais de saúde
Abstract
The use of plants for therapeutic purposes has occurred since ancient times, but in the 1980s there was a strong global trend towards the use of natural products for various purposes. In the current national context, Phytotherapy is classified as an Integrative and Complementary Health Practice included in the Unified Health System, but there are still major challenges regarding the space of this theme in the training of health professionals. The objective of this work was to evaluate the place of Phytotherapy in undergraduate health courses at the Federal University of Campina Grande. This is an exploratory, descriptive and cross-sectional study. In total, 223 Nursing, Medicine and Psychology students participated in the research; and the majority of them reported that they had never taken courses involving Phytotherapy, in addition to never having participated in events or actions on these topics, however, the vast majority declared that they were interested in the subject and considered knowledge about these topics important for their future professional practices. Such data point to an insufficiency of the Phytotherapy approach in undergraduate health courses, favoring the training of inexperienced professionals for the safe and rational prescription/guidance of medicinal plants and herbal medicines.
Phytotherapy; Medicinal plants; Complementary therapies; Professional training; Health professionals
Introdução
A utilização de plantas com finalidade terapêutica ocorre desde os tempos mais remotos, sendo o conhecimento sobre esta prática construído empiricamente ao longo dos milênios, perpassando pelas comunidades pré-históricas e as antigas civilizações até os dias atuais. Em meados do século XX, a ascensão da indústria farmacêutica e o advento dos medicamentos sintéticos culminou na diminuição do uso de espécies vegetais bioativas para o tratamento das mais diversas enfermidades pela população brasileira[1]. Todavia, da década de 1980 em diante, observou-se novamente uma forte tendência mundial ao uso de produtos naturais para várias finalidades de consumo humano, incluindo as terapêuticas[2].
Tendo em vista que as práticas medicinais tradicionais são realizadas por cerca de 80% da população dos países em desenvolvimento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a reconhecê-las como uma importante ferramenta para a manutenção dos cuidados básicos em saúde. Nesta linha de raciocínio, e com a finalidade de implantação da Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), foi elaborada em 2006 a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que foi atualizada em uma segunda edição, dez anos depois. Nessa Política foram delineadas estratégias governamentais para a garantia do acesso seguro e racional da população às plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, além da promoção do uso sustentável da biodiversidade brasileira e o desenvolvimento da indústria nacional[3,4].
Além do aspecto tradicional das culturas ancestrais acerca da utilização de plantas medicinais, o desenvolvimento de ensaios pré-clínicos e clínicos com componentes farmacológicos vegetais, os estudos sobre possíveis efeitos toxicológicos e a sistematização a ser seguida para a produção de medicamentos fitoterápicos tornaram a Fitoterapia uma opção terapêutica complementar com eficácia e segurança respaldadas no meio científico, digna de ampla utilização nos serviços de saúde[5].
No contexto nacional atual, a Fitoterapia se configura como uma Prática Complementar e Integrativa em Saúde (PICS), com grande potencial para impactar positivamente a assistência nesta área: inicialmente, graças às próprias ações terapêuticas dos constituintes bioativos das plantas medicinais e fitoterápicos, mas também pelo seu custo financeiro relativamente baixo. No entanto, ainda há empecilhos para a efetiva implementação da Fitoterapia no SUS, sendo um destes a falta de capacitação de profissionais de saúde, que muitas vezes desconhecem completamente as propriedades farmacológicas e/ou toxicológicas destes produtos[6]. Em face deste desconhecimento, muitos profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) ainda têm resistência à prescrição destas espécies bioativas e dos medicamentos fitoterápicos, mesmo com amplo uso de plantas medicinais pela comunidade.
Tais profissionais atuantes na APS não prescrevem, indicam ou orientam o uso de plantas medicinais e/ou fitoterápicos para a população usuária das Unidades Básicas de Saúde (UBS) devido à insegurança causada pela ausência da temática na grade curricular de seus cursos de graduação ou pela falta de ações que visem o aperfeiçoamento profissional nesta área[7].
Sabendo-se destes obstáculos para efetivação da Fitoterapia na Atenção Primária à Saúde, existentes desde a preparação acadêmica dos graduandos em saúde, a presente pesquisa teve como objetivo estudar o lugar da Fitoterapia na formação de profissionais de nível superior no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no estado da Paraíba.
Metodologia
a) Aspectos éticos:
O projeto de pesquisa foi submetido à Plataforma Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número de CAAE 65029722.1.0000.5182 e parecer 5.839.199. Os participantes tiveram acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) na íntegra antes de acessarem ao questionário da pesquisa, caso aceitassem.
b) Desenho, local do estudo e período:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, por utilizar recursos e técnicas estatísticas como ferramentas para análise dos dados[8]. Estudo do tipo exploratório, descritivo e transversal. Com panorama das características do objeto estudado e se tenta estabelecer relações entre as variáveis.
O lócus do estudo foi o CCBS da Universidade Federal de Campina Grande, fundada em 2002 e conta atualmente com os cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia.
A coleta de dados se deu entre os meses de abril e setembro de 2023.
c) Amostra e critérios de inclusão e exclusão:
A população estudada foi obtida por uma amostra aleatória dos acadêmicos dos cursos supracitados, aos quais eram enviados link para responder ao questionário virtual.
Os critérios de inclusão foram: discentes com pelo menos 18 anos de idade, regularmente matriculados nos cursos de graduação do CCBS-UFCG (Enfermagem, Medicina e Psicologia) no semestre letivo correspondente ao período da coleta de dados e que estejam de acordo com o TCLE proposto por via eletrônica. Os critérios de exclusão contemplaram indivíduos que não manifestaram desejo de participar da pesquisa, não concordaram com o TCLE ou, ainda, formulários com respostas incoerentes, como por exemplo: relato de uso de plantas (ou de produtos fitoterápicos) que sejam inexistentes.
d) Protocolo do estudo:
A pesquisa foi aplicada eletronicamente através de um questionário virtual previamente elaborado com perguntas objetivas e subjetivas, disponibilizado por meio da Plataforma Google Forms, cujos convites foram feitos eletronicamente por meios de comunicação diversos (E-mail, whatsapp).
e) Análise dos dados e estatística:
Os dados obtidos pela plataforma Google Forms foram transferidos para planilha do Excel 2021 para serem tabulados e posteriormente analisados.
Os dados foram analisados mediante distribuição numérica e percentual pelo próprio Excel 2021. Após análise descritiva das variáveis, os dados foram alocados e submetidos à avaliação estatística. As associações entre as variáveis foram verificadas através do teste de hipótese Exato de Fisher. Considerou-se um nível de significância de 5% (95% de confiança) e um valor de p < 0,05 para admitir uma diferença estatisticamente significativa.
Resultados e Discussões
Coletaram-se respostas de 223 acadêmicos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Do número total de participantes, 129 eram mulheres e 91 eram homens, sendo que uma pessoa se declarou como não binária e duas preferiram não declarar o gênero. A idade dos entrevistados variou entre 18 e 47 anos, sendo a média de 23,83 (±5,06) e a mediana de 23. Com relação à etnia, 106 dos participantes se declararam brancos, 91 pardos, 23 negros e 3 não souberam informar. A renda mensal familiar variou entre R$ 1.000,00 e R$ 50.000,00, com média de R$ 7.128,40 entre os acadêmicos que responderam a este questionamento, sendo que 26 participantes não souberam ou preferiram não declarar.
Dentre os participantes da pesquisa, 153 eram acadêmicos de Medicina, 39 de Enfermagem e 31 de Psicologia. Quanto ao período do curso, a maioria dos participantes se encontrava nos semestres iniciais, entre primeiro e quinto período, dos três diferentes cursos. Sobre a pretensão de exercer a profissão no Sistema Único de Saúde (SUS), a maioria dos participantes (n = 197) revelou ter esse desejo, enquanto apenas oito acadêmicos (3,56%) afirmaram que não pretendiam e 26 (11,6%) não souberam informar ou preferiram não declarar a resposta (TABELA 1).
: Distribuição numérica e percentual dos entrevistados quanto às variáveis socioeconômicas, graduação e período do curso.
A maioria dos participantes revelou não ter cursado nenhuma disciplina que contemplasse o tema (208, correspondente a 93,27%), enquanto 8 participantes (3,56%) informaram que já cursaram alguma disciplina. Sete participantes (3,13%) não souberam informar. Dos acadêmicos que afirmaram já ter tido a experiência com algum componente curricular envolvendo plantas medicinais e fitoterápicos, quatro afirmaram ter sido uma disciplina optativa, dois não souberam informar e um afirmou ter cursado por conta própria com videoaulas e artigos da internet. A carga horária das disciplinas referidas apontadas pelos acadêmicos variou entre 30 e 60h.
Quando analisada a associação entre as variáveis “curso de graduação” e “já ter cursado alguma disciplina na grade curricular sobre Fitoterapia” foi observado que não houve diferença estatisticamente significativa (TABELA 2), o que representa que os cursos de graduação não influenciaram nas respostas abordando esta temática na atual pesquisa.
Quando questionados sobre os motivos que justificavam o fato de não terem cursado nenhuma disciplina envolvendo plantas medicinais e fitoterápicos na Universidade, os acadêmicos apontaram diferentes respostas. Dentre elas, que não houve oferta de nenhuma disciplina obrigatória ou optativa. Outros responderam que já tiveram um mínimo contato com o tema em outras disciplinas da grade curricular, como Farmacologia, mas que não haviam tido oportunidade ou conhecimento sobre disciplinas ofertadas com a temática específica de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Sobre terem cursado alguma disciplina envolvendo Práticas Integrativas e Complementares, novamente a maioria dos participantes (160 - 71,74%) afirmou não ter cursado, 31 participantes (13,90%) afirmaram já ter cursado e 32 (14,34%) não souberam informar.
Quando questionados sobre a percepção de importância de uma disciplina que envolvesse a temática de Plantas Medicinais e Fitoterápicos nas suas respectivas práticas profissionais futuras, 202 acadêmicos (90,58%) afirmaram que seria importante, três (1,34%) disseram não ser importante e 18 (8,07%) não souberam informar.
Quando realizada a associação entre a variável “curso” e “considerar importantes disciplinas que abordem fitoterapia para a prática profissional futura”, foi obtido um resultado de p valor > 0,05. Dessa forma, admitiu-se que a variável curso não influenciou na resposta quanto à percepção de importância das disciplinas na temática de plantas medicinais e fitoterápicos (TABELA 3).
Os acadêmicos também foram questionados se gostariam de ter acesso a disciplinas, eventos ou atividades universitárias que promovessem agregação de conhecimento na área de Fitoterapia, e 208 (93,27%) deles responderam que sim, enquanto 3 (1,34%) alegaram que não e 12 (5,38%) não souberam informar.
Os participantes também responderam se consideravam que o conhecimento a respeito de fitoterápicos tem importância para o cotidiano de prática de um profissional de saúde: a maioria (197, correspondente a 88,34%) respondeu que sim, 1 participante (0,44%) respondeu que não, 5 (2,24%) afirmaram não saber e 20 (9,96%) alegaram que seria pouco importante. Dentre os que responderam que a Fitoterapia teria pouca importância no cotidiano de um profissional de saúde, 16 cursavam medicina, 2 enfermagem e 2 psicologia.
Quando analisadas as variáveis “já ter cursado alguma disciplina com a temática de fitoterapia” e “considerar que uma disciplina que envolva a temática de plantas medicinais e fitoterápicos seria importante para a prática profissional”, não houve associação estatisticamente significativa (p > 0,05) (TABELA 4).
Com relação à participação em alguma atividade acadêmica na área de Fitoterapia ou qualquer outra PICS, 78,92% (176) dos acadêmicos informaram nunca ter participado. Enquanto 15,69% (35) afirmaram já ter participado e 5,38% (12) não souberam informar. A respeito de ter conhecimento sobre alguma prática relacionada à Fitoterapia no SUS, novamente a grande maioria (91,92%) revelou não conhecer e 8,07% afirmaram ter este conhecimento. Quando questionados sobre quais foram estas atividades, os acadêmicos apontaram: implantação de hortas medicinais e ações de educação em saúde sobre fitoterápicos nas UBS, projetos de pesquisa realizados em maternidade, além de relatos de prescrições médicas de diferentes fitoterápicos como Canabidiol, Ginkgo biloba, folhas de Oliveira (Olea europaea L.) e alcachofra (Cynara scolymus).
Em relação ao conhecimento acerca do conceito de Fitoterapia, 140 participantes (62,78%) afirmaram conhecer e 83 (37,21%) responderam que não tinham conhecimento sobre o termo. Quando questionados se já ouviram falar sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e/ou Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICS), 177 (79,37%) responderam não conhecer e 46 (20,62%) afirmaram já ter ouvido falar.
Neste mesmo questionário, 66 acadêmicos (29,59%) afirmaram que não fazem e nunca fizeram uso de plantas medicinais e fitoterápicos para cuidados em saúde, 63 (28,25%) relataram que já fizeram uso em algum momento da vida, 67 (30,04%) afirmaram que usam esporadicamente, 19 (8,52%) usam ao menos uma vez na semana e oito (3,58%) utilizam diariamente. Com relação aos fitoterápicos e plantas medicinais utilizadas, várias foram as espécies citadas, entre elas: camomila (Matricaria recutita), citada 28 vezes; boldo (Peumus boldus), citado 25 vezes; erva-cidreira (Melissa officinalis), citada 12 vezes; maracujá (Passiflora edulis e Passiflora incarnata), citado oito vezes; hortelã (Mentha spicata), citado oito vezes; Valeriana offinalis, citada cinco vezes. A forma de utilização mais referida nas respostas foi chá (65 citações), porém alguns participantes citaram uso tópico (pomada com Arnica - Solidago chilensis - 1 citação), além do uso de fitoterápicos em cápsulas/comprimidos ou xaropes.
Quanto à origem das informações sobre fitoterápicos e plantas medicinais, a maioria dos discentes responderam que sua fonte são internet e outros meios de comunicação (138), familiares (133), amigos (77), profissionais de saúde (61), faculdade (60), e outros (15). Quatro entrevistados responderam que nunca pesquisaram sobre o assunto.
Quando questionados se acreditavam na eficácia de plantas medicinais e fitoterápicos, a maioria respondeu que sim (166 participantes, correspondente a 74,43%). Trinta e oito participantes (17,04%) responderam que sim, mas apenas como método complementar e 19 participantes (8,52%) afirmaram que não tinham uma opinião formada sobre isso. Nenhum participante respondeu “não” para esta pergunta.
Por fim, 105 acadêmicos (47,08%) responderam que se sentiriam seguros para prescrever e/ou orientar sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos aos seus pacientes, enquanto 80 deles (35,87%) relataram não saber responder e 38 (17,04%) afirmaram que não possuíam esta segurança.
Quando analisada a associação entre as variáveis “já ter cursado alguma disciplina com a temática de Fitoterapia” e “ter segurança para prescrever/orientar o uso de PM e fitoterápicos aos seus futuros pacientes”, não houve associação estatisticamente significativa (p > 0,05) (TABELA 5).
A interpretação desta associação não significativa entre as variáveis supracitadas infere que o contato ou não com componentes curriculares abordando a temática Fitoterapia não interferiu na percepção de segurança para a prescrição, orientação e manejo de uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para os futuros pacientes destes profissionais da área da saúde.
O envio dos questionários por meio eletrônico foi um fator que contribuiu para o N final, dado a maior facilidade de alcance a partir desta ferramenta. Outrossim, o número de entrevistados que concordaram em participar da pesquisa pode apontar para o interesse dos estudantes para estudar e se aperfeiçoar acerca da Fitoterapia no meio acadêmico.
No presente estudo, em concordância com dados de pesquisas anteriores, as mulheres são maioria, correspondendo a 57,8% dos alunos dos cursos de graduação em saúde. O predomínio feminino na Academia é recente, evidenciado a partir dos anos 2000 quando pela primeira vez chegou a 60% dos matriculados, como aponta o estudo de Barreto[9]. Nesse contexto, é válido ressaltar que a maioria feminina também em cursos da Saúde, assim como observado nas áreas de Educação, Bem-Estar social e Serviços, pode refletir os requisitos socioculturais ligados ao papel das mulheres, comumente relacionados ao cuidado e assistencialismo[10].
A média da idade dos entrevistados observada revela o predomínio de discentes com perfil etário mais jovem, o que também foi observado por um estudo do perfil sociodemográfico de estudantes da área da saúde de uma universidade pública de Minas Gerais[11]. Pode-se ressaltar também a partir destes dados que a variação da idade entre 18 e 47 anos no presente estudo favorece a pluralidade da percepção dos participantes quanto aos questionamentos levantados. A prevalência de pessoas autodeclaradas brancas indica ainda uma baixa diversidade étnica dentro da Academia, a despeito da política de cotas raciais.
Quanto ao período, a maioria dos participantes se encontrava nos semestres iniciais, o que pode refletir uma maior disponibilidade de tempo e maior interesse dos recém-ingressantes em participar de atividades extracurriculares, como participação em pesquisas científicas. A maioria dos participantes (88,3%) revelou o desejo de atuar no SUS futuramente, o que pode ser reflexo da inserção precoce de discentes da área no sistema público de saúde, principalmente na Atenção Primária à Saúde, acentuando a integração ensino-serviço-comunidade e instigando o interesse dos futuros profissionais em atuar neste campo[12].
No presente estudo, aproximadamente 93% dos participantes afirmaram não ter cursado nenhuma disciplina que contemplasse a temática de Fitoterapia na grade curricular de seu curso. Este dado foi concordante ao relatado por Silva et al.[13], que encontraram um percentual de 82% de discentes da área da saúde de universidades públicas e particulares da cidade de Rondonópolis – MT que também relataram não ter disciplinas com esta temática em seus cursos. De acordo com os dados da pesquisa destes mesmos autores, 89% dos alunos não realizaram cursos sobre plantas medicinais e fitoterápicos durante sua graduação, consoante ao que foi encontrado pelo presente estudo: apenas 3,56% dos participantes informaram que ou já cursaram alguma disciplina ou fizeram algum curso extracurricular na temática.
Dentro desse contexto, pode-se enfatizar a importância de uma disciplina sobre Fitoterapia como oferta durante as graduações na área da saúde, considerando a necessidade da formação acadêmica e profissional de trabalhadores da saúde que se aproximem desses saberes, de forma a desenvolver profissionais habilitados para o mercado de trabalho e para o Sistema Único de Saúde, que compreendam a realidade da sociedade brasileira, bem como a sua história de formação e práticas de saúde[14]. Infere-se que as instituições de ensino precisam rever as grades curriculares e pode-se intuir que a responsabilidade de não haver cursado uma disciplina de Fitoterapia durante a graduação reflete um descaso em torno do aprimoramento e exploração da temática em torno de alternativas de cuidado de saúde para além das práticas hegemônicas, tão presentes nos cursos de graduação das universidades mais tradicionais, como a disseminação do uso de alopáticos como única opção viável de assistência, recuperação e cuidado. Assim, se não há oferta e nem estímulo para o estudo da Fitoterapia e das plantas medicinais, não há, igualmente, desenvolvimento dessas áreas do conhecimento de forma mais específica.
É importante ressaltar que a baixa adesão das PICS por profissionais de saúde pode estar diretamente relacionada ao déficit e desvalorização das Práticas Alternativas e Complementares na grade curricular dos cursos de graduação da saúde. Sabe-se que normalmente as PICS são pouco citadas durante a formação profissional, entre os principais motivos: corpo docente despreparado nas instituições, ausência de disciplinas no próprio Plano de Curso que no geral não oferecem componentes curriculares com a temática ou quando ofertam é na modalidade optativa (não obrigatória). Outrossim, a inserção das PICS durante a graduação pela instituição pode ser um grande divisor de águas para esses futuros profissionais: entre os que entendem sobre e implementam as PICS no seu ambiente de trabalho e os que desconhecem tais práticas e desacreditam em sua eficácia, impactando diretamente na implementação da PNPICS. Esses resultados coincidem com o estudo realizado por Carvalho et al.[15].
O interesse por atividades acadêmicas voltadas para o aprendizado da Fitoterapia foi relatado por 93,27% dos participantes, enquanto 88,34% dos entrevistados afirmaram que enxergam tal conhecimento como importante para a prática do profissional de saúde. O interesse de aprender e a percepção de importância na prática clínica foram vistos de forma similar por Rosa e colaboradores[16]. Por meio de um estudo qualitativo, eles investigaram as representações e intenções do uso da Fitoterapia na Atenção Básica. Na ocasião, os médicos entrevistados referiram o uso da fitoterapia na sua vida pessoal (77,8%), enquanto uma amostra menor, de 70,4% referiu que estendiam o uso também para a prática clínica. A justificativa daqueles que não realizavam a prescrição foi a de que faltavam estudos clínicos comprovando eficácia e segurança. A impressão de que a Fitoterapia não está baseada em evidências pode justificar a hesitação na prescrição cotidiana, haja vista que a conduta médica, se não baseada na Medicina Baseada em Evidências (MBE) se configura como um ato antiético, consoante a Resolução nº 1.499 do Conselho Federal de Medicina, a qual proíbe a utilização de terapias não comprovadas pelos modelos reconhecidos cientificamente na prática médica[16]. Sendo assim, o uso na vida pessoal poderia justificar o interesse pelo aprendizado manifestado pelos participantes da presente pesquisa, entretanto a falta de embasamento científico consolidado tornaria a prescrição mais desafiadora. Em contrapartida ao interesse por atividades acadêmicas na temática, 78,92% dos entrevistados responderam que nunca participou de atividade acadêmica voltada para a Fitoterapia ou qualquer outra PICS. Isso pode ser explicado pelo escasso número de projetos desenvolvidos pelas instituições de ensino superior na temática[16,17].
O não conhecimento sobre práticas no SUS voltadas para a fitoterapia foi relatado por 91,92% dos entrevistados, o que pode ser justificado pela insegurança dos profissionais em executarem condutas baseadas na medicina tradicional e PICS[7,18,19]. Dados sinérgicos com estes resultados foram encontrados quando questionado em relação ao conhecimento dos discentes sobre PNPMF e PNPICS, em que cerca de 79% responderam que não conhecem tais políticas. Um estudo de Feitosa et al.[20] encontrou dados semelhantes quando revelou que a maioria dos estudantes de Medicina, Enfermagem e Odontologia entrevistados na pesquisa (81,3%) também relataram não conhecer a PNPICS. Por tratar-se de políticas específicas para garantir a inserção de plantas medicinais e fitoterápicos e das práticas integrativas e complementares no âmbito da saúde pública, os documentos podem ser restritos a pessoas que já tiveram contato com estudos sobre a temática. Considerando que as políticas citadas estão intrinsecamente relacionadas à viabilização de atividades de educação em saúde nas unidades de saúde, é esperado que a maioria não reconhecesse ações envolvendo Fitoterapia no SUS[3].
A maioria dos participantes desta pesquisa afirmou conhecer o conceito de Fitoterapia, contudo não cursaram disciplinas sobre esta temática ou nem participaram de atividades/eventos acerca disto. Na pesquisa realizada por Nascimento Júnior et al.[19] foi observado que 50% dos profissionais da equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do estudo sabiam a definição de produtos fitoterápicos. Por ser um termo mais difundido atualmente, principalmente no meio da saúde/ciências biológicas, é esperado que o conceito se torne mais conhecido entre os discentes e profissionais de saúde, mesmo sem inserção de componentes curriculares específicos sobre este assunto, o que pode ser perigoso quanto à captação de informações que podem não ser totalmente verdadeiras sobre a Fitoterapia.
No que concerne ao uso pessoal de plantas medicinais e fitoterápicos, pode-se notar que aproximadamente 70% dos discentes entrevistados relataram fazer utilização destes produtos para fins terapêuticos, variando quanto à frequência de uso, destacando algumas espécies mais citadas, como o boldo (Peumus boldus), a camomila (Matricaria recutita) e a erva-cidreira (Melissa officinalis), para problemas digestivos e insônia/ansiedade, respectivamente. Tais resultados coincidem com os encontrados por Silva et al.[21] em uma amostra de discentes de Enfermagem da UFCG, em que 27,91% de estudantes utilizavam boldo também para desconforto abdominal, 8,14% utilizavam camomila para insônia e/ou diarreia e 5,81% utilizavam erva-cidreira para dores estomacais.
A fonte de informações a respeito de plantas medicinais e fitoterápicos mais citada pelos discentes da presente pesquisa foi internet e outros meios de comunicação, seguida dos familiares e amigos. Os profissionais de saúde e faculdade foram citados apenas por 61 e 60 alunos, respectivamente, em suas respostas. Isto demonstra a deficiência da abordagem da temática no meio acadêmico dos cursos da saúde, visto que boa parte dos discentes utilizam estas plantas e fitoterápicos com finalidades terapêuticas e consideram importante a existência de disciplinas que abordem o conteúdo, mas pela ausência de introdução desta temática na grade curricular, buscam ou recebem tais conhecimentos por outros meios, como a internet e pessoas próximas. Outro estudo relatou que o resultado da ausência de informações sobre Fitoterapia e outras PICS nas universidades, faz com que a mídia e familiares/pessoas próximas constituam as principais fontes de obtenção de conhecimento até mesmo para os universitários da área[22].
A eficácia de plantas medicinais e fitoterápicos foi um aspecto que os discentes, em sua maioria, relataram acreditar (91,47%), seja de forma isolada ou como método complementar. O restante dos participantes afirmou que não tinham opinião formada sobre o assunto, porém, nenhum acadêmico afirmou não acreditar na eficácia. Em contraste, no estudo realizado por Nascimento Júnior et al.[19] apenas 36,5% dos profissionais de uma ESF costumavam prescrever esses medicamentos, sendo que os médicos (15,6%) foram os profissionais que mais prescreveram, o que reflete que, apesar da confiança na aplicabilidade terapêutica de plantas medicinais e fitoterápicos pela maioria dos acadêmicos, os profissionais de saúde têm pouco domínio quanto à prescrição, orientação e manejo do uso desses produtos.
Alguns dados que geram preocupação são os referentes à segurança para prescrever/orientar o uso de plantas medicinais e/ou fitoterápicos aos futuros pacientes, visto que, apesar da maioria dos discentes terem pouco ou nenhum contato com a temática durante a graduação, quase metade (47%) afirmaram que se sentiriam seguros para adotar a prática de prescrição e orientação do uso de fitoterápicos em sua atuação profissional. Quando as duas variáveis são associadas, não é encontrada diferença estatisticamente significativa (p > 0,05), o que representa que não há distinção entre os que já cursaram ou não disciplinas na temática quanto à segurança para prescrever e orientar o uso de plantas medicinais e/ou fitoterápicos. Isto reflete que a falta de contato com a temática pode gerar a falsa impressão de que plantas medicinais e fitoterápicos podem ser produtos inócuos à saúde, quando na verdade podem gerar repercussões importantes quanto a efeitos colaterais e interações medicamentosas com alopáticos comumente utilizados pela população[23]. Em um outro estudo[13], os resultados apontaram que mais da metade (56,1%) dos estudantes de cursos superior da saúde não conhecem os riscos do uso indiscriminado de plantas medicinais e fitoterápicos, consequência da ausência de uma formação adequada quanto ao contato com as PICS e a Fitoterapia durante a graduação[24]. Isto direciona para o pensamento crítico sobre a inclusão de disciplinas de forma obrigatória para a formação acadêmica na área da saúde.
Ademais, o conhecimento sobre os conceitos técnicos, o uso pessoal de plantas medicinais ou fitoterápicos com finalidade terapêutica e a credibilidade na eficácia destes se mostraram presentes entre os discentes, o que revelou um público com potencial avidez para adquirir conhecimentos acerca da temática e contribuir para um uso racional, seguro e eficaz de plantas medicinais e fitoterápicos pela população.
A significativa falha na inserção do tema Fitoterapia nos cursos de graduação da saúde contribuem para a manutenção de profissionais inexperientes quanto à prescrição de fitoterápicos e quanto à orientação acerca do uso de plantas medicinais aos pacientes, além de contribuir para a dificuldade de reconhecimento da Fitoterapia como uma ferramenta terapêutica alternativa e complementar importante já inserida no Sistema Único de Saúde por meio de políticas e programas públicos.
Conclusão
Para a formação de profissionais de nível superior em saúde no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o lugar da fitoterapia ainda não é suficiente. Os estudantes relataram, em sua maioria, nunca terem cursado disciplinas sobre o tema e desconhecem a aplicação da prática na Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) e as Políticas Nacionais acerca das Plantas Medicinais e Fitoterápicos e das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Em contrapartida, a maioria dos acadêmicos afirmou considerar importante e ter interesse em aprender sobre a temática da Fitoterapia e/ou outras PICS para seu futuro profissional, assim como avaliaram o uso de plantas medicinais e fitoterápicos como eficaz quanto a propriedades terapêuticas diversas, mesmo de modo complementar.
Há escassez de disciplinas e atividades extracurriculares acerca da Fitoterapia, o que impacta na prescrição, orientação e manejo para o uso racional, seguro e eficaz desses produtos.
Considerando-se também que a Fitoterapia e as Práticas Integrativas e Complementares sejam uma realidade bastante presente no contexto da Atenção Primária em Saúde, o grande número de discentes da área da saúde que nunca cursaram disciplina(s) sobre estas temáticas na grade curricular de seus cursos serão, em boa parte, profissionais atuantes nesta porta de entrada ao Sistema Único de Saúde, porém, carregarão grande inexperiência sobre a prescrição e orientação segura e racional de plantas medicinais e fitoterápicos.
Agradecimentos
Os autores agradecem aos tutores do Programa de Educação Tutorial (PET) Fitoterapia, Dr. Saulo e Dra. Ana Janaína pela disponibilidade para orientação e correção do trabalho.
Referências
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Fonte de financiamento
Não houve.
Datas de Publicação
- Publicação nesta coleção
15 Maio 2025 - Data do Fascículo
Abr 2025
Histórico
- Recebido
12 Ago 2024 - Aceito
02 Abr 2025