Estado da Arte

Família Lamiaceae: Importantes Óleos Essenciais com Ação Biológica e Antioxidante

Lamiaceae Family: Important Essential Oils with Biological and Antioxidant Activity

Lima, R. K.*;
Cardoso, M. G
Departamento de Química, Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, C.P. 3037, 37200-000, Lavras, MG, Brasil
*Correspondência:
rafakarin@yahoo.com.br

Resumo

Essa revisão teve como objetivo reunir artigos recentes sobre atividades biológicas de óleos essenciais de algumas plantas da família Lamiaceae, uma vez que o Brasil é rico em plantas desta família e estas são pouco estudadas. Entre as bioatividades relatadas estão: antioxidante, bactericida, fungicida e inseticida.

Unitermos:
Bioatividade.
Produtos Naturais.
Terpenóides.
Fenilpropanóides.

Abstract

The objective of this review was the collection of recent articles on the biological activities of the essential oils of some plants of the Lamiaceae family, since Brazil is rich in plants of this family and they have not been extensively studied. The antioxidant, bactericidal, fungicidal and insecticidal activities are among the bioactivities reported for these plants.

Key words:
Bioactivity.
Natural Products.
Terpenoids.
Phenylpropanoids.

Introdução

Em todas as plantas podem ser encontrados princípios ativos importantes, sintetizados pelo metabolismo secundário, que dão origem a uma série de substâncias conhecidas como alcalóides, flavonóides, cumarinas, saponinas, taninos, óleos essenciais entre outras (CARVALHO, 2004). A determinação da atividade biológica de plantas e de seus derivados é muito importante na área de produtos naturais. Os óleos essenciais estão sendo cada vez mais estudados como agentes antioxidantes; e também para o controle de microorganismos. São utilizados na indústria de alimentos, como também na indústria farmacêutica e de cosméticos, conferindo a estes produtos, além da proteção contra o processo de oxidação e a deterioração pelos microorganismos, um sabor e odor peculiar de cada essência (TAINTER; GRENIS, 1993). Na agricultura, os óleos essenciais e extratos vegetais vem sendo empregados como um método alternativo para o controle de inseto-praga e de doenças causadas por fungos, nematóides, vírus ou bactérias. As medidas atuais de controle de insetos envolvem o uso de defensivos de origem sintética. Estes, além de apresentarem um elevado custo, persistem no meio ambiente de maneira deletéria e o seu tempo de uso contínuo e prolongado vem induzindo à formação de espécies resistentes (AGARWAL et al., 2001; PAULA et al., 2003).

Os óleos essenciais são constituídos por inúmeros compostos, às vezes se destacando alguns majoritários, e a sua atividade na maioria das vezes está relacionada a este conjunto de substâncias (VANDAR-ÜNLÜ et al., 2003). A composição química dos óleos essenciais depende de fatores ambientais, período de colheita, técnica de extração e de fatores genéticos, portanto estes fatores devem ser levados em consideração quando se trabalha com óleos essenciais (LIMA et al., 2003; SANTOS, 2004). As espécies da família Lamiaceae apresentam importantes compostos biossintetizados pelo metabolismo secundário, dentre os quais estão os óleos essenciais. Sendo assim, essa revisão propõe levantar alguns trabalhos recentes com principais atividades biológicas de alguns óleos essenciais, ressaltando seus componentes majoritários.

A família Lamiaceae

As plantas da família Lamiaceae pertencem à ordem Tubiflorae Lamiales, abrangendo cerca de 200 gêneros e, aproximadamente, 3.200 espécies, distribuídas em todo o mundo. A maioria das espécies é conhecida pelo seu uso condimentar, e muitas delas possuem atividade biológica já relatada na literatura, por diversos autores (LORENZI; MATOS, 2002). Dentre algumas espécies brasileiras que mais se destacam está a Hyptis suaveolens L. (alfavacão), H. mutabilis e H. atrorubens; Lavandula angustifolia Mill (alfazema); Leonotis nepetaefolia L. (cordão-do-frade); Leonurus sibiricus L. (macaé) L. cardiaca e L. sibiricus; Leucas martinicensis (Jacq.) R. Br.(catinga-de-mulata) Marrubim vulgare L. (hortelã-grande), Melissa officinalis L. (cidreira), Mentha avensis (hortelã-do-Brasil), M. piperita L. (hortelã), M. pulegium L. (poejo), Ocimum basilicum L. (majericão), O. selloi Benth., O. vulgare L. (orégano), Rosmarinus officinalis L. (alecrim), Salvia officinalis L. (sálvia) (DE LA CRUZ, 1997; JOLY, 1983; LORENZI; MATOS, 2002)

Atividade antioxidante

No organismo humano são formados compostos que contém um ou mais elétrons não pareados, conhecidos como radicais livres. São moléculas extremamente reativas, que causam danos oxidativos nas células e tecidos, os quais têm sido relacionados com a citologia de varias doenças, dentre aquelas degenerativas como o câncer, aterosclerose e cardiopatias, dentre outras. O desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes resulta em danos celulares, e é conhecido como estresse oxidativo. Assim, a utilização de elementos antioxidantes na alimentação e em bebidas pode ajudar a combater os radicais livres. Vários compostos presentes em plantas possuem esta atividade, como são os exemplos das vitaminas (α-tocoferol, βcaroteno, ácido ascórbico), clorofilina, curcumina, flavonóides e também alguns óleos essenciais (BIANCHI; ANTUNES, 1999; RUBERTO; BARATTA, 2000).

Na alimentação, as plantas condimentares e seus derivados têm sido utilizados para preservação da oxidação de alimentos. Ozkan et al. (2007), pesquisando a atividade antioxidante do óleo essencial de Satureja cíclica (Lamiaceae) em margarina, constataram que este óleo pode ser usado como antioxidante natural e aromatizante. Segundo este autor, o processo de oxidação dos alimentos que contêm óleo (fixo) e gordura, podem ocorrer durante o processamento e a estocagem, devido à presença de insaturações na cadeia dos ácidos graxos. Mesmo em se tratando de produtos naturais, requerem normalmente o uso de antioxidantes sintéticos, com a finalidade de retardar sua autooxidação. Dentre os mais utilizados estão o BHA (2-ter-(butil-4)-metoxifenol) e BHT (2,6-di(ter-butil)-p-cresol), os quais apresentam alta toxicidade em doses elevadas (MORAIS et al., 2006; OZKAN et al., 2007).

Os compostos responsáveis pela atividade antioxidante conferida a alguns óleos essenciais, são principalmente aqueles que possuem um ou mais grupos hidroxila (OH) ligados ao anel aromático, instaurações e elétrons disponíveis para serem doados (CARVALHO, 2004). O timol (1) e o carvacrol (2) (Figura 1), comumente encontrados em óleos essenciais do gênero Tymus e Origanum, da família Lamiaceae, são exemplos de terpenóides antioxidantes (possuem um grupo hidroxila ligado ao anel aromático). Estes compostos apresentam um fraco caráter acido, sendo portanto, capazes de doar átomos de hidrogênio com um elétron desemparelhado (H), um radical que é estabilizado pelas estruturas de ressonância resultante da deslocalização dos elétrons na molécula (Figura 2). Contudo, quando testados separadamente do óleo essencial, estes compostos apresentaram baixa atividade, indicando que outros constituintes com estrutura química diferente podem contribuir para esta atividade (VANDAR-ÜNLÜ et al., 2003).

Figura 1: Constituintes dos óleos essenciais com atividade antioxidante
Figura 1
Figura 2: Carvacrol reagindo com um radical livre (R) gerando radical estabilizado pelo anel aromático
Figura 2

Outros compostos estudados que apresentam atividade antioxidante são os fenilpropanóides, que apresentam em sua estrutura os qrupos metóxi (CH3O) e hidroxila (OH). Dentre estes, citam-se o trans-anetol (3), miristicina (4), apiol (5), eugenol (6) e metil-eugenol (7). Por outro lado, o α-pineno (8), β-pineno (9), γ-terpineno (10) e p-cimeno (11) citados por RUBERTO; BARATTA (2000); ZHANG et al. (2006), apresentam baixa atividade, sendo entretanto capazes de aumentar a atividade ao agir sinergisticamente com outros compostos (DORMAN et al., 1995) (Figura 1).

No Brasil os óleos essenciais, principalmente da região Nordeste, estão sendo cada vez mais estudados como agentes antioxidante, porém deve ser avaliada a preferência ou não preferência do óleo quando presente em um determinado alimento, já que haverá impacto também no seu sabor. (BERTINI et al., 2005; MORAIS et al., 2006; OZKAN et al., 2007).

Atividade bactericida

Nos últimos anos, registrou-se um aumento significativo no número de bactérias, que eram reconhecidamente sensíveis às drogas de rotina usadas em clínicas, mas que se apresentam resistentes a quase todos os fármacos disponíveis no mercado. Este fato se agravou devido às dificuldades para se desenvolverem e se lançarem novos antimicrobianos com o uso da metodologia tradicional de triagens, a partir de fungos e bactérias (COWAN, 1999; HUYCKE et al., 1998). Assim, o problema da resistência microbiana tem induzido durante décadas os estudos de novos compostos sintéticos e naturais originados de plantas.

Muitos óleos essenciais apresentam alguma atividade antimicrobiana. Segundo Carriconde et al. (1996), esta atividade deve-se principalmente a presença de terpenos, como é o exemplo do citral (mistura de isômeros neral e geranial) encontrado no capim limão (Cymbopogon citratus), que possui propriedades terapêuticas como bactericida e fungicida. Pereira (2006) avaliou o efeito do óleo essencial de duas plantas condimentares: orégano (Origanum vulgare) e cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) sobre as bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli e sobre o fungo Penicillium commune, e constatou que os óleos apresentaram bons resultados no combate a estas bactérias.

O timol e o carvacrol, que são encontrados em vários óleos essenciais da família Lamiaceae (Tabela 1), são responsáveis pela preservação e inibição do crescimento de microorganismos. O trabalho de Sharififar et al. (2007) com a planta Zataria multiflor levaram à constatação de que a presença dos compostos citados acima foi decisiva na atividade bactericida Gram-negativas, assim como no efeito antioxidante observado para o óleo essencial desta planta. Segundo os autores, os óleos essenciais apresentam maior bioatividade sobre bactérias Gram-negativas devido a maior afinidade deste pela estrutura lipídica da membrana que a envolve, a qual pode acarretar alteração em vários sistemas enzimáticos, inativação e ou destruição do material genético de bactérias (KIM et al., 1995).

Tabela 1: Óleos essenciais de plantas da família Lamiaceae com bioatividade relatada
Espécie Atividade Relatada Compostos majoritários Origem Referência
Hyptis ovalifolia Benth Fungicida (R)-6-[(Z)-l-heptcnil-5,6-iidro-2H-piranona Brasil Oliveira et al., 2004
Hyptis suaveolens L. Inseticida 1,8 cineol, citronelol, β-pineno Brasil Cavalcanti et al., 2004
Melissa officinalis L. Antioxidante; Antimicrobiana neral/geranial, citronelal, iso-mentona, mentona Iugoslávia Mimica-Dukic et al., 2004
Mentha aquatica L. Antimicrobiana; Antioxidante 1,8-cineol Iugoslávia Mimica-Dukic et al., 2003
Mentha longifolia L. Antimicrobiana; Antioxidante Mentol, metona Iugoslávia Mimica-Dukic et al., 2003
Mentha piperita L. Bactericida;Fungicida; Antioxidante Metol, mentona Iran Yadegarinia et al., 2006
Antimicrobiana linalol, carvona, 3-octanol Brasil Sartoratto et al., 2004
Mentha spica taL. Antimicrobiana óxido de piperitenona Brasil Sartoratto et al., 2004
Myrtus communis L. Bactericida;Fungicida; Antioxidante timol Iran Yadegarinia et al., 2006
Ocimum americanum L. Inseticida trans-metil-cinamato de metila Brasil Cavalcanti et al.. 2004
Ocimum basilicum L. Larvicida linalol Brasil Furtado et al., 2005
Tripanomicida Linalol, 1,8-cineol Brasil Santoro et al., 2007b
Ocimum gratissimum L. Inseticida eugenol Brasil Cavalcanti et al., 2004
Larvicida eugenol Brasil Furtado et al., 2005
Fungicida eugenol, timol, α-bisaboleno Brasil Lemos et al.. 2005
Ocimum selloi L Inseticida metil-chavicol, trans-anetol, cis-anetol Brasil Paula et al., 2003
Origanum vulgare L. Antimicrobiana timol Brasil Sartoratto et al., 2004
Bactericida terpen-4-ol, β-cimeno, γ-terpineno Brasil Pereira, 2006
Inseticida; Acaricida timol Turquia Çalma$ur et al., 2006
Tripanomicida terpen-4-ol, β-cimeno, γ-terpineno Brasil Santoro et al., 2007a
Perilla frutescens L. Inseticida (-)-perilaldeído, (-)-limoneno, cariofileno, transshisol, α-fameseno Japan Hori, 2003
Rosmarinus officinalis L. Antimicrobiana Antioxidante 1,8-cineol, cânfora, borneol, verbenona, acetato de bornila Itália Sacchetti et al., 2005
Bactericida 1,8-cineol, cânfora, borneol, 2-etil-4,5-dimetilfenol, (+)-a-terpineol Argélia Kabouche et al., 2005
Salvia santolinifolia. Antimicrobiana α-pineno, β-pineno, limoneno Iran Sonboli et al., 2006
Salvia hydrangea Antimicrobiana β-cariofileno, 1,8-cineol, óxido de cariofileno Iran Sonboli et al., 2006
Salvia mirzayanii Antimicrobiana Acetato de α-terpenila, 1,8-cineol, linalol Iran Sonboli et al., 2006
Salvia officinal s L. Bactericida α-tujona, 1,8-cineol, cânfora, borneol, β-pineno Brasil Delamare et al., 2007
Salvia triloba Bactericida α-tujona, 1,8-cineol. Cânfora, β-cariofileno Brasil Delamare et al., 2007
Salvia stenophylla Anti inflamatória Antimalárica γ-3-careno, manol, a-bisabolol, β-cariofileno Sul da Africa Kamatoua et al., 2005
Salvia repens Anti inflamatória Antimalárica β-felandreno, β-cariofileno, limoneno, cânfora Sul da África Kamatoua et al., 2005
Salvia runcinata Antioxidante Antimalárica Antiinflamatório α-bisabolol, β-cariofileno, óxido de cariofileno, trans­nerolidol, α-humuleno Sul da África Kamatoua et al., 2005
Satureja spicigera L. Antioxidante carvacrol, γ-terpineno, p-cimeno Turquia Eminagaoglu et al., 2007
Satureja cuneifolia L. Antioxidante carvacrol, γ-terpineno Turquia Eminagaoglu et al., 2007
Satureja hortensis L Antioxidante; Fungicida; Antimicrobiana timol, carvacrol, γ-tcrpincno, p-cimeno Turquia Gulluce et al., 2003
Inseticida carvacrol, γ-terpineno, p-cimeno Japan Hori, 2003
Teucrium atratum Bactericida timol, carvacrol e T-cadinol Argélia Kabouche et al., 2005
Teucrium leucociadum Antimicrobiana; Larvicida álcool patchouli, β-pineno, α-pineno, α-cadinol, viridiflorol, mirceno Egito El-Shazly; Hussein, 2004
Teucrium marum Fungicida; Antioxidante Isocariofileno, β-sesquifelandreno; βbisaboleno. Itália Ricci et al., 2005
Thvmus caespititius Brot. Antioxidante α-tcrpineol Portugal Miguel et al., 2004
Thymus camphoratus Antioxidante 1,8-cineol Portugal Miguel et al., 2004
Thymus fontanesii (Boiss. &Reut.) Bactericida p-cimeno, γ-terpineno, timol Argélia Kabouche et al., 2005
Thymus pectinatus Fisch Antioxidante; Antimicrobiana timol, γ-terpineno, p-cimeno, carvacrol, borneol Turquia Vardar-Unlü et al., 2003
Thymus mastichina L. Antioxidante linalol, acetato de linalila, 1,8-cineol Portugal Miguel et al., 2004
Thymus numidicus (Poiret) Bactericida Linalol, timol, carvacrol Argélia Kabouche et al., 2005
Thymus vulgaris L. Antimicrobiana; Antioxidante γ-terpineno, geraniol, carvacrol Itália Sacchetti et al., 2005
Inseticida timol Brasil Castro et al., 2006
Tripanomicida timol Brasil Santoro et al., 2007a
Zataria multiflota Boiss Bactericida; Antioxidante timol, carvacrol, γ-terpineno, p-cimeno, βcariofileno Iran Sharififar et al., 2007

A atividade do óleo essencial e de seus componentes majoritários pode variar quando avaliados separadamente. Vandar-Ünlü et al. (2003), estudando o óleo essencial de Thymus pectinatus, constituído principalmente de timol, γ-terpineno, ρ-cimeno e carvacrol, verificaram uma atividade antimicrobiana excelente, mas constataram que apesar deste ser considerado um excelente antioxidante, o timol e o carvacrol avaliados isoladamente apresentaram baixa atividade, levando a crer que estes compostos ajam de maneira sinérgica.

Atividade fungicida

Os fungos apresentam na agricultura aspectos positivos e negativos, sendo encontrados em grande diversidade; suas características podem sofrer variações devido a inúmeros fatores, como ambientais e culturais. Na agricultura são considerados maléficos, por causarem doenças, acarretando muitos prejuízos (BERGAMIM FILHO et al., 1995). Os terpenos são indiscutivelmente os compostos mais ativos contra bactérias, fungos e protozoários, agindo possivelmente na desorganização da estrutura de sua membrana (COWAN, 1999; HABERMEHL, 1998). Velluti et al. (2003) sugeriram que a atividade antimicrobiana de um composto pode também estar relacionada com as ligações de hidrogênio que este pode realizar, caso possua em sua estrutura um anel aromático com um ou mais grupos hidroxilas, possivelmente interagindo com os sítios ativos das enzimas microbianas. As propriedades antimicrobianas de condimentos e óleos essenciais podem ser importantes para a indústria alimentícia, pois podem promover efeito inibidor de microrganismos patogênicos presentes em alimento (BERTINI et al., 2005).

O controle de patogênicos de alimentos de origem animal também pode ser realizado por meio de óleos essenciais, uma vez que estes apresentem propriedades antifúngicas e antibióticas. Estudos realizados por Faleiro et al. (2005) mostraram que o óleo essencial de tomilho Thymbra capitata L. apresenta atividade antilisterial e antioxidante. Outros tipos de fungos, como os causadores de micoses de pele e mucosas, têm demonstrado resistência aos antimicóticos ultimamente utilizados, como é o exemplo dos pertencentes ao gênero Candida, Aspergillus, Fusarium e Zygomycestes, encontrados principalmente em grupos de pessoas com deficiência imunológica (KRCMERY; BARNESZ, 2002). Devido a este fato, vários extratos e óleos essenciais estão sendo testados. Pesquisas recentes com óleo essencial de Hyptis ovalifolia Benth., conhecida como ‘malva do cerrado’, demonstraram que este possui atividade fungicida satisfatória contra vários destes fungos (OLIVEIRA et al., 2004).

Atividade inseticida

Nos dias atuais, a busca por inseticidas naturais, tem sido intensificada. As substâncias extraídas de plantas apresentam vantagens quando comparado ao emprego de inseticidas sintéticos; os inseticidas naturais são obtidos de recursos renováveis e são rapidamente degradados, não deixando resíduos em alimentos e no meio ambiente. O desenvolvimento destes compostos requer tempo e também um estudo sistematizado que preencha requisitos tais como seletividade contra inimigos naturais, baixa toxicidade em mamíferos, biodegradabilidade e ausência de fitotoxicidade, além dos requisitos econômicos para que sua produção em alta escala seja viável (VIEIRA, 2004).

A toxicidade de uma substância química em insetos não está necessariamente associada à morte dos mesmos, pois outros fatores podem estar relacionados a esta ação, como a repelência, deterrência e antibiose (efeito adverso na sua biologia). Para que este seja um bom inseticida ou ‘inseticida ideal’, vários parâmetros devem ser levados em consideração, como a eficácia em baixas concentrações, ausência de toxicidade frente a mamíferos e animais superiores, ausência de fitotoxicidade, fácil obtenção, manipulação e aplicação, viabilidade econômica e não possuir efeito cumulativo no homem e animais (CORBETT; WRIGHT, 1984; MARCONI, 1963; VIEIRA, 2001 e 2004).

Os monoterpenos podem causar interferência tóxica nas funções bioquímicas e fisiológicas de insetos herbívoros, sendo que a maioria deles age apenas como repelente. O efeito tóxico de um óleo essencial envolve muitos fatores, a toxina pode ser inalada, ingerida ou também absorvida pelo tegumento dos insetos (REGNAULT-ROGER, 1997). Substâncias potencialmente inseticidas ou repelentes são encontradas em muitas plantas, e podem ser obtidas na forma de pós, extratos e óleos essenciais. Dentre os principais compostos responsáveis por esta ação, estão os monoterpenos, citronelol (12), linalol (13), mentol (14), mentona (15), αe β-pineno, carvona (16), 1,8-cineol (17) e limoneno (18); os sesquiterpenos farnesol (19), nerolidol (20); fenilpropanóides safrol (21), eugenol e muitos outros compostos químicos (Figura 3) (PANIZZI; PARRA, 1991; SIMÕES; SPTIZER, 2004).

Figura 3: Estruturas químicas de compostos com atividade inseticida
Figura 3

Várias plantas da família Lamiaceae produzem óleo essencial com atividade inseticida, como o de hortelã, orégano, tomilho, sálvia (Tabela 1). Um exemplo é o terpenóide mentol, encontrado em plantas do gênero Mentha, que se mostra um excelente inseticida, o qual age como inibidor do crescimento de várias larvas (AGARWAL et al., 2001). Os monoterpenóides fenólicos, timol e carvacrol além de apresentarem atividade antioxidante mencionada anteriormente, também possuem atividade inseticida contra pragas de grãos armazenados (ISMAN et al., 2001). CASTRO et al. (2006) verificaram o potencial inseticida dos óleos essenciais de Achiellea millefolium (mil-folhas), e de Thymus vulgaris (tomilho),contra a Spodoptera frugiperda (lagartado-cartucho do milho), e relacionaram essa atividade à presença das substâncias germancreno D e timol, encontrados nos respectivos óleos essenciais.

Quanto aos fenilpropanóides (encontrados em várias plantas); o óleo essencial de Ocimum ssp., que é rico em metil-chavicol (22), trans-anetol, cis-anetol (23) e eugenol - compostos com reconhecida atividade inseticida. Sua ação foi extremamente eficaz sobre Anophelis braziliensis, mosquito transmissor de doenças como malária, dengue febre amarela entre outros. O óleo essencial de Ocimum selloi, avaliado neste estudo, além de apresentar atividade inseticida (repelente), não apresentou risco mutagênico e de irritabilidade na pele humana (PAULA et al., 2003). Inúmeros outros compostos presentes nos óleos essenciais de outros gêneros desta família, como Origum, Teucrium e Hyptis, são considerados inseticidas; nestes encontrando-se compostos como o γ-terpineno, α-terpineno (24), linalol, metil-eugenol, eugenol, β-pineno, α-pineno, 1,8-cineol e citronelol (GULLUCE et al., 2004; SAHIN et al., 2003, 2004) (ver na Tabela 1).

Referências

AGARWAL, M.; WALIA, S.; DRINGRA, S.; KHAMBAY, B. P.S. Insect growth inhibition, antifeedant and antifungical actividy of compounds isolated/devived from Zinginber officinale Roscoe (ginger) rhizomes. Pest Management Sciense, 57, n.3, p.289-300, 2001.

BERGAMIM FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. Manual de fitopatologia: princípios e conceitos. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, v.1, 1995, 919 p.

BERTINI, L.M.; PEREIRA, A.F.; OLIVEIRA, C.L. DE L.; MENEZES, E.A.; MORAIS, S.M.; CUNHA, F.A.; CAVALCANTI, E.S.B. Perfil de sensibilidade de bactérias frente a óleos essenciais de algumas plantas da região do nordeste do Brasil. Infarma, v.17, n.3 e 4, 2005.

BIANCHI, M.L.P.; ANTUNES, L.M.G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Revista de Nutrição, v.12, n.2, p.123-130, 1999.

ÇALMAŞUR, O.; INFAN, A.; ŞAHIN, F. Inseticidal and acaricidal effect of three Lamiaceae plant essential oil against Tetranychus urticae Koch and Bemisia tabaci Genn. Industrial Crops and Products, v.23, p.140-146, 2006.

CARRICONDE, C., MORES, D., VON FRITSCHEN, M., CARDOZO JÚNIOR., E.L. Plantas medicinais e alimentícias. Olinda: Centro Nordestino de Medicina Popular; Universidade Federal Rural de Pernambuco, v.1, p.45-47, 1996.

CARVALHO, J.C.T. Fitoterápicos antiinflamatórios: Aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas. Ribeirão Preto, SP, Tecmedd, 480p., 2004.

CASTRO, D.P.; CARDOSO, M.G.; MORAES, J.C.; SANTOS, N.M.; BALIZA, D.P. Não preferência de Spodoptera frugiperda (Lepidóptera: Noctuidae) por óleos essenciais de Achillea millefolium L. e Thymus vulgaris L. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.8, n.4, p.27-32, 2006.

CAVALCANTI, E.S.B.; MORAIS, S.M.; LIMA, M.A.A.; SANTANA, E.W.P. Larvicidal activity of essential oils from Brazilian plants against Aedes aegypti L. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.99, n.5, p.541-544, 2004.

CORBETT, J. R.; WRIGHT, K.; BAILLE, A. C. The Biochemical Mode of Action of Pesticides, 2nd ed., Academic Press: New York, 1984.

COWAN, M. M. Plant products as antimicrobial agents. Clinical Microbiology Reviews, 12:564-82, 1999.

DE LA CRUZ, M. G. F. Plantas medicinais utilizadas por raizeiros: uma abordagem etnobotânica no contexto da saúde e doença, (Dissertação de Mestrado Saúde e Ambiente/ISC/UFMT). Cuiabá, Mato Grosso. Cuiabá, 1997.

DELAMARE, A.P.L.; MOSCHEN-PISTORELLO, I.T.; ARTICO, L.; ATTI-SERAFINI, L.; ECHEVERRIGARAY, S. Antibacterial activity of the essential oils of Salvia officinalis L. and Salvia triloba L. cultivated in South Brazil. Food Chemistry, v.100, p.603-608, 2007.

DORMAN, D.H.J., DEANS, S.G., NOBLE, R.C. Evaluation in vitro of plant essential oils as natural anti-oxidants. Journal of Essential Oil Research, v.7, p.645-651, 1995.

EL-SHAZLY, A.M.; HUSSEIN, K.T. Chemical analysis and biological activities of the essential oil of Teucrium leucocladum Boiss. (Lamiaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v.32, p.665-674, 2004.

EMINAGAOGLU, O.; TEPE, B.; YUMRUTA, O.; ASKIN-AKPULAT, H.; DAFERERA, D.; POLISSIOU, M.; SOKMEN, A. The in vitro antioxidative proprieties of the essential oil and methanol extract of Satureja spicigera (K. Koch.) Boiss. and Satureja cuneifolia ten. Food Chemistry, v.100, p.339-343, 2007.

FALEIRO, L.; MIGUEL, G.; GOMES, S.; COSTA, L.; VENÂNCIO, F.; TEIXEIRA, A.; FIGUEIREDO, A.C.; BARROSO, J.G.; PEDRO, L.G. Antibacterial and antioxidant activities of essential oils isolated from Tymbra capitata L. (Cav.) and Origanum vulgare L. Journal of Agricultural Food Chemistry, v.53, p.8162-8168, 2005.

FURTADO, R.F.; LIMA, M.G.A.; ANDRADE NETO , M. ; BEZERRA, J.N.S; SILVA M.G.V. Atividade larvicida de óleos essenciais contra Aedes aegypti L. (Díptera:Culicidae). Neotropical Entomology, v.34, n.5, p.843-847, 2005.

GULLUCE, M.; SOKMEN, M.; DAFERERA, D.; AGAR, G.; OZKAN, H.; KARTAL, N.; POLISSIOU, M.; SOKMEN, A.; SAHIN, F. In vitro antibacterial, antifungal, and antioxidant activities of the essential oil and methanol extracts of herbal parts and callus cultures of Satureja hortensis L. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.51, n.14, p.3958-65, 2003.

GULLUCE, M.; SOKMEN, M.; SAHIN, F.; SOKMEN, A.; ADIGUZEL, A.; OZER, H. Biological activities of the essential oils and methanol extract of Micromeria fructicosa (L) Druce subsp. Serpyllifolia (Bieb) P.H. Davis plants in eastern Anatolia region of Turkey. Journal of Science Food and Agriculture. v.84, n.7, p.735-741, 2004.

HABERMEHL, G. G. Secondary and tertiary metabolites as plant toxins. Toxicon, 36: 1707-1719, 1998.

HORI, M., Repellency of essential oil against the cigarette beetle, Lasioderma serricorne (Fabricius) (Coleoptera: Anobiidae). Applied Entomology and Zoology, v.38, n.4, p.467-473, 2003.

HUYCKE, M. M.; SAHM, D. F. & GILMORE, M. S. Multiple-drug resistant Enterococci: The nature of the problem and the agenda for the future. Emerging Infectious Diseases, v.4, p.239-249, 1998.

ISMAN, M. B.; WAN, A. J.; PASSREITER, C. M. Insecticidal activity of essential oils to the tobacco cutworm, Spodoptera litura. Fitoterapia, v.72, p.65-68, 2001.

JOLY, A.B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. Ed. Nacional, São Paulo, SP , p.583-586, 1983.

KABOUCHE, Z.; BOUTAGHANE, N.; LAGGOUNE, S.; KABOUCHE, A.; AIT-KAKI, Z.; BENLABED, K. Comparative antibacterial activity of five Chemical analysis and biological activities Lamiaceae essential oils from Algeria. The International Journal of Aromatherapy, v.15, p.129-133, 2005.

KAMATOUA, G.P.P.; VILJOEN, A.M.; GONOBWALYA, A.B.; VAN ZYL, R.L.; VAN-VUUREN, S.F.; LOURENS, A.C.U.; BASER, K.H.C.; DEMIRCI, B.; LINDSEY, K.L.; VAN STADEN, J.; STEENKAMP, P.The in vitro pharmacological activities and a chemical investigation of three South African Salvia species. Journal of Ethnopharmacology, v.102, p.382-390, 2005.

KIM, J.M.; MARSHALL, M. R.; CORNELL, J.A; PRESTON, J.F.; WEI, C. I.. Antibacterial Activity of carvacrol, citral and geraniol against Salmonella typhimurium in Culture Medium and on Fish Cubes. Journal of Food Science, v.60, n.6, p.1364-68, 1995.

KRCMERY V.; BARNESZ A. J. Non-albicans Candida spp.causing fungaemia: pathogenicity and antifungal resistance, Journal of Hospital Infection, v.50, p.243-260, 2002.

LEMOS, A.J.; PASSOS, X.S.; FERNANDES, O.F.L.; PAULA, J.R.; FERRI, P.H.; SOUZA, L.K.H.; LEMOS, A.A.; SILVA, M.R.R. Antifungal activity from Ocimum gratissimum L. towards Cryptococcus neoformans. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.100, n.1, p.55-58, 2005.

LIMA, H. R. P.; KAPLAN, M. A. C.; CRUZ, A. V.M. de. Influência dos Fatores Abióticos na Produção e Variabilidade de Terpenóides em Plantas. Floresta e Ambiente, v.10, n.2, p.71-77. 2003.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda. Nova Odessa, SP, 2002, 512 p.

MARICONI, F. A. Inseticidas e seu Emprego no Combate às Pragas, 2a. ed., Agron. Ceres Ltda, São Paulo, 1963.

MIGUEL, G.; SIMÕES, M.; FIGUEIREDO, A.C.; BARROSO, J.G.; PEDRO, L.G.; CARVALHO, L. Composition and antioxidant activities of the essential oils of Thymus caespititius, Thymus camphoratus and Thymus mastichina. Food Chemistry, v.86, p.183-188, 2004.

MIMICA-DUKIC, N.; BOZIN B, SOKOVIC M, SIMIN N. Antimicrobial and antioxidant activities of Melissa officinalis L. (Lamiaceae) essential oil. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.52, n.9, p.2485-2489, 2004.

MIMICA-DUKIC, N.; BOZIN, B.; SOKOVIC, M.; MIHAJLOVIC, B.; MATAVULJ, M. Antimicrobial and antioxidant activities of three Mentha species essential oils. Planta Medica, v.69, n.5, p.413-419, 2003.

MORAIS, S.M.; JUNIOR, F.E.A.C.; SILVA, A.R.A.; NETO, J.S.M.; RONDINA, R.; CARDOSO, J.H.L. Atividade antioxidante de óleos essenciais de espécies de Croton do nordeste do Brasil. Química Nova, v.29, n.5, p.907-910, 2006.

OLIVEIRA, C.M.A; SILVA, M.R.R.; KATO, L.; SILVA, C.C.; FERREIRA, H.D.; SOUZA, L.K.H. Chemical composition and antifungal activity of the essential oil of Hyptis ovalifolia Benth. (Lamiaceae). Journal of the Brazilian Chemical Society, v.15, n.5. p.756-759, 2004.

OZKAN, G.; SIMSEK, B.; KULEASAN, H. Antioxidant activities of Satureja ciclicica essential oil in butter and in vitro. Journal of Food Engineering, v.79, n.4, p.1391-1396, 2007.

PANIZZI, A.R.; PARRA, J.R.P. Ecologia nutricional de insetos e suas aplicações no manejo de pragas. São Paulo, Malone, 391 p., 1991.

PAULA, J.P.; GOMES-CARNEIRO, M.R.; PAUMGARTTEN, F.J.R. Chemical composition, toxicity and mosquito repellency of Ocimum selloi oil. Journal of Ethnopharmacology, v.88, p.253-260, 2003.

PEREIRA, A. A. Efeito inibitório de óleos essencial sobre o crescimento de bactéria e fungos. Lavras. Dissertação (Mestrado), Departamento de Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Lavras, 58p 2006.

REGNAULT-ROGER, C. The potential of botanical essential oils for insect pest control. Integrated Pest Management Reviews, v.2, p.25-34, 1997.

RICCI, D.; FRATERNALE, D.; GIAMPERI, L.; BUCCHINI, A.; EPIFANO, F.; BURINI, G.; CURINI, M. Chemical composition, antimicrobial and antioxidant activity of the essential oil of Teucrinum marum (Lamiaceae). Journal of Ethnopharmacology, v.98, p.195-200, 2005.

RUBERTO, G.; BARATTA, M. T. Antioxidant activity of selected essential oil components in two lipid model systems. Food Chemistry, v.69, p.167-174, 2000.

SACCHETTI G.; SILVIA MAIETTI, S.; MUZZOLI, M.V.; SCAGLIANTI, M.; MANFREDINI, S.; RADICE, M.; BRUNI R. Comparative evaluation of 11 essential oils of different origin as functional antioxidants, antiradicals and antimicrobials in foods. Food Chemistry, v.91, p.621-632, 2005.

SAHIN, F.; GULLUCE, M.; SOKMEN, A.; SOKMEN, M.; POLISSIOU, M.; AGAR, G.; OZER, H. Biological activities of the essential oils and methanol extract of Origanum vulgare ssp.vulgare in the Eastern Anatolia region of Turkey. Food Control, v.15, n.7, p.549-557, 2004.

SAHIN, F.; KARAMAN, I.; GULLUCE, M.; OGUTCU, H.; SENGUL, M.; ADIGUZEL, A.; OZTURK, S., KOTAN, R. Evaluation of antimicrobial activities of Satureja hortensis L. Journal of Ethnopharmacology, v.87, p.61-65, 2003.

SANTORO, G. F., CARDOSO, M. G., GUIMARAES, L. G. L., SALGADO, A. P.S. P., Menna-Barreto, R. F. S., SOARES, M. J. Effect of oregano (Origanum vulgare L.) and thyme (Thymus vulgaris L.) essential oil on Trypanosoma cruzi (Protozoa:kinetoplastida) growth and ultrastructure. Parasitology Research, v.100, p.783-790, 2007a.

SANTORO, G. F, CARDOSO, M. G.,GUIMARAES, L. G. L., ZACORONI, L. M., SOARES, M. J. Trypanossoma cruzi: Activity essential oils from Achillea millefolium L., Syzygium aromaticum L. and Ocimum basilicum L.on epimastigotes and trypomastigotes. Experimental Parasitology, v.116, p.283-290, 2007b.

SANTOS, R. I. Metabolismo básico e origem dos metabólitos secundários. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento, 5. ed., Porto Alegre, RS: Ed. da UFSC, 2004.

SARTORATTO, A.; MACHADO, A.L.M.; DELARMELINA, C.; FIGUEIRA, G.M.; DUARTE, M.C.T.; REHDER, V.L.G. Composition and Antimicrobial activity of essential oils from aromatic plants used in Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, v.35, n.4, 2004.

SHARIFIFAR, F. MOSHAFI, M.H., MANSOURI, S.H.; HHODASHENAS, M.; KHOSHNOODI, M. In vitro evaluation of antibacterial and antioxidant activities of the essential oil and methanol extract of endemic Zataria multiflora Boiss. Food Control, v.18, n.7, p.800-805, 2007.

SIMÕES, C. M.; SPITZER, V. Óleos voláteis. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre, RS: Ed. da UFSC, 2004.

SONBOLI A, BABAKHANI B, MEHRABIAN AR. Antimicrobial activity of six constituents of essential oil from Salvia. Zeitschrift für Naturforschung C, v.61, n.3-4, 2006.

TAINTER, D. R.; GRENIS, A. T. Recent spice research. In: TAINTER, D. R.; GRENIS, A. T. Spices and seasonings, New York: VCH, p.140, 1993.

VARDAR-ÜNLÜ, G.; CANDAN, F.; SÖKMEN, A.; DAFERERA, D.; POLISSIOU, M.; SÖKMEN, M.; DÖNMEZ, E.; TEPE. B. Antimicrobial and antioxidant activity of essential oil and metanol extract of Tymus pectinatus Fish. et Mey. var. pectinatus (Lamiaceae). Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.51, p.63-67, 2003.

VELUTTI, A.; SANCHIS, V.; RAMOS, A.J.; EGIDO, J.; MARÍN, S. Inhibitory effect of cinnamon, clove. lemongrass, oregano and palmarose essential oils on growth and fumonisin B1 production by Fusarium proliferatum in maize grain. International Journal of Food Microbiology, v.89, p.145-154, 2003.

VIEIRA, P.C.; FERNANDES, J. B.; ANDREI, C. C. Plantas inseticidas. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre, RS: Ed. da UFSC, 2004, 1102 p.

VIEIRA, P.C.; MAFEZOLI, J.; BIAVATTI, M. W. Inseticidas de origem vegetal. In: FERREIRA, J. T. B.; CORRÊA, A. G.; VIEIRA, P.C. Produtos naturais no controle de insetos. São Carlos: Ed. da UFSCar, (Série de Textos da Escola de Verão em Química), v.3, 2001, 176 p.

YADEGARINIA, D.; GACHKAR, L.; REZAEI,M.B.; TAGHIZADEH, M.; ASTANESH, S.A.; RASOOLI, I. Biochemical activities of Iranian Mentha piperita L. and Myrtus communis L. essential oils. Phytochemistry, v.67, n.12, p.1249-55, 2006.

ZHANG, H.; CHEN, F.; WAN, X.; YAO, H.Y. Evaluation of antioxidant activity of parsley (Petroselinum crispum) essential oil and identification of its antioxidant constituents. Food Research International, v.39, p.833-839, 2006.