Artigo Original

Elaboração de uma Cartilha Direcionada aos Profissionais da Área da Saúde, Contendo Informações sobre Interações Medicamentosas envolvendo Fitoterápicos e Alopáticos

Elaboration of a Primer for all Health Professionals, Containing Information on Interaction Between Drugs and Phytoterapics

Cardoso, C. M. Z.*;
Silva, C. P.;
Yamagami, K.;
Lopes, R. P.;
Santos, F.;
Bonassi, I.;
Jesuíno, I.;
Geres, F.;
Martorie Jr., T.;
Graça, M.;
Kaneko, B.;
Pavani, E.;
Inowe, C.
Projeto Farmácia Verde, Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas Oswaldo Cruz, Rua Brigadeiro Galvão 540, 01151-000, São Paulo, SP, Brasil
*Correspondência:
cmzc@uol.com.br

Resumo

O uso de medicamentos fitoterápicos sem orientação adequada de um profissional da área da saúde pode ser um risco. Esses medicamentos podem sofrer interação com outros fitoterápicos e/ou alopáticos. O objetivo desta cartilha é disponibilizar aos profissionais da área da saúde e à população, um material com as possíveis interações medicamentosas entre fitoterápicos e alopáticos. O levantamento bibliográfico foi realizado no Chemical Abstracts desde 1986, nos anais de eventos sobre plantas medicinais, Scielo, Bireme, Google Acadêmico e na Base EBSCO. Observou-se que existem poucos estudos (apenas 38 citados nesse trabalho) relacionados à interação medicamentosa envolvendo fitoterápicos.

Unitermos:
Interações Medicamentosas.
Fitoterápicos.
Plantas Medicinais.
Chás..

Abstract

The use of phytomedicines whithout medical orientation can be a health risk. These medicines can interact with other phytomedicines and/or drugs. The objective of this primer is to dispose to all health professional information of possible medicine interaction between drugs and phytomedicines. The data were organized based on Chemical Abstracts since 1986, and in Scielo, Bireme Library, Academic Google, EBSCO. There were not many papers (about 38 only) related to medicine interaction with phytoterapics.

Key Words:
Drug Interaction.
Phytomedicines.
Medicinal Plants.
Teas..

Introdução

Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros) (ANVISA, 2004). Estes, assim como todos os medicamentos, devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população. A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem, formulação farmacêutica e estudos de estabilidade (ANVISA, 2003a; 2003b; PDAMED, 2007)

Erroneamente acredita-se que um fitoterápico ou uma planta medicinal, por ser natural e não ter sido industrializado está livre de componentes químicos e efeitos colaterais. Isto faz com que as pessoas adotem a automedicação. No entanto estes compostos, como outros quaisquer, produzem reações no organismo, positivas ou negativas (ZANCANARO, 2007). Usar medicamentos fitoterápicos sem orientação adequada de um profissional da área da saúde, principalmente os médicos, pode ser um risco. Isto ocorre porque esses medicamentos podem sofrer interações com outros fitoterápicos e/ou alopáticos. Esta interação pode ocorrer de três formas: um pode potencializar a ação de outro, pode ocorrer também perda de efeitos por ações opostas, ou ainda, a ação de um medicamento pode alterar a absorção, transformação no organismo ou a excreção de outro fármaco (FUTURO et al., 2004).

O presente trabalho procurou como objetivo listar as possíveis interações medicamentosas encontradas na literatura com a finalidade de informar e conscientizar, principalmente os médicos, das conseqüências da administração e uso concomitantes de diferentes fitoterápicos ou destes com medicamentos alopáticos

Metodologia

Os levantamentos bibliográficos foram realizados nas bases de dados do Chemical Abstracts (desde 1986), Scielo, Bireme, Google Acadêmico e na Base EBSCO, assim como nos anais de eventos sobre plantas medicinais. Os resultados encontrados foram organizados numa tabela com cinco colunas: a primeira destinada ao nome popular, a segunda ao nome científico, a terceira com as substâncias com as quais ocorrem interações, a quarta coluna cita os efeitos e a última está destinada a observações complementares (Tabela 1).

Tabela 1: Drogas vegetais e interações medicamentosas entre si e com outros alopáticos
Nome popular (Ref.)* Nome científico Interação Efeitos Observações
Acônito crua (9) Aconitum napelus L. Pinellia crua Reações tóxicas / efeitos colaterais -
Agrimonia (9) Agrimonia eupatoria L. Varfarina Propriedades coagulantes da agrimonia neutralizam a varfarina -
Alcaçuz (3,9,10,12,30,22) Glycyrrhiza glabra L. Espironolactonas Antagonismo de efeito diurético -
Sargassum Reações tóxicas / efeitos colaterais -
Anestésicos Extrato do rizoma pode provocar hipertensão arterial, edema, hipocalemia e alteração plaquetária Os efeitos ocorrem por inibição do metabolismo do cortisol e da aldosterona
Varfarina sódica cristalina Aumenta as propriedades antiplaquetárias. -
Hortelã-pimenta Óleo de hortelã interfere no sistema enzimático hepático citocromo P450. Como conseqüência, a concentração do alcaçuz utilizado concomitantemente, poderá se elevar no sangue promovendo intensificação dos efeitos ou potencializando reações adversas sérias.
Anti-hipertensivos Alterações cardiovasculares -
Contraceptivos orais Aumento da pressão arterial e diminui os níveis de potássio -
Laxantes Causa perda de potássio -
Insulina Aumenta os efeitos adversos da insulina -
Corticosteroides Aumenta os efeitos dos corticosteroides Deve-se ter cuidados ao ingerir quaisquer tóxicos/ esteróides concomitantemente ao alcaçuz.
Digoxina Aumenta perigosamente o risco dos efeitos tóxicos da digoxina -
Aspirina Reduz irritações estomacais, assim como o risco de ulceras no estômago. -
Inibidores da ECA e diuréticos (não poupadores de potássio) Interferem na efetividade da medicação -
Alcachofra (22) Cynara scolymus L. Diuréticos de alça e tiazídicos O volume sanguíneo poderá diminuir drasticamente, gerando queda de pressão arterial por hipovolemia, incluindo a grande excreção de potássio (alcachofra também é diurético) -
Alecrim-pimenta (23) Lippia sidoides Cham. Antibióticos (Ampicilina, Cefalotina e Cloranfenicol) Ação potencializadora pelo óleo essencial do efeito antibacteriano Destaca-se o efeito sinérgico exercido pelo óleo essencial de L. sidoides sobre cefalotina na interação com S. aureus. (bactéria Gram positiva)
Alho (9,20,16,22,30) Allium sativum L. Anticoagulantes orais como a varfarina; e antiplaquetários Aumento do tempo de sangramento Dose: medicamentos contendo alho
Clorpropamida Hipoglicemia -
Expectorantes Potencializa efeitos dos expectorantes Dose: maceração dos bulbos em água, infusão ou in natura
Hipoglicemiantes (Insulina e Glipizida) Intensificação do efeito - diminuição excessiva dos níveis de açúcar no sangue -
Saquinavir (empregado no tratamento de infecção por HIV) e outros anti-retrovirais (Aprenavir, Nelfinavir, Ritonavir) Diminui os níveis plasmáticos daquela droga tornando seu efeito terapêutico menos eficaz (tanto o alho quanto os inibidores de proteases atuam na mesma via metabólica do citocromo P450) -
Medicamentos para problemas de tireóide/ disfunção na tireóide Afeta a tireóide Dose: suplementos com alho
Varfarina Sangramento -
Paracetamol - -
Aloe (9) Aloe ferax Miller Glicosídeos cardioativos e agentes antiarrítmicos Potencialização pela redução dos níveis de potássio ia laxativa -
Angélica chinesa (30) Angelica sinensis Avé-Lall. Varfarina e outros inibidores da agregação plaquetária Aumento da protombina e dos valores internacionais normalizados (INR), aumento de hemorragias -
Aristolochia (18,30) Aristolochia fangchi Y. C. Wu ex L. D. Chow & S. M. Hwang Fitoterápicos Nefropatia intestinal subaguda, neoplasmas no rim e na uretra (Existem pelo menos 14 diferentes ácidos aristolóquicos, que são potentes agentes nefrotóxicos e carcinogênicos: câncer na uretra) -
Astragalus (9) Astragalus membranaceus Moench. Ciclosporina, Azathioprine, Methotrexate Enfraquece os efeitos imunosupressores -
Babosa (18) Aloe barbadensis Miller Glicosídeos cardioativos (Digoxina) Por provocar a perda de potássio pode aumentar a toxicidade do medicamento -
Medicamentos que provocam perda de potássio (esteroides e diuréticos) Aumenta o potencial a perda de potássio -
Boldo do Chile (22) Peumus boldus Molina Anticoagulantes Boldina causa inibição da agregação plaquetária -
Bupleurum (9) Bupleurum falcatum L. Sedativos Potencialização -
Buva (13) Conyza bonariensis L. Antibióticos Efeito sinérgico com o óleo essencial A alcoolatura desta planta tem sido usada topicamente no tratamento de dermatoses
Camomila (3,9,18,22) Matricaria chamomilla L.
Chamomilla recutita L.
Antiplaquetário e anticoagulantes Aumento do risco de hemorragia Chá das folhas contém constituintes derivados de cumarina.
Aspirina Aumento do risco de hemorragias Chá das folhas
Ferro A camomila pode interferir com a absorção de ferro durante tratamentos orais comeste mineral, ou mesmo na alimentação Chá das folhas
Lítio Redução dos níveis do mineral Chá das folhas
Sedativos (benzodiazepina, álcool, entre outros) Aumenta o efeito sedativo dos medicamentos Chá das folhas
Têucrio (Teucrium chamaedrys) Hepatite (a origem do efeito tóxico foi atribuída a diterpenos do tipo neoclerodano, transformados pelo citocromo P450 em metabólitos hepatotóxicos, que apresentavam uma subunidade epóxido) -
Tratamentos hormonais Efeito antiestrogênico Essa interação foi sugerida a partir de pesquisas em animais
Varfarina e outros inibidores da agregação plaquetária Aumento do risco de hemorragias por aumento da pró-trombina e dos valores internacionais normalizados (INR) -
Cáscara sagrada (22) Rhamnus prushiana DC. Diuréticos tiazídicos Perda excessiva de potássio, podendo causar hipocalemia Chá ou cápsulas
Glicosídeos cardiotônicos Potencializarão do efeito do medicamento, devido a desequilíbrio de eletrólitos Chá ou cápsulas
Medicamentos administrados por via oral Afeta a absorção por intensificar o transito gastrintestinal Chá ou cápsulas
Castanha da índia (22) Aesculus hippocastanum L. Ácido acetilsalicílico, Varfarina, Heparina, Clopidogrel e antiinflamatórios com Ibuprofeno ou Nanoproxeno Aumenta o risco de sangramento Não mencionada
Antiácidos Diminuir a eficácia já que essa planta é irritante do TGI -
Insulina Hipoglicemiante -
Centela (22) Centalla asiatica L. Dexametasona Efeitos antagônicos (a dexametasona exerce função de agente supressor no processo de cicatrização) -
Chá verde (11,13,18,21,25) Camellia sinensis (L.) O. Kuntz Salvia miltiorrhiza Antitumoral; associada também com baicalin, age inibindo a proliferação do câncer de mama -
Varfarina Antagonista do efeito anticoagulante -
Teofilina e derivados da xantana Aumentam os efeitos estimulantes -
Lítio Pode diminuir os níveis de lítio -
Adenosina Inibição da produção de adenosina -
Antibióticos beta-lactâmicos Benzodiazepínicos Aumento da efetividade Reduz os efeitos sedativos dos benzodiazepínicos -
Propranolol e Metoprolol, bloqueadores beta 2 Aumenta a pressão sanguínea -
Efedrina Causa agitação, tremores, insônia e perda de peso -
Inibidores do monoamino oxidase (IMAOs) Aumento severo de pressão (chamada de “crise hipertensiva”); exemplos de IMAOs incluem fenelzina e tranilcipromina, são usados no tratamento de depressão -
Contraceptivos orais Pode prolongar a quantidade de cafeína no sangue circulante, e portanto aumentar os efeitos estimulantes. -
Fenilpropanolamina A combinação de fenilpropanolamina com cafeína pode causar obsessão e um severo aumento de pressão O FDA publicou em novembro de 2000 um artigo para informar as pessoas do risco ao cérebro que essa medicação pode causar; exigindo que as indústrias os retirassem das prateleiras
Cimicifuga (22) Cimicifuga racemosa L. Estrógeno e contraceptivos orais Seus princípios ativos ocupam receptores estrogênicos, onde, seletivamente, suprimem a secreção de LH -
Anti-hipertensivos (Tamoxifeno) Potencializa a ação -
Dissulfiram ou Metronizadol Pode causar náusea ou vômito -
Cravo-da-Índia (9) Syzygium aromaticum (L.) Merr. et Perry Cúrcuma Reduz o efeito da Cúrcuma -
Dente-de-Leão (30) Taraxacum officinale G. Weber ex. Wigg Diuréticos sintéticos Potencializa a atividade de diuréticos -
Echinacea (18,22) Echinacea sp. Imunossupressores (ciclosporina, azatioprina e tacrolimus) Reduz efeitos imunossupressores: mecanismo desconhecido -
Esteróides anabolizantes Risco aumentado de hepatotoxicidade -
Teofilina e derivados de xantana Aumenta efeitos estimulantes do sistema nervoso Efedrina, um componente da Efedra, pode causar estimulação
Glicosídeos cardioativos Arritimia cardíaca
Efedra (9,29) Efedra sinica Stapf. Inibidor da MAO Hipertensão -
Cafeína Intensifica efeitos colaterais cardiovasculares -
Fenotiazidas hipotensão e aumento dos batimentos cardíacos diminui a estimulação e energia. Fenotiazinas podem bloquear os efeitos estimulantes alfa da Efedra.
Agentes hipertensivos Aumento potencial para a pressão sanguínea Efedrina pode opor os efeitos farmacológicos dos betabloqueadores
Espinheira-santa (30) Maytenus ilicifolia Mart. ex. Reiss. Esteróides anabólicos, metotrextrato, amiodarona, cetoconazol Hepatotoxicidade -
Imunossupressores Efeitos antagonistas -
Eucalipto-citriodora (23) Eucalyptus citriodora Hook. Agentes hipoglicêmicos “Controlam” o nível glicêmico, diminuindo níveis de glicose Pode interagir com fármacos administrado por via oral que são agentes hipoglicemiantes e insulinas
Ampicilina, Cloranfenicol Efeito sinérgico com o óleo essencial da planta para S. epidermidis -
Ampicilina, Cloranfenicol e Gentamicina O óleo essencial diminui da atividade inibitória quando usado para S. aureus -
Tetraciclina Sinergismo com o óleo essencial da planta nas interações com bactérias Bactérias onde a associação foi sinérgica: Gram positivas (S. aureus e S. epidermidis) e Gram negativas (P. aeruginosa)
Eucalipto (22) Eucalyptus globulus Labill. Medicamentos que atuam no SNC Pode intensificar os efeitos -
Funcho (20) Foeniculum vulgare Mill. Barbitúricos Pode potencializar o sono induzido por barbitúricos Infusão das folhas ou decocção das sementes
Gengibre (16,18,22) Zingiber officinalle Roscoe Agentes hiperglicêmicos - -
Antiplaquetária e anticoagulante (Aspirina, Heparina, antiinflamatórios não esteroidais, Clopidogrel, Eptifibatide, Tirofiban, Ticlopidine, Dipyridamole e inibidores da COX-2) Contém constituintes da cumarina, que aumenta potencial para hemorragia -
Sedativos (benzodiazepina, álcool, barbitúricos, nonbenzodiazepina) Aumenta o efeito sedativo por mecanismo desconhecido -
Insulina administrada via oral Causa diminuição dos níveis de açúcar -
Sucralfato, Ranitidina ou Lansoprazol Estimula a produção de ácido clorídrico estomacal, comprometendo determinados medicamentos -
Sulfaguanidina Potencializa absorção -
Varfarina e outros inibidores da agregação plaquetária Aumento da pró-trombina e dos valores internacionais normalizados (INR) -
Gingko (16,22,30) Gingko biloba L. Tiazida diurético -
Trazodona Pode causar estado de coma -
Varfarina e outros inibidores da agregação plaquetária Aumento da pró-trombina e pode causar hemorragia -
Ibuprofeno e Naproxeno Ativa a ação desses medicamentos -
Anticonvulsionantes Diminui a ação -
Antidepressivos Intensifica a ação farmacológica, além de intensificar seus efeitos colaterais -
Ginseng (9,17,30,22) Panax ginseng C.A. Meyer Agentes hipoglicemiantes e insulinas Sinergismo -
Analgésicos e Anticoagulantes Potencializa a ação de analgésicos e anticoagulantes aumentando o risco de sangramento Trimetilxantinas (cafeína) [dose diária: 15 a 70 mg de cafeína]
Fenilzina Cefaléia, tremores -
Estrogênio e corticoesteróides Efeitos aditivos -
Insulinas, sulfaniluréias Alteração dos níveis de glicose sangüínea -
Antidepressivos inibidores da MaO Pode causar tremores, cefaléias e insônia -
Morfina Inibe a ação do ginseng -
Pteropus Reduz os efeitos da planta Pteropus -
Raphanus Inibe os efeitos do ginseng -
Sargassus Efeitos tóxicos ou colaterais -
Varfarina O anticoagulante diminui os níveis de INR sanguineos e aumenta a ação psicoativa do ginseng, causando insônia e dores de cabeça. O ginseng pode interagir com a cafeína causando hipertensão. Isso pode diminuir a eficácia da varfarina -
Guaraná (22) Paulinia cupana Mart. Marapuama, catuaba e fáfia A associação destes apresenta atividade antidepressiva -
Analgésicos Potencializa sua ação -
Anticoagulantes Aumenta o risco de sangramentos -
Hidraste (18) Hydrastis canadensis L. Varfarina, aspirina, heparina, HSAIDS, clopidogrel, dipiridamol, ticlopidina, inibidores da COX-2, Benzodiazepina, álcool, entre outros, (digoxina). Diminui efeito anticoagulante; aumenta efeito sedativo; pode aumentar ou reduzir pressão sanguínea; aumenta ou diminui efeitos cardíacos -
Hipérico (1,4,5,6,7,8,9,14,15,16, 17,24,27, 28,29,31,32) Hypericum perforatum L. Imipramina Sistema dopaminérgico -
Benzodiazepínicos; cetamina Inibe o flumazenil -
Nomifensine e Fluoxetina Hiperforina inibe a captação de dopamina, serotonina e noradrenalina; Hiperforin atua como duplo inibidor de 5-LO e COX-1
Varfarina, Digoxina, Teofilina, contraceptivos orais, nevirapina e indinavir Potencializa certas subenzimas do citocromo P450 Redução dos níveis sanguíneos da droga com possível perda da supressão do HIV A nevirapina aumenta depuração oral e o indinavir inibe protease que combate o HIV (vacina contra HIV possui aminoácidos de Hypericum perforatum)
Digoxina, nifedipina, digitoxina diltiazem e beta-bloqueadores São metabolizados na mesma via de metabolização Redução dos níveis sanguíneos da droga com risco para a perda do controle do ritmo cardíaco -
Ciclosporina, Rapamicina E Tacrolimus
Etil-estradiol
Inibidores da MAO
Ciclofosfamida, Tamoxifen, Taxol e Etoposídeo
Imipramina, Amoxapina E Amitriptilina
Antidepressivos triciclicos (amitriptilina), contraceptivos orais (etinilestradiol e desogestrel) e loperamida Inibem paroxetina e nefazodona -
Ciclosporina Produz queda dos níveis plasmáticos, causando rejeição dos tecidos possui interações farmacodinâmicas com a seletiva serotonina
Antitumorais Antiproliferativa sobre os efeitos destes fármacos -
Amitriptilina, ciclosporina, digoxina, fexofinadine, indinavir, metadona, midazolam, nevirapina, fenoprocumon, sinvastatina, tracolimos, teofilina, varfarina Diminui a concentração do sangue a varfarina aumenta a tendência de hipoglicemia
Inibidores de transcripase reversa não-nucleosídicos (Delavirdina, Efavirenze E Nevirapine) Perda da resposta virológica, desenvolvimento de resistência ou resistênciacruzada, pois ambos são metabolizados na mesma via de metabolização -
Varfarina Diminuição dos níveis plasmáticos de varfarina e do efeito anti-goagulante por indução de enzimas hepáticas -
Anestésicos Prolonga os efeitos anestésicos -
Anfetaminas Aumentam a biodisponibilidade -
Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Fenobarbital, Fenitoína) Redução dos níveis do fármaco, podendo gerar ataques convulsivos -
Contraceptivos orais Reduz os níveis da droga Pode ocasionar gravidez
Digitoxina, Teofilina e contraceptivos orais (Etil-estradiol/ Desogestrel) Diminui biodisponibilidade, interrupção do sangramento menstrual por indução de enzimas hepáticas Teofilina - Redução dos níveis sanguíneos da droga com perda do controle da asma
Fotossensíveis Aumenta sua biodisponibilidade -
Inibidores de antivirais, ativos da recapturação de serotonina e de loperamida e de proteases - -
Sedativos Aumenta sua biodisponibilidade -
Alho, antiagregantes plaquetários, simbastina, estatina, anti-hiperglicemiantes - -
Kava-kava (16,30) Piper methysticum G. Forst. Levodopa Aumenta biodisponibilidade deste fármaco -
Alprazolam, benzodiazepínicos Pode causar estado de semicoma -
Licorice (9) Glycyrrhiza uralensis Fisch. Antibióticos Diminui absorção -
Corticoesteróides e diuréticos de tiazida Potencialização -
Glicosídeos cardioativos Aumenta sensibilidade -
Malvarisco (23) Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng Antibióticos (ampicilina, cefalotina e cloranfenicol) Efeito sinérgico Sinergia observada, principalmente, na interação com S. epidermidis
Maracujá (30) Passiflora incarnata L. Hipnóticos e ansiolíticos -
Marapuama (19) Ptychopetalum olacoides Bentham. Anfetamina A combinação entre ambas aumentaria a toxicidade da anfetamina -
Guaraná, catuaba e fáfia A associação destes apresenta atividade antidepressiva. -
Mirtilo (9) Vaccinium myrtillus L. Antiplaquetários e anticoagulantes (varfarina, aspirina, heparina, HSAIDS, inibidores da COX-2, entre outros) Anticianosídeos podem reduzir a excessiva agregação plaquetária, potencializando hemorragias -
Quebra pedra (20) Phyllantus niruri L Diuréticos Potencializa efeitos dos diuréticos O quebra-pedra é indicado para litíases do trato urinário, auxiliar nas cistites
Salgueiro (30) Salix alba L. Varfarina Como o AAS, potencializa o efeito anticoagulante -
Sálvia (9,18) Salvia miltiorrhiza Bunge Varfarina e outros inibidores da agregação plaquetária Aumento da protombina e dos valores internacionais normalizados (INR) -
Ruibarbo (9) Rheum rhabarbarum L. Mirabilitum Aumenta efeito purgativo por natureza similar da droga -
Glicosídeos cardioativos e agentes antiarrítmicos Potencialização por reduzir os níveis de potássio por causa dos efeitos laxativo
Valeriana (18) Valeriana officinalis L Hipnóticos e ansiolíticos; sedativos (ex: benzodiazepina, barbitúricos, álcool, entre outros) Potencializa o efeito dos sedativos O ácido valerênico atua no receptor GABA, responsável pelo efeito hipnótico e ansiolítico
Barbitúricos Sedação excessiva -
Veratro (9) Veratro album L. Scrophularia Reações tóxicas / efeitos colaterais -
Os (números) na tabela referem-se às referências: (1) ALBERT, 2002; (3) ARAÚJO et al., 2007; (4) BAUREITHEL et al., 2007; (5) BIFFIGNANDI et al., 2000; (6) BUTTERWECK et al., 1997; (7) BUTTERWECK et al., 2001; (8) DE MAAT et al., 2001; (9) DHARMANANDA, 2000; (10) ERNEST , 2008; (11) FRANECK et al., 2005; (12) FUTURO et al., 2004; (13) HECK et al., 2000; (14) HENDERSON et al., 2002; (15) IOANNIDES, 2002; (16) IZZO; ERNST, 2001; (17) JENSEN et al., 2001; (18) LAMBRECHT et al., 2000; (19) LIMA et al., 2005; (20) LONDRINA, 2006; (21) MARYLAND; 2008; (22) NICOLETTI, 2007; (23) OLIVEIRA et al., 2006; (24) RODRIGUEZ et al., 2003; (25) SANTANA, 2006; (27) SINGH, 2005; (28) SPARREBOOM et al., 2004; (29) VALE, 2002; (30) JUNIOR et al., 2005; (31) WADA, 2002; (32) WINTERHOFF et al., 1995.

Resultados

Como resultado, a Cartilha constitui-se das seguintes seções: Título, Introdução, Apresentação, Perguntas e Respostas simples e de fácil entendimento, finalizando com a Tabela 1, que apresenta os dados objetivos relativos às plantas medicinais e interações entre elas e outros fármacos, conforme transcritos a seguir. Observa-se que existem poucos estudos (apenas 32 citados nesse trabalho) relacionados à interação medicamentosa envolvendo fitoterápicos. Em seguida apresenta-se a Cartilha, na forma como se pretende sua divulgação.

TÍTULO

“Interações Medicamentosas Com Fitoterápicos E Plantas Medicinais”

INTRODUÇÃO

Nesta seção, a Cartilha reproduzirá as informações contidas na Introdução do presente artigo, conforme acima exposta.

APRESENTAÇÃO

Segundo a OMS, 80% da população mundial fizeram ou fazem uso de medicamentos derivados de plantas medicinais (NICOLETTI et al., 2007). No Brasil, pesquisas demonstram que 91,9% da população já fizeram uso de alguma planta medicinal, sendo que 46% da população mantêm um cultivo caseiro dessas plantas (VEIGA JÚNIOR et al., 2005). A partir dessas estatísticas, os integrantes do projeto Farmácia Verde da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Bioquímicas das Faculdades Oswaldo Cruz elaboraram a presente cartilha “Interações Medicamentosas com Fitoterápicos e Plantas Medicinais”.

O objetivo dessa apresentação é disponibilizar aos profissionais da área da saúde as possíveis interações medicamentosas entre fitoterápicos e alopáticos (medicamentos sintéticos), visando evitar complicações geradas a partir do uso incorreto e concomitante dos mesmos, uma vez que como qualquer outro medicamento, o fitoterápico apresenta efeitos curativos e colaterais (NICO-

LETTI et al., 2007). O papel do profissional da área da saúde é orientar o paciente e a população quanto às possíveis interações e riscos que os fitoterápicos possam oferecer, e a Cartilha é uma ferramenta de fácil entendimento e rápida consulta, e ainda, a parte anterior à tabela pode ser distribuída à população.

As interações medicamentosas são apresentadas em forma de tabela, para facilitar o esclarecimento do conteúdo, e essa contém o nome da planta (popular e científico), interações, forma farmacêutica, efeitos relatados e algumas observações. Espera-se que o uso dessa cartilha possa contribuir significativamente no tratamento dos pacientes que fazem uso de fitoterápicos a partir das informações aqui apresentadas.

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

1. O que é um fitoterápico?

São medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais, empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato , suco e outros) (VEIGA JÚNIOR et al., 2005).

2. Chá é fitoterápico?

Erroneamente acredita-se que um chá, por ser natural e não ter sido industrializado esta livre de componentes químicos e efeitos colaterais, porém, muitos deles apresentam princípios ativos com ação farmacológica que produzem reações no organismo, positivas ou negativas. Existe uma certa confusão quando se fala a respeito de chá, já que são encontrados facilmente em mercados, estes são considerados alimentos que através do processo de industrialização já não mais apresentam ação farmacológica. Entretanto, chás preparados a partir da planta seca (droga vegetal) ou fresca, continuam com seus princípios ativos inalterados (VEIGA JÚNIOR, 2005).

3. Produto fitoterápico é diferente de produto homeopático?

A fitoterapia é a terapêutica baseada em plantas medicinais. Ela tem o mesmo principio da alopatia, no qual usa-se a droga para a cura da doença. A homeopatia é outra modalidade médica baseada nos postulados de Hahnemann, médico alemão do século XVIII, que desenvolveu um sis-

tema médico completamente diferente daquele alopático ou fitoterápico que conhecemos. Ele estabeleceu a teoria em que a energia vital dos indivíduos poderia ser recuperada, por diluições homeopáticas, a partir de substâncias que causassem os mesmos sintomas no homem (SILVA, 2007).

4. Medicamento natural não faz mal?

O uso indiscriminado de plantas no tratamento de doenças deve ser visto com mais atenção pelas pessoas. Plantas aparentemente inofensivas e utilizadas como medicamento são comprovadamente perigosas dependendo da forma com que são administradas. Esse perigo está mais presente quando a pessoa concilia o uso com remédio indicado pelo médico para tratamento de doenças (FUTURO et al., 2004; VEIGA JÚNIOR et al., 2005; LONDRINA, 2006).

5. Vantagens do uso do fitoterápico.

Os fitoterápicos podem apresentar efeitos terapêuticos, às vezes, melhores aos dos medicamentos alopáticos, podendo ter seus efeitos colaterais minimizados, quando administrados corretamente. Tem um custo mais acessível à população e aos serviços públicos de saúde, por serem obtidos de fontes naturais e não precisarem ser industrializados, o que acaba por encarecer o medicamento (FUTURO et al., 2004).

6. O que é interação medicamentosa?

Interações medicamentosas são respostas farmacológicas, em que os efeitos de um ou mais medicamentos, são alterados pela sua administração concomitante. Essas interações não são observadas somente com substâncias químicas sintetizadas (medicamentos alopáticos), mas também com aquelas presentes em plantas que são empregadas na preparação de chás, xaropes caseiros e medicamentos fitoterápicos (FUTURO, 2004).

7. Interação de fitoterápicos com drogas convencionais (alopáticas) afeta o tratamento?

Sim, as respostas decorrentes destas interações podem resultar na potencialização do efeito terapêutico, redução de sua eficácia ou ainda aparecimento de reações adversas (IZZO; ERNST, 2001; FUTURO et al., 2004; VEIGA JÚNIOR et al., 2005; LONDRINA, 2006).

Referências

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