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Etnobotânica

Análise das publicações etnobotânicas sobre plantas medicinais da Mata Atlântica na Região Sul do Estado da Bahia, Brasil

Analysis of ethnobotanical publications on medicinal plants of the forest Atlantic in the South of Bahia, Brazil

Autores:
1GOMEZ, Marcella*;
2ROCHA, Emerson Antônio;
2GOMBERG, Estélio.
Instituições
1Universidade do Estado da Bahia, Campus VIII, Paulo Afonso, BA, Brasil.
2Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus, BA, Brasil.
pereira.gomez@hotmail.com

Resumo

As populações humanas que ocupam florestas tropicais convivem com grande diversidade biológica e de seu repertório cultural destacam-se as práticas relacionadas ao uso popular de plantas para fins medicinais. O objetivo deste trabalho foi traçar um panorama sobre o uso de plantas medicinais por populações tradicionais da Mata Atlântica no estado da Bahia, Nordeste do Brasil, buscando valorizar o potencial etnofarmacológico local e contribuir para novas pesquisas fitoterápicas. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico documental em repositórios virtuais sobre os estudos etnobotânicos já realizados, sobre o uso de plantas medicinais na cura e tratamento de doenças por comunidades tradicionais e campesinas desta região. Foram encontradas 21 referências sobre o uso de plantas medicinais por comunidades tradicionais e campesinas localizadas no estado da Bahia, das quais nove referem-se exclusivamente a Floresta Atlântica totalizando 276 espécies distribuídas em 77 famílias botânicas. A realização desse estudo permitiu a visão rápida e abrangente da produção científica envolvendo os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais no atendimento primário a saúde e contribui para a valorização cultural associada ao desenvolvimento educacional e científico que envolve o conhecimento empírico de populações tradicionais.

Palavras-chave:
Medicina tradicional.
Atenção à saúde.
Pesquisa bibliográfica.

Abstract

Human populations that occupy tropical forests coexist with great biological diversity and its cultural repertoire there are the practices related to the popular use of plants for medicinal purposes. The aim of this study was to establish an overview of the use of medicinal plants for traditional populations of the Atlantic Forest in the state of Bahia, northeastern Brazil, seeking to exploit the potential site ethnopharmacological and contribute to new herbal research. To this was accomplished a bibliographical and documentary survey on virtual repositories on ethnobotanical studies conducted on the use of medicinal plants in the cure and treatment of diseases by traditional and peasant communities of this region. 21 references were found on the use of medicinal plants for traditional and rural communities located in the state of Bahia, nine of which refer exclusively to the Atlantic Forest totaling 276 species in 77 plant families. The present study allowed the rapid and comprehensive overview of the scientific production involving traditional knowledge on the use of medicinal plants in primary care health and contributes to the cultural value associated with educational development and scientific involving empirical knowledge of traditional populations.

Key-words:
Traditional medicine.
Attention to health.
Bibliographical research.

Introdução

Os acelerados processos de perdas e transformações culturais demonstram como é urgente a implantação de políticas públicas que garantam o registro do saber tradicional a respeito do uso de plantas medicinais na cura e tratamento de doenças. O convívio das comunidades com o ambiente permite que a biodiversidade associada às áreas de Mata Atlântica seja utilizada para garantir a saúde e a qualidade de vida dessas comunidades, que na maioria das vezes, são historicamente excluídas pelo poder público.

O potencial etnofarmacológico das áreas de Mata Atlântica é uma variável econômica significativa para o desenvolvimento local, já que o conhecimento tradicional associado ao científico permite avaliar a eficácia das plantas medicinais utilizadas popularmente. O potencial de comercialização destes produtos medicinais caseiros (os que possuem eficácia farmacológica) é mais uma alternativa econômica e de valorização dos conhecimentos tradicionais destas comunidades.

As populações humanas que ocupam florestas tropicais convivem com grande diversidade biológica, e de seu repertório cultural, destaca-se o conhecimento sobre o uso de plantas para fins medicinais (PINTO, AMOROZO e FURLAN, 2006). As práticas relacionadas ao uso popular de plantas medicinais simbolizam muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos (MACIEL, PINTO e VEIGA-JR, 2002).

Bioma com elevados índices de biodiversidade, incluindo a cultural, a Mata Atlântica possuía uma área equivalente a 1.315.460 km2, estendia-se originalmente por 17 estados brasileiros nas regiões sul, sudeste e nordeste do país, leste do Paraguai e o nordeste da Argentina (TABARELLI et al., 2005; COSTA et al., 2006). Na Região Sul do Estado da Bahia, nordeste do Brasil, este bioma se destaca por sua elevada riqueza, alto grau de endemismo (MOREIRA et al., 2002; SAMBUICHI, 2009), e por suas populações tradicionais albergarem significativas práticas e saberes, especialmente sobre a diversidade biológica local (SOUSA et al., 2007).

De acordo com Moreira e colaboradores (2002), os interesses acadêmicos a respeito do conhecimento de populações tradicionais sobre o uso de plantas medicinais e de suas formas de utilização, têm crescido após a constatação e comprovação de que a base empírica desenvolvida por estas comunidades habilitam a extensão desses usos à sociedade industrializada em espaços urbanos e rurais através de várias modalidades e interesses (MAIOLI-AZEVEDO e FONSECA-KRUEL, 2007; MANDARINO et al., 2011).

O referido trabalho buscou reunir informações etnobotânicas sobre o uso de plantas com fins medicinais e, consequente potencial etnofarmacológico, por populações tradicionais da Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia, Brasil, objetivando, a partir de um levantamento bibliográfico-documental em repositórios virtuais de pesquisa, traçar um panorama das produções bibliográficas sobre o referido tema e destacando à necessidade de novas investigações científicas, que levem benefícios concretos a essas comunidades de modo a contribuir para o desenvolvimento econômico e soberania cultural e biológica do país.

Material e Métodos

Este trabalho de pesquisa foi realizado através do levantamento bibliográfico-documental, em repositórios virtuais, dos estudos etnobotânicos sobre plantas medicinais já realizados na região de Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia. Nesta busca foram utilizados o Google Academic; ScienceDirect; CAPES; Scielo; Pubmed e a plataforma Lattes. As palavras-chave utilizadas foram: "Etnobotânica" e "Ethnobotany"; "Plantas Medicinais" e "Medicinal Plants"; "Mata Atlântica" "Atlantic Forest" e "Estado da Bahia" "State of Bahia", todas combinadas entre si.

Os trabalhos encontrados a partir da combinação das palavras citadas acima, após serem lidos, foram divididos em dois segmentos: Domínio Atlântico, considerando os ecossistemas associados, e Floresta Atlântica. Para o presente trabalho foram considerados os documentos que descreviam como área de estudo a Floresta Atlântica, considerando a semelhança ecossistêmica entre as comunidades objeto de pesquisa.

As informações atribuídas a cada espécie citada como medicinal nas publicações foram confirmadas e/ou revistas no site do Missouri Botanical Garden (MOBOT) e os nomes vernaculares (vulgares) permaneceram apresentados exatamente como constam nos artigos originais.

As referências levantadas foram enumeradas pela data de publicação e organizadas com as informações botânicas: família, espécie, indicação, formas de uso e parte(s) utilizada(s) de cada espécie com uso medicinal. As publicações científicas estão identificadas com seu respectivo número entre parênteses nas referências bibliográficas deste trabalho.

Resultados e Discussão

A partir da combinação das palavras "etnobotânicas", "plantas medicinais", "mata atlântica" e "estado da Bahia" nos idiomas Português e Inglês, foram encontradas 21 referências sobre o uso de plantas medicinais por comunidades tradicionais e campesinas localizadas no estado da Bahia. Dentre estas referências as cidades de Ilhéus e Itabuna apresentaram destaque. De acordo com Costa e colaboradores (2001) estas cidades formam um polo urbano desenvolvido, onde quase todos os seus moradores possuem alguma relação com o meio rural, uma vez que parte da renda local é ligada ao plantio de cacau.

Desse total de referências, doze são documentos que descrevem como área de estudo o Domínio Atlântico, destacando-se as regiões com vegetação de restinga (ARAÚJO e LACERDA, 1992; TONHASCA, 2005). Os documentos cuja área de estudo é descrita como Mata Atlântica apresentam a floresta como área de uso sustentável, a exemplo dos sistemas agroflorestais que, sob a floresta apresentam condições favoráveis ao desenvolvimento de cacau sombreado.

Para esta área, em todos os casos na Região Sul da Bahia, foram encontrados sete artigos científicos, uma nota prévia e uma nota científica totalizando 276 espécies distribuídas em 77 famílias (TABELA 1).

As famílias mais utilizadas para fins medicinais são Asteraceae com 25 espécies e Lamiaceae com 23 espécies de uso medicinal (9,06% e 8,33% respectivamente). A família Asteraceae é uma das famílias mais comumente citadas em estudos e levantamentos etnobotânicos por apresentar um grande número de plantas de uso medicinal devido ao fácil cultivo e acesso em áreas ruderais (FONSECA-KRUEL e PEIXOTO, 2004; AZEVEDO e SILVA, 2006; MAIOLI-AZEVEDO e FONSECA-KRUEL, 2007; PIRES et al., 2009). A família Lamiaceae apresenta diversos representantes cultivados, os quais possuem ações farmacológicas devido a presença de óleos essenciais, conforme afirmam Martins e colaboradores (1995); Cunha-Lima (2008) e Feijó e colaboradores (2013) sugerindo dessa maneira, a importância dessa família botânica em tratamentos de cura e prevenção de enfermidades (CUNHA-LIMA et al., 2012).

A família Fabaceae lato sensu, representada por 19 espécies, representa 6,88% do total de espécies medicinais para a área de Mata Atlântica do estado da Bahia, considerando as nove publicações encontradas. A família Verbenaceae, com 12 espécies medicinais, representa 4,35%, enquanto as famílias Euphorbiaceae e Poaceae, com 10 espécies medicinais, juntas representam 7,25% do total de espécies medicinais utilizadas por comunidades da região sul baiana. As famílias Myrtaceae e Rutaceae, representadas por 9 espécies respectivamente, somam 6,52%, enquanto as famílias Amaranthaceae, Piperaceae, Solanaceae e Zingiberaceae, cada uma representada por 8 espécies, somam 11,59%. A família Apiaceae e Urticaceae representam juntas 4,35%, com uma apresentando 6 espécies, enquanto as famílias Boraginaceae e Malvaceae juntas representam 3,62%, cada uma representada por 5 espécies. As famílias Anacardiaceae, Annonaceae, Crassulaceae e Rubiaceae, com 4 espécies medicinais cada, somam 5,80%. As famílias representadas por 3 espécies cada uma, somam 7,61% do total de espécies medicinais da região sul baiana, são elas: família Araceae, Cleomaceae, Curcubitaceae, Lauraceae, Lytraceae, Melastomataceae e Myristicaceae.

As famílias Acanthaceae, Adoxaceae, Asparagaceae, Amaryllidaceae, Arecaceae, Brassicaceae, Costaceae, Cyperaceae, Lecythidaceae, Loranthaceae, Musaceae, Oxalidaceae, Phylanthaceae, Petiveriaceae, Plantaginaceae, Polygalaceae, Violaceae, Xanthorrhoeaceae são representadas por 2 espécies cada uma (0,72% do total de espécies apresentadas) e somam 13,04%. As famílias Achariaceae, Alismataceae, Apocynaceae, Begoniaceae, Bixaceae, Bromeliaceae, Burceraceae, Caesalpinaceae Campanulaceae, Cannabaceae, Cannanceae, Caprifoliaceae, Caricaceae, Combretaceae, Commelinaceae, Convolvulaceae, Dilleniaceae, Iridaceae, Liliaceae, Malpighiaceae, Marantaceae, Menispermaceae, Moraceae, Nyctaginaceae, Orchidaceae, Papaveraceae, Passifloraceae, Pedaliaceae, Rosaceae, Siparunaceae, Simaroubaceae, Smilacaceae e Talinaceae são representadas por 1 espécie medicinal cada (0,36% do total de espécies) e somam 11,96%.

Entre as plantas que se destacam quanto ao número de citações referentes ao uso medicinal, estão as seguintes espécies: Chenopodium ambrosioides L., citada em oito trabalhos. As espécies Vernonia condensata Baker; Ocimum gratissimum L.; Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.; Eugenia uniflora L. e Lippia alba (Mill.) N.E. Br. estão referenciadas em sete dos nove trabalhos publicados sobre a biodiversidade de plantas com uso medicinal na Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia. Presentes em seis trabalhos estão às espécies: Anacardium occidentale L.; Schinus terebinthifolius Raddi; Bidens pilosa L.; Sambucus australis Cham. & Schltdl; Senna occidentalis (L.) Link e Peperomia pellucida (L.) Kunth. As espécies Mangifera indica L.; Cajanus cajan (L.) Huth; Plantago major L.; Scoparia dulcis L.; Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.; Plectranthus barbatus Andrews e Ruta graveolens L. são citadas em cinco dos nove trabalhos publicados, enquanto as espécies Annona muricta L.; Carica papaya L.; Costus spiralis (Jacq.) Roscoe; Rhynchospora nervosa subsp. cilata T. Koyama; Mentha puleguim L.; Ocimum basilicum L.; Pilea microphylla (L.) Liebm e Aloe vera (L.) Burn. f. são citadas em quatro dos nove trabalhos etnobotânicos encontrados para a área de Floresta Atlântica do estado da Bahia.

A maioria das espécies citadas apresenta mais de uma indicação medicinal. As espécies Plectranthus amboinicus (LAMIACEAE) e Lippia alba (VERBENACEAE) apresentaram treze indicações de uso entre as quais destacam-se o uso medicinal destas no tratamento de dores, cicatrizações e inflamações. Chenopodium ambrosioides (AMARANTHACEAE) e Schinus terebinthifolius (ANACARDIACEAE) apresentaram nove indicações de uso. A espécie Bidens pilosa (ASTERACEAE) apresentou oito indicações de uso com destaque para o uso medicinal no tratamento de dores e inflamações, corroborando os resultados que Rodrigues e Guedes (2006) apresentaram para o Povoado de Sapucaia, Bahia. Peperonia pelucida (PIPERACEAE), Plantago major (PLANTAGINACEAE), Scoparia dulcis (PLANTAGINACEAE), Cymbopogon citratus (POACEAE) e Ruta graveolens (RUTACEAE) foram às espécies que apresentaram sete indicações de uso medicinal, entre as quais está tratamento e cura de diarreia, inflamações, dores, gripe, pressão alta e coceira, sendo que Cymbopogon citratus foi também indicada para a queda de cabelo. A espécie Vernonia condensata (ASTERACEAE), apresentou seis indicações para inflamações e dores, enquanto as espécies Senna occidentalis (FABACEAE) e Eugenia uniflora (MYRTACEAE) apresentaram cinco indicações para fins medicinais.

As espécies Ocimum gratissimum (LAMIACEAE), Plectranthus barbatus (LAMIACEAE) e Aloe vera (XANTHORRHOEACEAE) apresentaram quatro indicações, entre as quais destaca-se o uso na cura de gripe, dores no corpo, inchaços, cicatrização e no caso da Aloe vera o uso para queda de cabelo. Mangifera indica (ANACARDIACEAE) e Costus spiralis (Jacq.) Roscoe (COSTACEAE) são indicadas respectivamente para inchaço, febre e gripe; diabetes, hicterícia e hepatite. Cajanus cajan (FABACEAE) tem duas indicações: como vermífugo e para pneumonia.  Anacardium occidentale (ANACARDIACEAE) e Pilea microphylla Liebm. (URTICACEAE) possuem apenas uma indicação cada, sendo essas respectivamente cicatrizantes e utilizadas em casos de diarreia.

Dentre as espécies citadas estão plantas exóticas, introduzidas e nativas, sendo a grande maioria cultivada em quintais e em áreas peridomiciliares (COSTA et al., 2001; PINTO, AMOROZO e  FURLAN, 2006). A relação entre comunidade e flora de uso medicinal demonstra uma forte relação e grande conhecimento dos humanos que habitam a Mata Atlântica da Região Sul do Estado da Bahia.

O conhecimento sobre as plantas utilizadas dentro da própria comunidade é passado de geração a geração (SOUSA et al., 2007) e saber de onde vem o conhecimento que enriquece a cultura de um povo é primordial para compreender as interações entre humanos e ambiente (RODRIGUES e GUEDES, 2006) de maneira a enfatizar a importância das memórias bioculturais na compreensão das relações, conhecimentos e práticas das comunidades tradicionais com a biodiversidade local e culturas globais (UICN, 2010), assim como o potencial etnofarmacológico que esse conhecimento abriga de maneira empírica, a exemplo das comunidades de remanescentes de quilombo em Rio de Contas, Chapada Diamantina. Contudo, registram-se fragmentações destas transmissões de saberes dos usos de plantas medicinais pelas interações com meios de comunicações preconizando usos de medicamentos (MEDEIROS, FONSECA e ANDREATA, 2004).

Em seu trabalho Silva, Regis e Almeida (2012) apontam a pesquisa etnobotânica como importante instrumento para o conhecimento das relações entre os indivíduos de uma comunidade, com as espécies vegetais utilizadas para diversos fins. Os autores afirmam que a identificação da flora local usada pelas comunidades de remanescentes de quilombo em Rio de Contas, Chapada Diamantina, é de grande importância para a preservação da cultura, assim como possibilita o desenvolvimento de métodos para o uso racional e sustentável desses recursos.

Fato semelhante ocorre na comunidade de Cordoaria, litoral Norte do estado da Bahia, onde Borges e Bautista (2010) verificaram que a tradição do uso de plantas medicinais constitui prática usual na região e que em doenças de fácil diagnóstico e simplicidade no tratamento, o uso desses vegetais representa uma forma acessível de tratamento, visto que a população local, na grande maioria de baixo poder aquisitivo, encontra-se impossibilitada não só de dispor de serviços de saúde especializados, bem como de adquirir produtos industrializados de alto custo.

A utilização de plantas medicinais, com fins terapêuticos na cura e tratamento de doenças, tem sido difundida como forma alternativa ou complementar por grande parte da população mundial (DI STASI, 1996). De acordo com Barboza da Silva e colaboradores (2012) na comunidade quilombola da Barra II, com vegetação de caatinga, predominante e distante 330 Km de Salvador, o uso de plantas com fins medicinais é a primeira opção para assistência primária à saúde de 91% dos moradores, isso porque no quilombo não existe um posto de saúde e é grande a distância a ser percorrida até a unidade de saúde mais próxima, em Morro do Chapéu a 13 Km de distância. Entre as famílias botânicas mais bem representadas estão: Melastomataceae, Asteraceae, Lamiaceae, Euphorbiaceae e Fabaceae (BANDEIRA, 1998; CONCEIÇÃO e PIRANI, 2007) o que pode justificar o elevado número de espécies citadas para fins medicinais (WECKERLE et al., 2011).

De acordo com Rebouças e colaboradores (2015) a utilização de plantas medicinais com fins terapêuticos é uma prática que tem persistido por gerações, desde a civilização antiga, em diferentes partes do mundo, e que no Brasil, esse conhecimento popular sobre o uso de plantas medicinais sempre foi bastante disseminado. Em seu trabalho foram identificadas 49 espécies, em quatro diferentes municípios em área de transição, e das indicações terapêuticas relatadas pelos entrevistados, 89,8% estava de acordo com as recomendações descritas nas literaturas, o que se considera uma relação positiva.

Para Martins, Oliveira e Neves (2011) o uso de plantas medicinais pela população dos municípios do recôncavo da Bahia vem sendo estudado nos últimos anos e mostra-se bastante representativo. Diversas espécies da flora regional e/ou espontâneas são cultivadas pela população em quintais e canteiros e consumidas de acordo com métodos tradicionais na forma de chás, infusões, garrafadas e compressas, para fins medicinais ou para rituais religiosos. Os autores catalogaram 85 espécies, todas com citações recorrentes na literatura, e entre as mais citadas estão as representantes da família Lamiaceae (Melissa officinalis; Ocimum basilicum) e Verbenaceae (Lipia alba).

O vasto conhecimento das comunidades tradicionais relacionado ao uso dos recursos naturais encontrados nos ambientes onde as mesmas estão inseridas é adquirido empiricamente e transmitido de forma oral de geração em geração (OLIVEIRA, 2015). Apesar da popularização da medicina ocidental (alopática), muitas comunidades ainda continuam crendo e utilizando as plantas medicinais como um aliado contra as eventuais enfermidades, muitas vezes devido aos altos custos dos medicamentos alopáticos ou talvez movido pelo medo de que os medicamentos possam apresentar efeitos colaterais bem mais sérios (SALES, ALBUQUERQUE e CAVALCANTI, 2009).

Em comunidades tradicionais o uso de plantas medicinais é, na maioria dos casos, a única alternativa viável para cura e tratamento de doenças, como é o caso da comunidade quilombola de Furadinho em Vitória da Conquista, Oeste da Bahia. Em seu trabalho Oliveira (2015) verificou que o alto percentual de utilização de plantas medicinais pelas entrevistadas é motivado devido ao escasso acesso a serviços de saúde na localidade, visto que, na localidade existe apenas um pequeno posto de saúde, onde uma vez por mês é realizado atendimento médico aos moradores, sendo assim, a prática popular do uso de plantas medicinais acaba tornando-se a melhor alternativa para o tratamento de doenças ou para a manutenção da saúde dos moradores.

Na comunidade Bola Verde em Teofilândia, região norte da Bahia, muitos moradores relataram que fazem uso das espécies medicinais devido ao fácil acesso e à economia feita ao utilizarem essas espécies, além disso, relatam que o alto custo dos medicamentos alopáticos faz com que o uso de espécies medicinais seja mais frequente (OLIVEIRA, 2012). A autora identificou 83 espécies de uso medicinal, com destaque para a família Lamiaceae. Em estudo semelhante feito no município de Retirolândia, Costa Neto e Jesus (1999) identificaram 71 plantas, onde muitas eram cultivadas. Distribuídas em 41 famílias, sendo as mais representativas a família Lamiaceae, Euphorbiaceae, Caesalpiniaceae e Asteraceae, essas plantas são prescritas para cura e tratamento de diferentes enfermidades.

O uso de um elevado número de plantas, bem como as suas várias aplicações, evidencia a importância ecológica e cultural que este recurso representa para as comunidades tradicionais e campesinas (SILVA; REGIS; ALMEIDA, 2012). A crença das comunidades, nesses recursos vegetais, como alternativa para o tratamento das doenças mais comuns, frente a um deficiente sistema de saúde pública mostra-se como uma ferramenta sócio-ambiental-cultural eficiente para prática de manejo sustentável e conservação de espécies florestais de uso local (MOTA e DIAS, 2012; BARBOZA DA SILVA et al., 2012).

Considerações finais

A grande variedade de espécies identificadas, bem como a riqueza do conhecimento popular sobre o uso de espécies vegetais na cura, tratamento e prevenção de doenças representa a importância dessa região para programas de conservação da biodiversidade, assim como no planejamento e desenvolvimento de novas pesquisas e de novos produtos bioativos. A valorização do conhecimento tradicional sobre o uso da biodiversidade representa a saúde da sociedade que investiga suas bases de formação cultural, política, econômica e social.

A realização desse estudo de revisão bibliográfica permitiu a visão rápida e abrangente da produção científica, envolvendo os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais no atendimento primário à saúde. Da mesma forma que contribui para a comprovação da importância dos saberes e conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais como forma de alcançar um estado de saúde e a uma melhor qualidade de vida.

Espera-se que este trabalho sirva como referência para o desenvolvimento de outros mais amplos, que busquem consolidar as informações relativas às espécies medicinais brasileiras sob a perspectiva taxonômica, de valorização cultural e associada ao desenvolvimento educacional e científico, de modo a contribuir para um maior e melhor engajamento dessas comunidades no que diz respeito à própria valorização etnocultural e econômica, tendo em vista seus conhecimentos prévios sobre essas regiões de elevada biodiversidade.

Referências

TABELA 1: Plantas medicinais registradas para a região de Mata Atlântica do Sul da Bahia.
Famílias/Espécies Nome popular Indicação Formas de uso
(Partes Utilizadas)
Nº documento científico
ACANTHACEAE
cf. Justicia sp. 1 abre-caminho Medicinal ___ 2
cf. Justicia sp. 2 emburana Medicinal ___ 2
ACHARIACEAE
Carpotroche brasiliensis (Raddi) A. Gray fruto-de-paca Medicinal ___ 3
ADOXACEAE
Sambucus nigra L. sabugueiro Gripe, sarampo, catapora, induzir vômito ___ 2;4
Sambucus autralis Cham. & Schltdl. sabugueiro Febre, catapora, sarampo, tosse Chá /Banho (folha) 1;1';5;7;8
Decocção (flores)
ASPARAGACEAE
Agave americana L. pita Medicinal ___ 6
Dracaena fragrans (L.) Ker Gawl. peregun Medicinal ___ 6
ALISMATACEAE
Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli. chapéu-de-couro Reumatismo Decocção/Banho (folhas) 6;7
AMARANTHACEAE
Celosia L. suspiro-celosa Indigestão Decocção (folhas) 7
Beta vulgaris L. beterraba Bronquite, gripe Xarope (raiz) 1';2
Chenopodium ambrosioides L. erva-de santa-maria, mastruz, mastruço Verme, dor de barriga, inchação, dor de dente, expectorante, infecção, pancada, cicatrização, apostema Decocção (folhas) 1;1';2;4;5;6;7;8
Chá/Sumo com leite, emplastro, xarope (folhas e talos)
Pfaffia stenophylla (Spreng.) Stuchlík anador, novalgina Dor de cabeça, dores no corpo, febre Chá (folhas/caule) 1;8
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen anador, novalgina II, doril Dores em geral ___ 2;4
Gomphrena globosa var. albiflora Moq. suspiro-branco Pressão alta Chá (flor) 1
Gomphrena desertorum Mart. calmante, problemas de pressão e coração Medicinal ___ 4
Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze ampenicilina, anador I, bezetacil, dipurana, novalgina I, tetrex Cólica, inflamação, gripe, dor, diarréia Chá (galho e xarope) 1';2
AMARYLLIDACEAE
Allium cepa L. cebola Bronquite, gripe, garganta Xarope/Chá (caule) 1';2;6
Allium sativum L. alho Bronquite, gripe Xarope (bulbo) 1';2
ANACARDIACEAE
Anacardium occidentale L. caju, cajueiro Cicatrizante, diarreia Chá (casca) 1;1';2;3;5;7
Emplastro (ramo)
Mangifera indica L. mangueira Inchaço da perna, febre e gripe, diarréia Banho (folhas) 1;1';2;6;7
Schinus terebinthifolia Raddi aroeira-de-remédio/aroeira/arueira Estimulante, inflamação, cicatrizante, coceira, gripe, gastrite, colesterol alto, pressão alta, cólica Decocção, chá, inalação, banho (casca/folhas) 1';3;5;6;7;8
Spondias mombim L. cajá Diarreia Chá (folhas) 1
ANNONACEAE
Annona muricata L. graviola Picada de cobra, diabetes Sumo (folhas)/ Decocção (fruta) 1;1';6;7
Annona montana Macfad. jaca-de-pobre Picada-de-cobra Maceração (folhas) 7
Rollinia sericea (R.E. Fr.) R.E. Fr. graviola Medicinal ___ 2
Xylopia frutescens Aubl. pindaiba, pau-de-imbira Medicinal ___ 3
APIACEAE
Coriandrum sativum L. coentro Prisão de ventre e gastrite Sumo (folhas) 1
Daucus carota L. cenoura Medicinal Lambedor (flor) 2
Eryngium foetidum L. coentrão Gripe, frieira, cólica menstrual Banho, Chá (folha) 1;1';2
Foeniculum vulgare Mill. erva-doce Barriga inchada, gases, calmante, dor de barriga, pressão alta, disenteria em criança Chá (folhas, sementes, caule) 2;6;7
Petroselinum crispum (Mill.) Fuss salsa Medicinal ___ 2;6
Pimpinella anisum L. erva doce Dores das juntas Chá (planta todas) 1;1'
Tosse, inflamação interna, gripe, ventosidade Lambedor/Chá (Planta toda)
Dor de barriga Chá (planta toda)
APOCYNACEAE
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson janaúba/agoniada  Medicinal ___ 3
ARACEAE
Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr. buri Diabetes e colesterol Sumo (fruto jovem, folhas, raiz) 1
Philodendron pedatum (Hook.) Kunth trinca-trinca Medicinal     ___ 3
Pistia stratiotes L. erva-de-santa-luzia Medicinal ___ 6
ARECACEAE
Cocos nucifera L. coco Purgante, intestino, caroço na pela Óleo/Leite (fruto) 1';2
Elaeis guineensis Jacq. dendezeiro Medicinal ___ 6
ASTERACEAE
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze juiz de paz Para criança doente Banho (planta todo) 1'
Ambrosia artemisiifolia L. artemísia Diarreia Decocção (folha, flores e raiz) 7
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. macela Medicinal ___ 6
Ageratum conyzoides L. erva-de-são-joão, mestrasto branco, mentrasto Inflamações, dores menstruais Chá (folhas) 1;1';6;7
Decocção (planta toda)
Artemisia vulgaris L. artemijo, artemisia Cólica e Dor Chá/Banho (folhas) 1;1';5
Artemisia sp. L. cravo de defunto Medicinal ___ 2
Baccharis dracunculifolia DC. alecrim-do-campo Medicinal ___ 6
Baccharis trimera (Less.) DC. carqueja Diabetes, má digestão, inflamação nos rins Chá (planta toda) 1;1';6
Bidens pilosa L. pilão, picão preto, carrapicho agulha, camomila, picão Inflamação, desinchar perna, pedra na vesícula, dor nos rins, hepatite, dores nos ossos, insterícia, problema de pressão alta Chá/Banho (planta toda/folhas/flores) 1;1';2;4;5;8
Calendula officinalis L. bonina Medicinal ___ 6
Coreopsis grandiflora Hogg ex Sweet. coroa-de-cristo Medicinal ___ 6
Emilia fosbergii Nicolson serralha Diarreia Chá (folhas) 1
Hebeclinium macrophyllum (L.) DC desinchadeira de cacau Topadas Compressa (folhas) 1
Lactuca sativa L. alface Medicinal ___ 2
Matricaria recutita L. camomila Medicinal ___ 6
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera quitoco, quitoqui Dificuldade em parir, inchaço pelo corpo Banho (folhas) 1;7
Tosse Lambedor (folhas) 1
Rolandra fruticosa (L.) Kuntze vence-tudo Estimulante Decocção e Banho (ramos) 7
Sonchus oleraceus L. sarraia Medicinal ___ 2
Tagetes erecta L. cravo de defunto Cansaço no peito Chá e banho (flor e folhas) 1
Tagetes patula L. cravo-de-defunto Gripe ___ 4
Unxia kubitzkii H. Rob. mal me quer do sertão Gripe e tosse Lambedor (flor) 1
Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake assa peixe Inflamações, má digestão, gases, ácido úrico alto, brotoeja, tosse, gripe Sumo (flor) 1;1'
Chá/Banho/Lambedor (folhas sem o pecíolo)
Wedelia trilobata (L.) Hitchc. mal me quer Expectorante, gripe, pancada e pneumonia Lambedor/Compressa (flor e folhas) 1;1'
Wedelia paludosa DC. mal me quer Medicinal ___ 2
Vernonia condensata Baker alumã Prisão de ventre, barriga inchada, dores em geral, problemas causados por bebida, má digestão, cólica Chá/Sumo (folhas e casca) 1;1';2;3;4;5;8
BEGONIACEAE
Begonia reniformis Dryad. cadeado Diarreia Chá (folhas) 8
BIXACEAE
Bixa orellana L. urucum Bronquite, asma, colesterol alto, anemia Decocção/Inalação (semente) 1';7;8
Chá/Sumo/Suco (semente e fruto)
BORAGINACEAE
Cordia sp. L. maria preta Medicinal ___ 2
Cordia corymbosa (L.) Don maria preta Pancadas, corte no pé, inflamação na perna, tosse, gripe, dor no corpo Sumo/Compressa/Lambedor (folha) 1;8
Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. maria-milagrosa Tontura ___ 4
Heliotropium indicum L. crista-de-galo Hematomas nos olhos, inflamação, bronquite Chá/Xarope (folha) 1';4
Symphytum officinale L. confrei Cabelo Banho (folha) 1';2
BRASSICACEAE
Brassica oleracea L. couve branco Estômago, gastrite Sumo (folha) 1';2
Rorippa sp agrião Bronquite Xarope (folha) 1'
BROMELIACEAE
Ananas comosus (L.) Merr. abacaxi Medicinal ___ 6
BURSERACEAE
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand amescla Dor de cabeça Decocção (ramos) 7
CAESALPINACEAE
Hymenaea oblongifolia Huber jatobá Expectorante Lambedor (casca) 1
Sinusite Inalação (semente e resina)
CAMPANULACEAE
Centropogon cornutos (L.) Druce crista-de-galo, bico-de-galo Medicinal ___ 3
CANNABACEAE
Trema micrantha (L.) Blume corindiba Medicinal ___ 3
CANNANACEAE
Canna sp. L. cana-brava Dor de ouvido Maceração (folhas) 7
CARICACEAE
Carica papaya L. mamão Impinge Látex (fruto) 1;1';7;8
Vermes Xarope (fruto)
Infecção intestinal, tosse, gripe Chá/Lambedor (folhas e flores)
CLEOMACEAE
Cleome aculeata subsp. aculeata L. xinxim-de-galinha Antiflamatório e problemas renais Chá (planta toda) 1
Cleome affinis DC. xixi de galinha Medicinal ___ 2
Cleome aculeata L xinxim-de-galinha Inflamação e ajuda a emagrecer Chá (planta toda) 1';8
COMBRETACEAE
Terminalia cattapa L. amendoeira Diabetes, Decocção (folhas) 7
Bronquite Fruto 1'
COMMELINACEAE
Zebrina pendula Schnizl. marianinha, percata de nossa senhora Lavar os olhos Chá (planta toda) 1
CONVOLVULACEAE
Operculina macrocarpa (L.) Ubron. purga de batata, batata de purga Bronquite asmática e tosse Raiz 1
COSTACEAE
Costus spiralis (Jacq.) Roscoe cana-de-macaco, cana-de-macaco-vermelha Diabetes, hepatite e icterícia Sumo (caule)/Decocção (folhas) 1;3;2;7
Costus spicatus (Jacq.) Sw. cana-de-macaco Medicinal ___ 6
CRASSULACEAE
Bryophyllum calycinum Salisb. folha da costa Gastrite, vesícula, dor de ouvido, frieira, tosse, bronquite e cicatrizante Sumo/Compressa /Xarope (folhas) 1;1'
Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken folha-da-costa Gripe, tosse, cicatrizante, frieira Xarope (folhas) 8
Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers. folha da costa Medicinal ___ 2
Kalanchoe brasiliensis Cambess. folha da costa Medicinal ___ 5
CUCURBITACEAE
Curcubita pepo L. abóbora Verme Leite (semente) 1'
Sechium edule (Jacq.) Sw. chuchu Pressão alta Chá (folhas) 1;1'
Momordica charantia L. melão de são caetano Pancada e inchaço Sumo/Chá  (folhas) 1;1'
CYPERACEAE
Eleocharis interstincta (Vahl) Roem. & Schult. junco, dandá-de-lagoa Medicinal ___ 3
Rhynchospora nervosa subsp. ciliata T. Koyama capim-estrela Inchaço, inflamação e doença venérea Chá (planta toda) 1;1';2;3
DILLENIACEAE
Davilla rugosa Poir. cipó-caboclo Medicinal ___ 3
EUPHORBIACEAE
Acalypha amblyodonta (Müll. Arg.) Müll. Arg. mentrasto Dores em geral ___ 4
Croton heliotropiifolius Kunth velame, velaminho Febre Chá (folhas) 8
Croton lobatus L. cabeça-de-formiga Inflamações ___ 4
Euphorbia tirucalli L. graveto Medicinal ___ 2
Manihot esculenta Crantz mandioca Sangue fraco Vinho (tubérculo) 2;7
Jatropha gossipyfolia L. pião roxo Diarreia Chá (folhas) 1
Jatropha curcas L. pinhão-roxo Medicinal ___ 5
Jatropha martiusii Baill. espinehira-santa Inchaço, dor no corpo, inflamação Chá (folhas e talos) 8
Ricinus communis L. mamona Indigestão (Fruta) 7
Sebastiana sp. caatinga de bode Medicinal ___ 2
FABACEAE
Aeschynomene sp. desinchadeira Medicinal ___ 2
Bauhinia forficata Link pata-de-vaca Medicinal ___ 6
Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. unha de vaca, pata de vaca Diabetes Chá (folhas) 1;1'
Bauhinia monandra Kurz pata de vaca Diabetes ___ 4
Cajanus cajan (L.) Huth feijão-guandu, andu Pneumonia, vermífugo, dor de dente Macerado (folhas) 1';6;5;7;8
Chá (folhas)
Banho (folhas)
Chamaecrista nictitans (L.) Moench malícia-amarela Medicinal ___ 3
Crotalaria micans Link andu Medicinal ___ 2
Crotalaria sp. desinchadeira pandeirinho Medicinal ___ 2
Desmodium adscendens (Sw.) DC. carrapicho chato Medicinal ___ 2
Dioclea bicolor Benth. pucumã Medicinal ___ 3
Erythrina velutina Willd. mangalô Medicinal (Folhas) 5
Indigofera hirsuta L. amendoizinho, mata-pasto Diarreia, infecção em crianças Chá (planta toda) 1;6;7
Decocção (folhas)
Mimosa pudica L. malicia, sensitiva Inflamações Chá/banho (folhas) 1;3
Pterodon emarginatus Vogel sucupira Medicinal ___ 6
Senna occidentalis (L.) Link fedegoso Expectorante, tosse, sinusite, mal olhado, corpo ruim Chá/Xarope/Lambedor (raiz, folhas, semente) 1;1';2;5;6;8
Tamarindus indica L. tamarindo Distúrbios nos rins, dor de dente Chá/Banho (folha) 1';1
Zornia   latifolia Sm. arrozinho              Medicinal ___ 2
Zornia glabra Desv. arrozinho Rins, prisão de ventre, uretra Chá (planta toda) 1;2
Zornia diphylla (L.) Pers. arrozinha Coceira vaginal Decocção/Banho (planta toda) 7
IRIDACEAE
Trimezia caulosa Ravenna cebolinha do mato Gripe Xarope (caule) 1'
LAMIACEAE
Hyptis pectinata (L.) Poit. canudinho Cicatrizante Pó/Chá (folhas) 1;1';3
Leonotis nepetifolia (L.) R. Br. cordão-de-são-francisco, cordão-de-frade Derrame ou doença de fora Banho (planta toda) 1;2
Febre Chá (planta toda)
Dores no corpo Banho (folha) 4;7
Melissa officinalis L. erva-cidreira (Folhas) 5
Mentha piperita var. citrata (Ehrh.) Briq. água-de-alevante Regulador de menstruação, coração, vômito Chá (folhas) 8
Mentha pulegium L. poejo Tosse, gripe, dor de barriga, expectorante Chá/Xarope (folhas) 1';2;6;8
Mentha suaveolens Ehrh. hortelã-miúdo Gripe Lambedor (folha) 1
Mentha x villosa Huds. hortelã-miúdo Vermífugo, dor de barriga, gripe, tosse, cólicas, tempero, má digestão, circulação, afina sangue Chá/Lambedor/Xarope/Tempero (folhas e talos) 8
Mentha L. hortelã-roxo Diarreia e tosse Chá e lambedor (folhas) 1
Mentha sp. hortelã, hortelã-miúdo, hortelã-miúdo-roxo Tosse, verme, bronquite Xarope/Sumo com leite (planta toda) 1';2
Mentha gentilis L. água de alevante Medicinal ___ 2
Ocimum basilicum L. manjericão, quioiô, manjericão-grande Tempero, tosse, gripe, pressão alta, descarrego, dor de barriga, diabetes, calmante, expectorante, afina o sangue Lambedor/Tempero/Chá/Banho (folhas, talos e planta toda) 2;5;8
Ocimum campechianum Mill. alfavaca de galinha, quioiô Gripe, tosse, tempero/condimento, expectorante, inflamação, dores em geral, problemas de estômago, flatulência, evitar derrame cerebral Chá/Tempero/Lambedor/Xarope (folha e galho) 1;1';4;8
Ocimum canum Sims manjericão Gripe Chá (folhas) 1
Tosse Lambedor (folhas)
Ocimum L. alfavaca de galinha, alfavaca fina, manjericão-miúdo Expectorante, febre, gripe Lambedor (folhas e talos) 1';2;8
Ocimum americanum L. manjericão-roxo Febre, gripe Chá/Xarope (folha) 1';6
Ocimum gratissimum L. quioiô, quioiô branco, alfavaca, quioiô-cravo Gripe Chá/Lambedor/Banho/Xarope (folhas) 1;1';2;6;7;8
Purgante Sumo (folha)
Dores no corpo, calafrio Decocção (ramos)
Tempero
Ocimum selloi Benth. elixir paragótico, alixis, alixis paragó, anador III Dor de cabeça, dor de barriga e febre Chá (folhas) 1;1';2
Origanum vulgare L. orégano Medicinal ___ 6
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. alfavaca grossa, hortelã grosso, hortelã graúdo, hortelã-de-pau Gripe, tosse, dor de garganta, ressaca, inflamações, calmante, bronquite, vermífugo, afina o sangue, pancada, cicatrizante, dor de ouvido, furúnculo Chá (folhas) 1;1';2;4;5;7;8
Decocção/Xarope/Chá/ Emplastro (folhas)
Plectranthus barbatus Andrews santa bárbara, oxalá, boldo Má digestão, gastrite, problemas intestinais e abortivo Chá (folhas) 1;1';2;6;8
Plectranthus neochilus Schltr. boldo Dor de barriga, dores, abortivo, inflamação, náusea, cólica, problemas intestinais Chá/Sumo (folhas) 2;8;2'
Plectranthus sp. L'Hér. boldo Dor de barriga, barriga inchada, embriaguez e fígado Chá (folhas) 1;5
Rosmarinus officinalis L. alecrim Coração e pressão alta Chá (folhas) 1;6
LAURACEAE
Cinnamomum zeylanicum Blume canela Vômito, digestão, coração, calmante Chá/Xarope (folhas, talos e cascas) 1';8
Laurus nobilis L. louro 6
Persea americana Mill. abacate Inflamações nos rins e uretra Chá (folhas) 1;1';2
LECYTHIDACEAE
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers biriba/embiriba Medicinal ___ 3
Lecythis pisonis Cambess. sapucaia Gastrite Chá (casca) 1'
LILIACEAE
Lilium sp. L. lírio Dores no corpo Banho (folhas) 7
LORANTHACEAE
Struthanthus flexicaulis (Mart. ex Schult. f.) Mart. erva-de-passarinho Dor no peito Decocção (folhas) 7
Phoradendron crassifolium (Pohl ex DC.) Eichler enxerto-de-passarinho Dor de cabeça Chá (folha) 2'
LYTRACEAE
Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.F. Macbr. sete-sangrias Medicinal ___ 6
Lawsonia inermis L. rosedá Unheiro ___ 4
Punica granatum L. romã inflamação na garganta Chá (folhas e frutos) 1';6;8
MALPIGHIACEAE
Malpighia glabra L. acerola Febre, gripe, expectorante, diarreia Chá/Xarope (folhas, frutos, flor, galho) 1';8
MALVACEAE
Gossypium barbadense L. algodão Pancadas e dores pós parto Sumo/Chá (folhas, flor) 1;1';2
Gossypium hirsutum L. algodão Medicinal ___ 6
Sida spinosa L. vassourinha Medicinal ___ 5
Sida cordifolia L. malva-branca Pneumonia Decocção (folha) 7
Waltheria indica L. malva indica Cicatrizante, varizes Banho (folha) 1
Compressa (sumo)
MARANTACEAE
Calathea rotundifolia Poepp. & Endl. surucucu Picada de cobra Compressa (folhas) 1
MELASTOMATACEAE
Clidemia hirta (L.) D. Don remela-de-gato Medicinal ___ 3
Miconia albicans (Sw.) Steud. Canela de velho Medicinal ___ 2
Miconia calvescens DC. erva-de-xangô Medicinal ___ 6
MENISPERMACEAE
Chondrodendron microphyllum (Eichler) Moldenke buti Medicinal ___ 3
MYRISTICACEAE
Myristica fragrans Houtt. noz moscada Dores no corpo, febre, dor de barriga, derrame, tontura, pressão alta, dor de cabeça, visão turva Chá/Infusão/Banho (folhas, frutos e sementes) 2;8
Virola officinalis Warb. bicuiba-branca 3
Virola gardneri (A. DC.) Warb. bicuiba Cicatrizante Emplastro (ramos) 7
MORACEAE
Sorocea guilleminiana Gaudich. espinheira santa Medicinal ___ 6
MUSACEAE
Musa acuminata Colla banana Medicinal ___ 2;6
Musa sapientum L. banana Bronquite, pneumonia, verme, diarreia Xarope da casca/Fruto machucado/Chá 1'
MYRTACEAE
Eucalyptus sp. L'Hér. eucalipto Tosse Xarope (folha) 1';6
Eugenia jambolana Lam. jambolão Medicinal ___ 6
Eugenia uniflora L. pitanga, pitangueira Febre, gripe, tosse, dor de estômago, inflamação Chá/Banho/Inalação/Lambedor (folhas, casca e semente) 1;1';2;5;6;7;8
Eugenia sp. jambo Medicinal ___ 2
Psidium guajava L. goiaba branca, araçá Diarreia e coceira Chá (folhas) 1;1';2;7
Decocção/Emplastro/Chá (folhas e brotos)
Psidium sp. araçá Medicinal ___ 2
Syzygium cumini (L.) Skeels jamelão Medicinal ___ 5
Syzygium aromaticum (L.) Merr. & L.M. Perry cravo-da-índia Bronquite, tosse, gripe Xarope (folha e flor) 1'
Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry jambo Diabetes Chá (folhas) 1'
NYCTAGINACEAE
Guapira obtusata (Jacq.) Little farinha-seca Medicinal ___ 3
ORCHIDACEAE
Vanilla palmarum (Salzm. ex Lindl.) Lindl. baunilha Medicinal ___ 3
OXALIDACEAE
Averrhoa bilimbi L. biri-biri Medicinal ___ 2
Averrhoa carambola L. carambola Pressão alta e diabetes Chá (folhas) 1;4
PAPAVERACEAE
Argemone mexicana L. cardo santo Gripe, catarro no peito Lambedor/Chá (folhas) 1;1';2
PASSIFLORACEAE
Passiflora edulis Sims maracujá Medicinal ___ 6
PEDALIACEAE
Sesamum indicum L. gergelim preto Pancada e tuberculose Macerado em óleo (sementes) 1
PHYLLANTHACEAE
Phyllanthus niruri L. quebra-pedra Pedra nos rins e na vesícula, problemas no fígado, inflamação, diurético Chá (folhas e toda planta) 4;6;8
Phyllanthus tenellus Roxb. quebra-pedra Inflamação nos rins e infecção uterina Chá (folhas e planta toda) 1;1'
PETIVERIACEAE
Petiveria alliacea L. guiné, prá-tudo Reumatismo, asma, bronquite, mal-olhado Chá/Banho (folhas) 1;1';5
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms pau-d'alho Medicinal ___ 6
PIPERACEAE
Ottonia anisum Spreng joão-barandi 6
Peperomia pellucida (L.) Kunth alfavaquinha-de-cobra, alfavaca-de-cobra Diarreia, gripe, problemas no coração, pressão e falta de ar, circulação, problemas intestinais Chá (planta toda) 1;1';2;4;7;8
Lambedor (folhas)
Macerado (folhas/semente)
Pothomorphe peltata (L.) Miq. capeba Medicinal ___ 2
Pothomorphe umbellata (L.) Miq. capeba Problemas no fígado e rins, dor de cabeça, uretra e coluna Chá (raiz e folha)
Compressa/Chá (folha)
1;4
Piper arboreum Aubl. beto preto Corpo ruim ou mal olhado Banho (folha) 1
Piper hispidum Sw. beto Medicinal ___ 3
Piper asimum (Spr.) Angely juburandi Dor de dente (raiz) 7
Piper sp. joão barandinho Dor de dente Sumo (raiz) 1
PLANTAGINACEAE
Plantago major L. tanchagem, transagem inflamações, controlar pressão, problemas de garganta, cólica menstrual, antibiótico, diurético, dor de barriga Chá (folhas) 1;1';2;4;8
Scoparia dulcis L. vassourinha, vassourinha-relógio, vassourinha II Diarreia, febre, descarrego, antibiótico, coceira, doença de criança, brotoeja Decocção (folhas) 1';2;3;7;8
Banho/Chá/Sumo (folhas e toda planta)
POACEAE
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf capim-limão, capim-santo Má digestão, diarreia de sangue, crescimento do cabelo, contra pressão alta, calmante, diurético, dor de cabeça Chá/Suco/Xarope (folhas) 1;1';2;5;8
Estimulante Decocção 7
Cymbopogon densiflorus (Steud.) Stapf capim-de-aruanga Dor de cabeça Banho (planta toda) 7
Cymbopogon flexuosus (Nees ex Steud.) Will. Watson capim-citronela Sinusite, dor no corpo, gripe, febre, enxaqueca Chá/Inalação/Rape (folhas) 8
Digitaria insularis (L.) Fedde capim açu Medicinal ___ 2
Imperata brasiliensis Trin. sapé Prá-tudo Chá (planta toda) 1'
Melinis minutiflora P. Beauv. capim gordura Medicinal ___ 2
Saccharum officinarum L. cana de açúcar Pressão alta Chá (folhas) 1;1'
Sorghum halepense (L.) Pers. capim aruanda Medicinal ___ 2
Vetiveria zizanioides (L.) Nash capim-sândalo Problemas urinários Chá (folhas e raiz) 8
Zea mays L. milho Inflamação nos rins Cha´(fruto) 1'
POLYGALACEAE
Polygala paniculata L. bangui, vassourinha, vick Medicinal ___ 2
Polygala martiana A.W. Benn. porúbio, falsa-poaia, ipecacuanha Expectorante, gripe Sumo (folhas, raiz) 1;3
ROSACEAE
Rosa centifolia L. rosa-branca-miúda Medicinal ___ 6
RUBIACEAE
Borreria verticillata (L.) G. Mey. joão duro, carqueja ou tirica de barbado Crianças que demoram de andar, gripe e febre Banho (planta toda) 1;7
Decocção e extrato alcoólico (folhas)
Coffea arabica L. café 6
Genipa americana L. jenipapo Dor no rim, tosse, anemia Decocção (ramo) 1';2;6;7
Xarope/Sumo (fruto)
Spermacoce verticillata L. carquejinha Medicinal 2
RUTACEAE
Citrus aurantiifolia (Christm.) Swingle limão-merim Medicinal ___ 2
Citrus limon (L.) Osbeck limão-rosa Medicinal ___ 2
Citrus limonum Risso limão-tangerina, limão-cravo Calmante, gripe, febre Chá/Xarope (folhas) 8
Citrus reticulata Blanco tangerina Medicinal ___ 2
Citrus sinensis (L.) Osbeck laranja Medicinal ___ 2
Citrus x auratium var. grandis L. laranja-da-terra, laranjeira Gripe Decocção (folhas/fruta) 6;7
Citrus L. limão balão Medicinal ___ 2
Citrus sp. laranja Dormir, gripe Chá/Xarope (folha e fruto) 1'
Ruta graveolens L. arruda Inflamação nos olhos, dor de ouvido e mau olhado, coceira, doença de criança, brotoeja, antibiótico Infusão (folha) 1;1';2;6;8
Banho/Sumo/Inalação (folhas)
SIPARUNACEAE
Siparuna sp. tetrex Febre, infecção, cicatrizante, inflamação, dores Chá/Sumo/Emplastro (folhas) 8
SOLANACEAE
Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don manacá Medicinal ___ 6
Cestrum laevigatum Schltdl. coarana; coerana Mau olhado, emoliente Banho (folha) 1;4
Solanum americanum Mill. santa maria, erva de santa maria Inflamação interna, edema, ferida e corte Chá (folha) 1;2
Banho (folha)
Solanum argenteum Dunal santa-bárbara Medicinal ___ 6
Solanum paniculatum L. jurubeba Medicinal ___ 2;5;6
Solanum tuberosum L. batatinha Asia Goma (caule) 1';2
Solanum torvum Sw. jurubeba Gripe Lambedor (fruto) 1
Solanum sp. jurubeba Cálculo nos rins, dor de estômago, tosse, circulação, inchaço, gases Chá/Xarope (folhas, semente e raiz) 8
SIMAROUBACEAE
Simarouba amara Aubl. pau-paraíba Medicinal ___ 3
SMILACACEAE
Smilax japicanga Griseb. salsa-de-espinho Medicinal ___ 6
TALINACEAE
Talinum triangulare (Jacq.) Willd. língua-de-vaca Descer menstrução, pressão alta Chá (folhas) 1;8
URTICACEAE
Pilea microphylla (L.) Liebm. brilhantina, melissa Diarreia Chá (folhas e planta toda) 1;2;4;8
Cecropia pachystachia Trécul imbaúba, embaúba Medicinal ___ 3
Cecropia hololeuca Miq. embaúba Diabetes, problemas renais, furúnculo Sumo (Raíz)
Chá/Compressa (folha)
1
Cecropia pachystachia Tec. embaúba Medicinal ___ 2
Cecropia sp. embaúba branca Ferida Látex 1'
Cecropia glaziovi Snethl. embaúba Medicinal ___ 6
VERBENACEAE
Ident. alfazema II Medicinal ___ 2
Ident. narapiró Medicinal ___ 2
Aloysia gratissima (Gillies & Hook.) Tronc. alfazema Azia, coração Chá/Sumo/Banho (folhas) 8
Aloysia lycioides Cham. alfazema Dor, gripe Banho, chá (folhas e flores) 1
Lantana camara L. camará, cambará, chumbinho Tosse, bronquite Lambedor (flores) 1;2;3
cambará Cicatrizante Emplastro (folha) 7
Lantana undulata Schrank camará-branco, cambará-branco Medicinal ___ 3
Lippia alba (Mill.) N.E. Br. erva-cidreira, melissa Calmante, pressão alta, flatulência, dores em geral, mal estar, dor de cabeça, gripe, estimulante, febre, aumenta apetite, vermífugo, diarreia,  tonteira Chá (folha) 1;1';2;4;6;7;8
Banho/Decocção/Chá (folhas)
Estimulante Decocção (folha)
Lippia alba fo. intermedia Moldenke melissa inflamação, pressão alta, dor de barriga, gases, calmante Chá/Xarope (raiz) 8
Lippia lycioides Steud. alfazema Dor de cabeça ___ 4
Lipia sp. melissa Dor de barriga, derrame Chá (folha) 1';2
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl gervão, gerbão, chá de burro Tosse Xarope (folha e galho) 1';2;3
Stachytarpheta dichotoma (Ruiz & Pav.) Vahl gerebão Dor de barriga, problemas de fígado ___ 4
VIOLACEAE
Hybanthus sp. Jacq. pulga-do-campo Medicinal ___ 2
Hybanthus calceolaria (L.) Oken pulga-do-campo Sangue fraco Xarope (folhas) 7
XANTHORRHOEACEAE
Aloe soccotrina DC. babosa Dores no corpo, verme, reumatismo e câncer Macerado (folhas) 1;1'
Aloe vera (L.) Burn. f.
babosa Dor nas costas, inchaço no corpo, cicatrização e queda de cabelo Emplastro (folhas) 2;6;7;8
Usar a polpa
ZINGIBERACEAE
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt. & R.M. Sm. folha-da-colônia, leopoldina Problemas de coração Chá (folha e flor) 1;1';6
Alpinia nutans (L.) Roscoe água de alevante, levante Dor de cabeça Decocção (folha) 5;7
Alpinia speciosa (J.C. Wendl.) K.Schum. água-de-elefante Pressão alta, problemas do coração, calmante, pós-parto, problemas menstruais, dores em geral ___ 4
Alpinia sp. água de colônia ___ 2
Hedychium coronarium J. Koen jasmim do brejo, jasmim Tosse, dor de cabeça Lambedor (raiz) 1;7
Decocção (ramos)
Zingiber officinale Roscoe gengibre Tosse, garganta inflamada Chá/Xarope (raiz) 6;8
cf. Hedychium sp. 1 jasmim Medicinal ___ 2
cf. Hedychium sp. 2 lepudirna Medicinal ___ 2