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Comunicação Breve

Integração de conhecimentos em plantas medicinais na perspectiva de gênero e abordagem transdisciplinar em busca de sustentabilidade: a experiência do arranjo produtivo local de Itapeva

Knowledge integration of medicinal plants on the gender perspective and transdisciplinary approach in search of sustainability: experience of the local productive arrangement of Itapeva

Autores:
1CHECHETTO, Fátima*;
2APOLINÁRIO, Patrícia;
1FONSECA, Jessica A.;
1TANAKA, Renato;
1HELLENMARIE E. Rafael;
3CAMPOLIM, Francine;
4FRANZOSI, Ednylson I.
Instituições
1Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, Itapeva, São Paulo, Brasil.
2Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais, COOPLANTAS, Itaberá, SP, Brasil.
3Secretaria Municipal de Saúde, Itapeva, SP, Brasil.
4Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, São Paulo, SP, Brasil.
*Correspondência:
fatimachechetto26@yahoo.com.br

Resumo

O presente artigo tem como objetivo descrever e analisar o desenvolvimento do processo de construção transdisciplinar com mulheres participantes da Cooperativa de Plantas Medicinais - COOPLANTAS e demais parceiros, tendo como foco a integração de conhecimentos científico e popular sobre plantas medicinais, envolvendo o Arranjo Produtivo Local de Itapeva - SP, no âmbito do desenvolvimento sustentável local. O objetivo acima elencado foi concretizado a partir de Análise Documental com base no método de Sistematização de Práticas Sociais, abrangendo o período de junho de 2014 a setembro de 2016. Os resultados sugerem que o processo possibilitou a abertura de espaço democrático e participativo, orientado por práticas transdisciplinares e perspectiva de gênero. A construção passou a acontecer através de trocas de conhecimentos populares e científicos. Estabelecendo-se uma relação de confiança, surgiu o desejo de continuidade, construindo novos projetos no sentido da consolidação do Arranjo Produtivo Local em Plantas Medicinais. Com a expansão do processo, as mulheres ganham protagonismo e passam a promover, juntamente com os parceiros, a produção agroecológica, na busca de alternativas ao modelo agrícola predominante. Através de suas raízes históricas, contribuem para a preservação da identidade comunitária, em um alinhamento na direção ao desenvolvimento sustentável, potencializando Redes Sociais Locais.

Palavras-chave:
Plantas medicinais.
Sustentabilidade.
Transdisciplinaridade.
Mulheres.

Abstract

This article aims to describe and analyze the development of the transdisciplinary construction process with women participating in the Medicinal Plants Cooperative - COOPLANTAS and partners, focusing on the integration of scientific and popular knowledge about medicinal plants, involving the Local Productive Arrangement of Itapeva SP, involving the sustainable local development. The objective above mentioned, was accomplished from the documentary analysis based on method of Systematization of Social Practices, covering the period from June, 2014 to September, 2016. The results suggest that the process enabled the opening of a democratic and participatory space, transdisciplinarily practice-oriented, and, of gender perspective. The construction began to happen through popular knowledge and scientific exchanges. That, settled a trust relationship, and desire for continuity, building new projects towards the consolidation of Local Productive Arrangements in medicinal plants. With the expansion of the process, women gain prominence and promote, together with partners, ecological production, in the search for alternatives to the dominant agricultural model. Through its historical roots, contributing to the preservation of community identity in an alignment towards the sustainable development, potentiating local Social Networks.

Keywords:
Medicinal plants.
Sustainability.
Transdisciplinarity.
Women.

Introdução

A definição de desenvolvimento sustentável foi apresentada em 1987, pela Comissão Brundtland como: "o desenvolvimento que atende as necessidades básicas das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas, observando os limites e capacidades dos processos ambientais" (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991).

Em 1992, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, estabelecendo-se ações para viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir de um novo paradigma (NOVAES, 1992).

Migliori (2009) opina que para a construção de um novo paradigma é preciso promover o "bem comum", ultrapassando as estratégias conhecidas, advindas de um modelo dominado pela cultura patriarcal, insuficientes diante da crise planetária existente. Neste sentido, a construção de uma "sociedade planetária" sustentável depende de se discutir as bases das relações de gênero (BURG, 2005). Daí a necessidade da participação e empoderamento das mulheres, porque estas têm desenvolvido importantes habilidades e conhecimentos (CEMBRANOS, HERRERO e PASCUAL, 2011).

Se lançarmos um olhar histórico, encontraremos que as mulheres detinham certo poder, na arte de cura e construção de conhecimentos através de recursos vegetais, incluindo as plantas medicinais (CHECHETTO, 2013).

Empreender ações que envolvam a interação de conhecimentos científicos e populares é fundamental para estimular que populações locais valorizem e mantenham estes recursos (KNNUP, 2009; MING, 2010). Neste sentido é que surgiu a aproximação de Organizações com um grupo de mulheres da Fazenda Pirituba, entre os municípios de Itapeva e Itaberá, São Paulo, onde há mais de 20 anos, desempenham importante papel na agricultura familiar, agroecologia e plantas medicinais (FERRO, 2015).

Desde 2009, as mulheres organizam a Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais – COOPLANTAS. Em 2012, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Itapeva, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA, o Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde-NGBS, do Instituto de Tecnologia em Fármacos/ Farmanguinhos/Fiocruz e, outros parceiros, tiveram o Projeto "Fortalecer o Desenvolvimento Tecnológico em Fitoterápicos e Fornecimento de Plantas Medicinais de interesse no SUS (RENASUS) em Itapeva – SP", viabilizado com recursos do Ministério da Saúde.

No início de 2014, a Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva – FAIT integrou-se ao Projeto, através de representantes dos Cursos de Agronomia, Engenharia Florestal, Farmácia, Fisioterapia e Enfermagem. Em conjunto com os parceiros, iniciou-se o desenvolvimento de ações na abordagem transdisciplinar e na perspectiva de gênero, no entendimento de uma nova concepção em ciência, em direção à mudança de paradigma.

O exercício da transdisciplinaridade requer uma atitude interdisciplinar; e vai além, ao integrar o saber de diferentes disciplinas com o saber popular e tradicional (D'AMBRÓSIO,1993; PATRICIO, 1999).

Partindo desta compreensão desenvolveu-se o processo de construção transdisciplinar com mulheres participantes da COOPLANTAS e demais parceiros, com foco na integração de conhecimentos científicos e populares sobre plantas medicinais, envolvendo o Arranjo Produtivo Local de Itapeva, no âmbito do desenvolvimento sustentável.

Assim, o presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar o processo, no período de junho de 2014 a setembro de 2016, identificando elementos teórico-práticos bem como, possibilidades de contribuição à sustentabilidade.

Procedimento Metodológico

A partir da transdisciplinaridade e perspectiva de gênero, o desenvolvimento do processo de construção foi descrito e analisado no período de junho de 2014 a setembro de 2016. Para tanto, utilizou-se de pesquisa qualitativa, com estudo de caso descritivo a partir de análise documental, com base no método de Sistematização de Práticas Sociais. Segundo Jara (2006), este surgiu de linhas de pensamento do trabalho social reconceitualizado, da educação de adultos, da educação popular com influências das teorias de Paulo Freire, da teologia da libertação, da teoria da dependência e da investigação-ação-participativa.

Para sistematizar, interpreta-se criticamente uma ou várias experiências e, a partir de seu ordenamento e reconstrução, descobre-se ou explicita-se a lógica do processo vivido, os fatores que intervieram neste, como se relacionam entre si e porque o fizeram.

Ghiso (2001), compreende que se pode assumir a sistematização como forma de recuperação da experiência na prática, produção de conhecimento, empoderamento dos sujeitos sociais e investigação social. Quanto aos documentos, para obtenção das informações do processo pesquisado a partir da análise documental, foram acessados: atas e memórias de reuniões, artigos de periódicos, jornais, resumos apresentados em congressos, trabalhos completos publicados em anais. A partir destes documentos realizou-se a Sistematização da Prática Social.

Resultados e Discussão

Antecedentes e contexto: abertura de um espaço democrático e participativo

A aproximação de parceiros do Projeto "Fortalecer o Desenvolvimento Tecnológico em Fitoterápicos e Fornecimento de Plantas Medicinais de interesse no SUS (RENASUS) em Itapeva – SP, com a Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva se deu no dia 11/06/2014". Nesta ocasião aconteceu uma reunião entre professores da FAIT e representantes do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde – NGBS, do Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos/Fiocruz, Prefeitura Municipal de Saúde de Itapeva, COOPLANTAS e INCRA.

Com os representantes do NGBS discutiu-se sobre o processo complexo do trabalho de sistemas em redes, envolvendo diversos atores sociais em esferas da sociedade, no qual está atuando.  Tais sistemas em redes representam um modelo novo de gestão e uma janela de oportunidades, relacionados ao desenvolvimento socioeconômico dos territórios contemplados.

Neste aspecto, a participação da FAIT na Rede de Cooperação foi discutida, surgindo a ideia da troca de conhecimentos científicos e populares sobre plantas medicinais.

No dia 15/08/2014 aconteceu o primeiro encontro para discussão sobre a troca, na Faculdade, com a participação de 43 pessoas: representantes da FAIT, COOPLANTAS, Secretaria Municipal de Saúde e Pastoral da Saúde de Itapeva, Instituto Cílios da Terra e INCRA (FIGURA 1).

FIGURA 1. Primeira reunião para discussão sobre troca de conhecimentos científicos e populares em plantas medicinais, FAIT, Itapeva, São Paulo.
FIGURA 1. Primeira reunião para discussão sobre troca de conhecimentos científicos e populares em plantas medicinais, FAIT, Itapeva, São Paulo.
Fonte: Fotos - Arquivos FAIT e COOPLANTAS.

Neste primeiro encontro, foram discutidas experiências de outros locais, envolvendo integração de conhecimentos científicos e populares em plantas medicinais com mulheres, na abordagem transdisciplinar (CHECHETTO, 2013).

O início do processo se constrói a partir dos anseios das próprias mulheres, compartilhados pelos demais parceiros, o que as coloca em situação de democratização na "tomada de decisão".

As mulheres participam do desenho e desenvolvimento do processo, no qual conhecimento popular e científico se complementam a partir da troca de saberes, na perspectiva transdisciplinar em busca de sustentabilidade (CHECHETTO, 2013).

Como sublinha Puleo (2011), a defesa da sustentabilidade precisa ser acompanhada do empoderamento do coletivo feminino, com participação e possibilidade de serem escutadas como portadoras de conhecimentos valiosos.

O grupo decide se encontrar mensalmente, nas sextas-feiras, para a troca de conhecimentos sobre plantas de interesse da COOPLANTAS.

A troca de saberes científicos e populares: primeiros encontros

Acontece o primeiro encontro do Grupo para a troca de conhecimentos sobre a planta medicinal babosa (Aloe vera (L. Burm. f.)) (FIGURA 2), na Faculdade. Para favorecer a integração e igualdade, os participantes sentam-se em círculo.

FIGURA 2. Estudo sobre a planta medicinal babosa. Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva. Itapeva, SP.
FIGURA 2. Estudo sobre a planta medicinal babosa. Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva. Itapeva, SP.
Fonte: Foto - Arquivos COOPLANTAS.

Segue-se a ordem do estudo, começando pela identificação botânica e, em seguida são apresentadas as informações populares, como nome e usos das plantas medicinais. As mulheres são ouvidas atentamente na exposição dos seus conhecimentos, que são registrados. Depois, passa-se à discussão dos demais aspectos científicos.

Nos primeiros passos do processo as mulheres da COOPLANTAS, em interação com os demais parceiros, elaboram uma metodologia própria de condução das ações. Participam da construção do conhecimento sendo, inclusive, coautoras do produto gerado, na forma de boletins informativos sobre a troca de saberes. Através da prática transdisciplinar, integra-se o saber profissional, de diferentes disciplinas, com o saber popular, como constatam Cembranos, Herrero e Pascual (2011) valorizando estes últimos, importantes para a sustentabilidade, que na maioria das vezes ficam fora do curriculum escolar oficial.

A partir desse primeiro encontro, foram combinados outros, na Faculdade, para os estudos das plantas medicinais: calêndula (Calendula officinalis L.), alcachofra (Cynara scolymus L.), guaco (Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker), barbatimão (Stryphnodendron barbadetiman Mart.), cavalinha (Equisetum hyemale L.), aroeira Schinus terebinthifolius Raddi), com isso, foi construído um boletim pela Equipe. Surgiram também ideias para desenvolvimento dos Trabalhos de Conclusão de Cursos de graduação da FAIT, a partir das demandas da comunidade.

Oficina de troca de conhecimentos científicos e populares

A realização da Oficina de troca de conhecimentos sobre plantas medicinais, na Sede local da Cooperativa, em setembro de 2014, fortaleceu a parceria entre a COOPLANTAS e demais entidades (FIGURA 3).

FIGURA 3. Oficina de troca de conhecimentos sobre plantas medicinais. Assentamento Pirituba, Itaberá, SP.
FIGURA 3. Oficina de troca de conhecimentos sobre plantas medicinais. Assentamento Pirituba, Itaberá, SP.
Fonte: Foto - Arquivos COOPLANTAS.

Esta troca de saberes, em seus próprios domínios, é apontada como uma das grandes possibilidades de utilização de plantas medicinais. Reforçando que tanto a ciência, quanto o saber local, são sistemas de conhecimento, com diferentes abordagens (AMOROZO, 2002), sendo a conciliação dos sistemas estratégica para a conservação deste patrimônio biológico e cultural (COSTA, BARBOSA e MING, 2006).

E é desta maneira, aliando-se a transdisciplinaridade à perspectiva de gênero, recuperando-se a trajetória das mulheres com plantas medicinais a partir da troca de conhecimentos, no contexto atual e local na busca de sustentabilidade, é que vai se desenrolando o processo.  Trazendo a consciência do valor dos conhecimentos como expressão da identidade regional (GRASSER, SCHUNKO e VOG, 2012).

Rumo à consolidação do arranjo produtivo local de plantas medicinais: ampliação de redes na perspectiva da produção agroecológica

As ações desenvolvidas pelos parceiros levaram ao desejo de fortalecer os laços já existentes, construindo um novo Projeto. Em outubro de 2015 foi aprovado o Projeto "Consolidação do Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos" contemplado com recursos do Ministério da Saúde em parceria com: COOPLANTAS, REDESFITO do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde – NGBS, do Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos/Fiocruz, Secretarias de Saúde e Agricultura do Município de Itapeva, Oficina de Ervas, FAIT, UNESP, Cílios da Terra e INCRA.

O projeto visa à consolidação de um Arranjo Produtivo Local para produção de plantas medicinais e fornecimento para o SUS, no município de Itapeva. Além de ampliar e aprimorar os sistemas produtivos de base familiar a partir dos conhecimentos tradicionais, o projeto promove o acesso da população aos medicamentos de origem vegetal nos padrões técnicos e científicos de qualidade, promovendo maior segurança ao usuário.

Como busca a produção de plantas medicinais através de sistemas agroecológicos, o mesmo representa uma importante oportunidade de consolidar as condições para o cultivo e manejo sustentável, além de ser um passo para a inclusão dos fitoterápicos na rede SUS, através da implantação da Farmácia Viva, com apoio da FAIT. Na última reunião, que aconteceu no dia 17 de agosto de 2016, discutiu-se sobre a participação de estagiários da Faculdade, que integrarão a Equipe de Redação do Manual de Procedimentos de Produção Agroecológica de Plantas Medicinais da COOPLANTAS.

Espera-se que a dinamização da cadeia produtiva de plantas medicinais venha contribuir com o desenvolvimento regional, possibilitando uma nova perspectiva para a agricultura familiar e Cooperativa de Mulheres em busca de novo modelo integral de desenvolvimento (PROJETO CONSOLIDAÇÃO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE PLANTAS MEDICINAIS, 2015).

Como discute Marques (2009), busca-se com que a produção agroecológica de plantas medicinais culmine no potencial para se construir nichos de inovação, pela articulação de aprendizagens e estabelecimento de redes sociais. Contribuindo como pontua Siliprandi (2009), na visibilidade das mulheres, como sujeitos políticos ao participarem na construção do desenvolvimento sustentável.

Considerações Finais

A sistematização do processo analisado mostra que a proposta foi sendo construída a partir da abertura de espaço democrático e participativo, condição essencial para o empoderamento das mulheres (LISBOA, 2008; CRUZ-SOUZA 2012). O conhecimento se produz forma conjunta, em trocas populares e científicas e o produto é registrado em coautoria. Estabelece-se uma relação de confiança e desejo de continuidade ao processo, construindo novos projetos para a consolidação do Arranjo Produtivo Local em Plantas Medicinais.

Com a expansão do processo, as mulheres ganham protagonismo promovendo desta maneira, com os parceiros, a produção agroecológica na busca de alternativas ao modelo agrícola predominante, com a revalorização do local, do tradicional. Através de suas raízes históricas, contribuindo para a preservação da identidade comunitária, em alinhamento ao desenvolvimento sustentável, potencializando Redes Sociais Locais.

Neste sentido utilizou-se o espaço dos ambientes acadêmicos, de organizações públicas e da Sociedade Civil Organizada, para a promoção de práticas que favoreçam um novo modelo e mantenham vivos conhecimentos ancestrais considerados como Cembranos, Herrero e Pascual (2011), chaves úteis a sustentabilidade.

Como sugere Morin (2001) é problema de todo o cidadão terrestre no novo milenio, ter acesso às informações e como articulá-las de modo que cada um, onde quer que se encontre tome conhecimento de sua Cidadania Terrestre.

Neste sentido, o processo de construção aproximou os atores sociais, e principalmente as mulheres protagonistas, a uma referência afetiva com a Terra, que no entendimento de Hulot e Morin (2008) é mais que um pequeno planeta perdido, um hábitat: é nossa casa, é nossa "Pátria" e nossa "Mátria".

Estamos em NOSSA CASA nos lembram Hulot e Morin (2008), embora a maioria dos seres humanos não sente sua cidadania terrestre mais que, de modo superficial e esporádico e a maior parte dos cientistas, encerrada em suas especialidades parceleiras, são igualmente inconscientes dela.

Referências