Artigo de Pesquisa

Estudo de estabilidade de sistema emulsionado contendo Stryphnodendron adstringens (Mart.)Coville (Fabaceae) e Rosa aff. rubiginosa (Rosaceae)

Stability study of emulsified system containing Stryphnodendron adstringens (Mart) Coville (Fabaceae) and Rosa  aff. rubiginosa  (Rosaceae)

https://doi.org/10.32712/2446-4775.2022.908

Coelho, João Paulo Martins1;
Assunção, Lara Luiza Nunes de1;
Castro, Raine-Clênia Oliveira2;
Cardoso, Alessandra Marques3;
Zampieri, Ana Lúcia Teixeira de Carvalho3*.
1Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Avenida Universitária 1.440, Setor Universitário, CEP 74605-010, Goiânia, GO, Brasil.
2Secretaria da Segurança Pública de Goiás, Polícia Técnico Científica. Avenida Engenheiro Atílio Correia Lima, Cidade Jardim, CEP 74425-030, Goiânia, GO, Brasil.
3Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD, Escola de Ciências Médicas e da Vida. Avenida Universitária, Setor Leste Universitário, CEP 74605-010, Goiânia, GO, Brasil.
*Correspondência:
analucia.zampieri@gmail.com

Resumo

Vegetais com ação cicatrizante e emoliente, indicados no tratamento de disfunções da pele, têm sido pesquisados. Objetivou-se nesta pesquisa a produção de um sistema emulsionado contendo Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Fabaceae) e Rosa aff. rubiginosa (Rosaceae) e o estudo de estabilidade acelerada. Emulsões não iônicas foram produzidas realizando-se o estudo de estabilidade físico-químico e microbiológico. Utilizou-se embalagens plásticas e vidro para o armazenamento, com avaliação em diferentes tempos (zero, 15, 30 e 60 dias) e condições de temperatura. A emulsão produzida apresentou-se viscosa, homogênea, opaca, com cor levemente acastanhada, odor amadeirado, levemente untuoso ao tato e pH (4,0-5,0). Os dois lotes avaliados quanto a estabilidade mantiveram-se estáveis sob refrigeração. Nas embalagens plásticas houve alterações quanto ao aspecto (15 dias), tanto em temperatura ambiente, quanto estufa. Já nas embalagens de vidro a alteração do aspecto ocorreu em apenas uma replicata (30 dias). As características organolépticas da formulação apresentaram-se modificadas em estufa para embalagens plásticas (15 dias), e para embalagens de vidro (30 dias). O pH manteve-se entre 4,0-5,0 durante 60 dias. Não foi verificado crescimento de nenhum microrganismo. Concluiu-se que a temperatura foi determinante para a estabilidade e que embalagem de vidro proporcionou maior proteção à formulação.

Palavras-chave:
Stryphnodendron adstringens (Mart.)Coville and Rosa aff.
Rubiginosa.
Emulsão.
Estabilidade.

Abstract

Vegetables with healing and emollient action, indicated in the treatment of skin dysfunctions, have been researched. The objective of this research was the production of an emulsified system containing Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Fabaceae) and Rosa aff. rubiginosa (Rosaceae) and the study of accelerated stability. Nonionic emulsions were produced by studying the physicochemical and microbiological stability. Plastic packaging and glass were used for storage, with evaluation at different times (zero, 15, 30 and 60 days) and temperature conditions. The emulsion produced was viscous, homogeneous, opaque, with slightly brownish color, woody odor, slightly unctuous to the touch and pH (4.0-5.0). The two batches evaluated for stability remained stable under refrigeration. In plastic packaging there were changes in appearance (15 days), both at room temperature and oven. In glass packaging, the appearance change occurred in only one replicate (30 days). The organoleptic characteristics of the formulation were modified in oven for plastic packaging (15 days) and for glass packaging (30 days). The pH remained between 4.0-5.0 for 60 days. There was no growth of any microorganism. It was concluded that temperature was determinant for stability and that glass packaging provided greater protection to the formulation.

Keywords:
Stryphnodendron adstringens (Mart.)Coville and Rosa aff.
Rubiginosa.
Emulsion.
Stability.

Introdução

O avanço das investigações científicas a respeito da pele humana proporcionou a consciência de que a pele é mais que uma simples barreira protetora, ela é um órgão do sistema tegumentar com funções e propriedades peculiares. Tal avanço científico e tecnológico trouxe a responsabilidade de fabricar produtos que tragam segurança, com menor risco possível[1].

Dessa maneira, ativos naturais de eficácia comprovada têm sido cada vez mais pesquisados. Considerando a biodiversidade da flora brasileira e o uso popular de plantas medicinais, observa-se o interesse em estudar as propriedades farmacológicas de diversos vegetais. Logo, a indústria farmacêutica reconhece tal importância e vem desenvolvendo medicamentos com plantas medicinais há anos[2].

Baseando-se nas características farmacológicas das plantas com ação cicatrizante e emoliente, indicadas no tratamento de disfunções da pele, duas podem ser destacadas, o barbatimão e a rosa mosqueta.

A partir da relevância do tema em questão, o presente estudo tem como objetivo a produção e estudo de estabilidade acelerada de um sistema emulsionado contendo Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Barbatimão) e Rosa aff. rubiginosa (Rosa mosqueta).

O barbatimão de nome científico Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville. é uma espécie pertencente à família Fabaceae. Típica do cerrado com ampla distribuição geográfica no país, de pequeno porte, com altura entre 2 e 8 metros. Sua importância econômica está na grande quantidade de taninos, que são usados na área farmacêutica com atividades farmacológicas diretamente ligadas aos altos teores desses taninos condensados, que variam de 20% a 50% dos compostos presentes na casca da planta [3].

De acordo com Martins e Teixeira[4], "(...) quimicamente, o barbatimão é constituído por: taninos, alcaloides, amido, flavonoides, proantocianidinas, matérias resinosas, mucilaginosas, corantes e saponinas (...)", o que lhe compete sua ação farmacológica.

A rosa mosqueta Rosa aff. rubiginosa,com sinonímia Rosa canina, pertence ao gênero Rosa, da família Rosaceae, possui aproximadamente 70 espécies diferentes em todo o mundo. Originária da área do Mediterrâneo e da Europa Central, foi trazida para a América do Sul pelos colonizadores espanhóis, e cresce na região sul e central do Chile[5].

Atribui-se à composição química do óleo extraído da Rosa Mosqueta, as concentrações de ácidos graxos da seguinte ordem: ácidos graxos não-saturados: ácido linoleico (entre 43 e 49%), ácido linolênico (entre 32 e 38%), ácido oleico (entre 14 e 16%); ácidos graxos saturados: ácido palmítico, ácido palmitoleico e ácido esteárico (esses entre 0,1 e 5%), outros ácidos graxos como láurico, mirístico, araquidônico, gadoleico e beénico (entre 0 e 1%) e ácidos ativos: ácido trans retinoico ou tretinoína natural (entre 0,01 e 0,1%)[5].

Sendo assim, destaca-se na referida composição química, a ação farmacológica do ácido linoleico, fundamental na regulação da produção de colagenase, induzindo a granulação e, assim, acelerando a cicatrização; e do ácido linolênico que, além de atuar na proteção da pele contra agentes químicos e enzimáticos, age na manutenção da permeabilidade epidérmica, favorecendo o processo cicatricial[6].

Diante das inúmeras formas farmacêuticas de uso tópico, destacam-se as emulsões como uma forma que apresenta boa espalhabilidade, efeito emoliente, excelente experiência sensorial, além da formação de uma barreira protetora na superfície a ser tratada[7].

A Farmacopeia Brasileira[8] define emulsão/creme como:

(...) forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão, formada por uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica. Esta contém um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos em uma base apropriada, utilizada normalmente para aplicação externa na pele ou nas membranas mucosas.

Independente da forma farmacêutica produzida, a estabilidade de um produto farmacêutico é indispensável para a manutenção de suas propriedades físico-químicas e microbiológicas dentro dos limites aceitáveis no prazo de validade estabelecido, oferecendo segurança, eficácia e qualidade no tratamento do paciente [9].

Segundo Ferraz[10], estabilidade é definida como:

(…) o tempo durante o qual a especialidade farmacêutica e a matéria prima considerada isoladamente, mantêm-se dentro dos limites especificados, as mesmas condições e características que possuía quando da época de sua fabricação (...).

Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)[11], por meio da Resolução nº 01 de 29 de julho de 2005, fatores ambientais como temperatura, umidade e luz interferem na estabilidade do produto, além de fatores relacionados ao próprio produto como propriedades físicas e químicas dos ativos e de excipientes, forma farmacêutica e até tipo e propriedades da embalagem final.

De acordo com os guias especializados, os parâmetros a serem avaliados nos produtos submetidos a testes de estabilidade devem ser definidos pelo formulador e dependem das características do produto e dos componentes utilizados na formulação. Por exemplo, testes referentes à avaliação organoléptica, avaliação físico-química, como pH, peso médio, viscosidade, densidade, entre outros, e avaliação microbiológica são requeridos[11,12].

A Farmacopeia Brasileira preconiza a realização de ensaios microbiológicos em produtos não estéreis, uma vez que a contaminação microbiana pode acarretar alterações físico-químicas no produto, além de oferecer risco de infecção para o usuário. Dessa forma, os produtos devem ser submetidos a testes de ensaios microbiológicos para análise qualitativa e quantitativa de microrganismos. Os ensaios microbiológicos avaliam a presença dos microrganismos: Escherichia coli, Salmonella spp., Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Clostridium spp.e Candida albicans[8].

Materiais e Métodos

Os experimentos aconteceram nos Laboratórios de Tecnologia Farmacêutica e Microbiologia, localizados, respectivamente, nas áreas V e IV do Campus I da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), entre os meses de setembro de 2016 e maio de 2017.

Desenvolvimento

As matérias-primas utilizadas no desenvolvimento da formulação foram: óleo de rosa mosqueta, extrato glicólico de barbatimão, Polawax®, EDTA dissódico (Na2), nipagin e glicerina. Para a análise microbiológica recorreu-se aos ágares Eosin Methylene Blue (EMB), Salmonella-Shigella, Manitol Salt, MacConkey, Sabouraud Dextrose e Plate Count Agar (PCA).

Preparo das emulsões

O método empregado foi emulsificação à quente, em consonância com Ferreira[13], conforme TABELA 1. Para tanto, aqueceu-se os componentes de cada fase separadamente, vertendo-se a fase aquosa sobre a oleosa, homogeneizando-as por meio de agitação vigorosa e, após resfriamento, incluindo a fase complementar. Os ativos foram incorporados em 75ºC para o óleo de rosa mosqueta e 40ºC para o extrato glicólico de barbatimão. Foram preparados dois lotes (572 gramas cada) sendo denominados L1 e L2.

TABELA 1: Formulação qualitativa e quantitativa produzida.

Matérias-primas Quantidades
Óleo de rosa mosqueta 2,7 g
Butilhidroxitolueno 0,01 g
Nipazol 0,06 g
Polawax® 1,8 g
Água deionizada qsp 20 g
EDTA Na2 0,1 g
Nipagin 0,06 g
Glicerina 1,0 g
Extrato glicólico de Stryphnodedron adstringens 1,0 mL

Fonte: autor.

Caracterização e estudo de estabilidade acelerada

Os lotes L1 e L2 foram destinados às análises físico-químicas e microbiológicas. As amostras foram envasadas em embalagens plásticas e vidro e armazenadas em temperatura ambiente, estufa (37± 2ºC) e refrigerador (5±2ºC).

A avaliação da estabilidade acelerada realizou-se em etapas (nos tempos T0, ou seja, 24 horas após a produção, T15 dias, T30 dias e T60 dias), conforme preconiza o Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos[12].

Características organolépticas

Baseando-se no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos[12], o aspecto macroscópico pode ser classificado em: pasta, gel, fluído, viscoso, volátil, homogêneo, heterogêneo, transparente, opaco ou leitoso; sem alteração, levemente separado, levemente precipitado, levemente turvo, separado, precipitado ou turvo. Já quanto à cor e ao odor, o produto pode ser considerado sem alteração, levemente modificado, modificado ou intensamente modificado.

Dessa maneira, as características organolépticas foram definidas por meio de avaliação do aspecto macroscópico (viscoso, homogêneo e opaco); cor (levemente acastanhado); odor (amadeirado); sensação ao tato da emulsão (levemente untuoso) e pH (4,0-7,0).

Compatibilidade com o material de acondicionamento

Integridade da embalagem e da formulação

Tais parâmetros foram estabelecidos pela observação da emulsão nas respectivas embalagens durante o estudo, com o intuito de se registrar possíveis deformidades e/ou modificações significativas na formulação em relação ao acondicionamento[12].

Peso do conteúdo

O peso do conteúdo foi determinado através da quantidade das amostras pesadas analiticamente, a partir da pesagem das embalagens cheias subtraindo o valor obtido pelas embalagens vazias. As amostras analisadas foram T0 e T60, nos três ambientes e dois tipos de embalagem. Nesse teste observa-se a manutenção ou perda de água por evaporação e materiais voláteis, bem como avalia o peso declarado no rótulo[12].

Vedação

A vedação das embalagens utilizadas foi manualmente verificada observando-se a facilidade em abri-las e fechá-las e a possibilidade de vazamentos[12].

Determinação do pH

O potencial hidrogeniônico (pH) da emulsão foi determinado em todas as amostras, utilizando-se a fita indicadora de pH Merck®, a qual foi comparada com a escala colorimétrica fornecendo o resultado semi-quantitativo[14].

Análise microbiológica

Foram utilizados meios de cultura específicos para o crescimento dos microrganismos pesquisados (Mesófilos Totais, Escherichia coli, Salmonella spp., Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Candida albicans), de acordo com a Farmacopeia Brasileira[8].

As amostras da emulsão, armazenadas em pote plástico e vidro, foram distribuídas em cada meio, utilizando a técnica de semeadura por esgotamento em estrias para todos os meios, com exceção do meio PCA, onde foi empregada a técnica de semeadura por varredura.

Os meios semeados com a emulsão, bem como aqueles utilizados para controle de esterilidade, foram incubados em estufa à 37ºC e analisados após 24 e 48 horas nos tempos T0 e T60.

Vale ressaltar que, as análises foram realizadas em triplicata e, como preconizado, 10% dos meios produzidos foram destinados ao controle de esterilidade[15]. Com isso, garantiu-se que a metodologia empregada no preparo dos meios foi adequada, evitando um resultado falso-positivo a partir de microrganismos advindos do próprio meio de cultura. Ou seja, neste caso não cabia a hipótese de contaminação do produto[16].

Resultados e Discussão

Estudo de estabilidade acelerada 

Os resultados obtidos no estudo da estabilidade, dos lotes L1 e L2, quanto ao aspecto, características organolépticas e pHestão apresentados na TABELA 2.

TABELA 2: Resultado de testes físico-químicos do sistema emulsionado de barbatimão e rosa.
Ambientes / Parâmetros Lote 1 Lote 2 Lote 1 Lote 2
Embalagem de plástico Embalagem de plástico Embalagem de vidro Embalagem de vidro
T0 T15 T30 T60 T0 T15 T30 T60 T0 T15 T30 T60 T0 T15 T30 T60
TA Aspecto S.A L.P L.P L.P S.A S.A S.A L.P S.A S.A L.P L.P S.A S.A S.A S.A
Cor S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
Odor S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
Sensação ao tato S.A S.A LM S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
pH 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0
R Aspecto S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
Cor S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
Odor S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
Sensação ao tato S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A S.A
pH 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0
E Aspecto S.A L.P P P S.A L.P L.P P S.A L.P L.P P S.A L.P L.P P
Cor S.A LM M M S.A LM LM M S.A S.A M M S.A S.A LM M
Odor S.A S.A LM LM S.A S.A LM LM S.A S.A LM LM S.A S.A LM LM
Sensação ao tato S.A M M M S.A M M M S.A LM M M S.A M M M
pH 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0 4,0-5,0
Legenda: Ambientes (TA.: Temperatura Ambiente; R: Refrigerador; E: Estufa); Aspecto (S.A: sem alteração; L.P: levemente precipitado; P: precipitado); Cor, Odor e Sensação ao tato: (S.A: sem alteração; LM-levemente modificado; M.

Aspecto e características organolépticas

As emulsões contendo os fitoativos (L1 e L2) recém-preparadas (Tzero) apresentaram aspecto macroscópico viscoso, homogêneo e opaco, levemente acastanhado, com odor amadeirado, levemente untuoso ao tato e pH 4,0-5,0.

Segundo estudos de Catunda e colaboradores[17], a cera Polawax® emulsificante não iônica apresenta comportamento reológico caracterizado como fluido não newtoniano dependente do tempo, classificado como tixotrópico. Tal propriedade estabelece que a emulsão formada apresente viscosidade elevada, quando em repouso, e fluidez crescente, quando submetida a uma tensão de cisalhamento, com o decorrer do tempo.

As amostras acondicionadas em refrigerador, tanto de L1 quanto de L2, não sofreram alterações, independente do recipiente em que foi armazenado, o que demonstra que o sistema emulsionado se comportou de forma estável em baixa temperatura. O aspecto mais visível nas amostras foi a manutenção de viscosidade e a leveza da emulsão ao toque. Para Aulton[7], o armazenamento de um produto em baixas temperaturas (acima do ponto de congelamento) pode aumentar a viscosidade da fase contínua, porém no presente trabalho isso não foi observado. O autor faz menção à manutenção da viscosidade e a energia cinética, ou seja, deve-se considerar também a constância do aspecto e a ausência de cremagem.

Quando acondicionadas em temperatura ambiente, as amostras não sofreram alterações consideráveis, mas leve modificação apresentada pelo endurecimento da superfície.

Souza e Ferreira[18], ao avaliarem a estabilidade de emulsões, observaram também leve modificação apresentada pelo endurecimento da superfície a partir do 15º dia. Os autores mencionaram que isso ocorreu devido à perda dos componentes hidrofílicos por evaporação durante o aquecimento, o que se deu de forma mais intensa na superfície, aumentando, com isso, a concentração dos componentes menos voláteis, geralmente mais consistentes. Entretanto, no presente estudo, não foi verificada reprodutibilidade nas alterações sofridas pelo sistema, sugerindo a necessidade de realização de outra replicata para a confirmação de tal comportamento.

Foram analisadas alterações em L1 nos períodos T30 e T60, nos dois tipos de recipientes, e alterações pontuais em L1 no período T15 em recipiente plástico e em L2 no tempo T60, também em recipiente plástico. As alterações foram caracterizadas pelo leve endurecimento na superfície das amostras.

As amostras acondicionadas na estufa, sob temperatura controlada de 37ºC, apresentaram cremagem (formação de creme na superfície) em quase todos intervalos de tempo. Tal processo ocorre quando gotículas dispersas, sob influência da gravidade, tendem a sobrenadar pela diferença de densidades da fase dispersa e dispersante. Em emulsões do tipo O/A ou A/O ocorrem quando a fase interna apresenta menor densidade do que a externa. Mesmo sendo reversível, podendo se restabelecer por agitação mecânica, um sistema emulsionado sob processo de cremagem pode apresentar alteração na uniformidade da concentração do ativo e, além disso, é esteticamente inaceitável[19,20]. Além da cor da emulsão ter sofrido alteração na superfície pela cremagem, o odor apresentou-se acentuado e a sensação ao tato foi alterada pela percepção oleosa mais aparente.

Sabe-se que a manutenção do pH na forma farmacêutica tem uma importância terapêutica no tratamento tópico[21]. No aspecto farmacotécnico, as emulsões devem conter pH de acordo com as finalidades para as quais foram formuladas, mantendo o pH entre 4,0 e 7,0, uma vez que o pH cutâneo é aproximadamente 4,5 a 5,5[22]. Dessa maneira, notou-se que em todas as análises, o pH do sistema emulsionado não sofreu alterações importantes, mantendo-se entre 4,0 e 5,0.

Compatibilidade com o material de acondicionamento

Por estarem em contato direto com a formulação, os recipientes são determinantes na estabilidade do produto, uma vez que não podem interagir entre si, nem fisicamente ou quimicamente. Caso isso ocorra haveria um comprometimento da qualidade do produto, bem como a concentração ou pureza da formulação acondicionada[20].

O vidro possui muitas qualidades para o acondicionamento de produtos, porque se trata de um material rígido, forte, que não sofre deterioração pela ação do tempo e é considerado quimicamente inerte[22].

Já o plástico pode apresentar permeabilidade ao oxigênio atmosférico e à umidade, lixiviação (quando ocorre transferência de ingredientes do recipiente para o produto armazenado), sorção do ativo para o plástico da embalagem, além de se mostrar mais susceptível às interferências externas[22].

Dessa forma, justifica as alterações ocorridas, como perda de água por evaporação e as gotículas presentes em algumas amostras acondicionadas em estufa, de forma mais acentuada nas amostras acondicionadas por mais tempo (T60)[22].

Integridade da embalagem e da formulação

O recipiente está diretamente relacionado com a estabilidade da formulação. Uma vez que, para Loyd[20], as embalagens devem proporcionar a estabilidade adequada para a realização dos estudos e, assim, fornecer informações sobre as características físicas e químicas do recipiente, das tampas e de outros componentes da embalagem para o produto proposto. Logo, a integridade da embalagem refletiu na estabilidade das formulações, já que não apresentaram alterações aparentes como deformação, amolecimento ou demais fatores que afetassem a sua integridade.

Peso do conteúdo

Segundo Ferreira[13], emulsões são, melhor, embaladas em tubos de plástico ou alumínio, potes de plástico ou vidro, bem vedados para que se evite a evaporação da água do produto. Portanto, a vedação se torna um dos fatores interferentes na diminuição do peso do sistema emulsionado no decorrer do tempo.

Sistemas emulsionados submetidos a ambientes com elevada temperatura tendem a acelerar as reações físico-químicas e químicas alterando a estabilidade da emulsão[13].

Os resultados obtidos no estudo revelam que L1 e L2 sofreram maior perda nas amostras acondicionadas em estufa, variando a perda mínima em tal condição de 9,72% até 15,01%. À vista disso, considera-se o efeito de cremagem sofrido nessas amostras, o que justifica tal resultado.

Então, através dos estudos de Souza e Ferreira[18], pode-se constatar que nos lotes acondicionados na estufa, a leve modificação (endurecimento da superfície) foi resultado da perda dos componentes hidrofílicos por evaporação durante o armazenamento, o que se deu de forma mais intensa na superfície, aumentando a concentração dos componentes menos voláteis, normalmente mais consistentes.

A referida constatação foi reforçada pelo acúmulo de pequenas gotículas condensadas de água na superfície interna das tampas nas amostras da estufa, sugerindo que, "apesar dos cremes apresentarem umectantes em sua formulação, as suas concentrações não foram suficientes para evitar a perda de água por evaporação na temperatura avaliada"[18].

Comprovando a maior estabilidade obtida nas emulsões acondicionadas em refrigerador, os resultados descritos na TABELA 3 demonstram que tais amostras sofreram menor perda de água por evaporação, variando entre 1,67% até 4,55% de perda, sendo a menor ocorrida em L2 e a maior em L1.

Já em temperatura ambiente, a variação de perda de peso oscilou entre 2,01% e 8,43%, sendo a máxima e a mínima resultante no estudo, verificadas em L2.

TABELA 3: Comparação do peso médio T0 e T60 entre L1 e L2, nas diferentes temperaturas submetidas. Percentual de perda de água.
Recipiente Lote 1
T.A Refrigerador Estufa
T0 T60 % T0 T60 % T0 T60 %
Plástico 20,45 19,02  6,99 20,45 19,52  4,55 20,45 17,38  15,01
Vidro 20,26 19,27  4,89 20,26 20,03  1,14 20,26 17,81  12,09
Recipiente Lote 2
T.A Refrigerador Estufa
T0 T60 % T0 T60 % T0 T60 %
Plástico 20,17 19,96  8,43 20,17 19,33  4,16 20,37 18,11  11,09
Vidro 20,37 18,47  2,01 20,37 20,03  1,67 20,37 18,39  9,72
Fonte: autor.

Vedação

Segundo Loyd[20], os recipientes podem ser classificados de acordo com sua capacidade de proteger o conteúdo das condições externas. As alterações verificadas nos sistemas emulsionados acondicionados em recipientes plásticos sugerem que a vedação nessas embalagens pode ter sido um fator limitante no presente trabalho. As embalagens plásticas protegeram a formulação de partículas sólidas estranhas, porém não evitou a permeação de oxigênio e, assim, a perda de água por evaporação. Os sistemas emulsionados acondicionados em recipientes de vidro demonstraram, através de seu resultado, maior estabilidade frente ao recipiente plástico[7].

Análise microbiológica

Com as leituras realizadas após 24 e 48 horas de incubação, em ambos os tempos estabelecidos (T0 e T60), não foi verificado o crescimento de nenhum dos microrganismos pesquisados (TABELA 4), demonstrando assim que o tempo e a umidade não foram fatores capazes de influenciar a proliferação bacteriana e fúngica.

TABELA 4: Resultado geral de crescimento microbiológico avaliado em T0 e T60.
Microrganismos Meios de Cultura Resultados
Plástico Vidro
Mesófilos totais P.C.A. Negativo Negativo
Escherichia coli E.M.B. Negativo Negativo
Salmonella spp. Salmonella-Shigella Negativo Negativo
Pseudomonas aeruginosa MacConkey Negativo Negativo
Staphylococcus aureus Manitol Negativo Negativo
Candida albicans Sabouraud Negativo Negativo
Fonte: autor.

Vale ressaltar que, devido às propriedades antisséptica e antimicrobiana atribuídas ao barbatimão, há a possibilidade deste ter inibido o crescimento de microrganismos durante a análise realizada e, por isso, este resultado: negativo para todas as bactérias e fungos pesquisados[23].

Na análise microbiológica, outra hipótese a ser levantada é a de um resultado falso-negativo ter sido gerado devido à ausência do emprego de um agente que causasse a neutralização da inibição do crescimento microbiano promovida por componentes da formulação, especialmente os conservantes[24].

Isso poderia ter sido alcançado com o uso, por exemplo, do polissorbato 80 a 4,0%, que teve seus efeitos neutralizantes comprovados nos estudos de Vasconcelos et al.[24] , o que permitiria o crescimento de possíveis patógenos e sua posterior contagem.

Porém, em análise microbiológica de óleos bronzeadores realizada por Dias et al.[25], ficou constatado que, embora tais produtos tenham sido semeados diretamente nos meios de cultura, sem nenhum preparo prévio das amostras, houve crescimento bacteriano considerável do gênero Staphylococcus spp.

Entende-se que os procedimentos estabelecidos pelas BPF (Boas Práticas de Fabricação) devem ser rigorosamente realizados por seus responsáveis, de modo a garantir qualidade microbiológica da água, matérias-primas, embalagens, produto final e quanto ao armazenamento. Deve-se atender às exigências da RDC 67/2007[26] quanto à proibição de uso de cosméticos e adornos, bem como comer, beber, fumar e portar objetos pessoais e à obrigatoriedade da higienização de mãos e do uso de paramentação com Equipamentos de Proteção Individual (EPI) nas salas de manipulação. Logo, os resultados demonstraram que as BPF foram cumpridas com excelência.

Estudos comprovam que, apesar da implantação das BPF em estabelecimentos ser considerada uma tarefa difícil, esta é capaz de promover impactos positivos, no que diz respeito à identificação de uma não conformidade, ou as próprias intervenções de correção. Para isso, é necessária uma conscientização, assim como mudanças no comportamento por parte dos colaboradores. Outro aspecto importante é a supervisão do cumprimento das normas estabelecidas, visto que estas garantem qualidade nos serviços e produtos. Os programas de capacitação e treinamento continuado também são preconizados nesses casos[27,28].

Torna-se explícito ainda que os conservantes selecionados para o desenvolvimento da formulação podem ser considerados eficientes, garantindo, dessa forma, que o produto se mantivesse com uma conservação adequada durante o tempo de estudo[12].

A escolha correta do sistema conservante de produtos farmacêuticos é imprescindível para que a estabilidade microbiológica seja mantida, evitando assim que deteriorações causadas por microrganismos alterem as características químicas e físicas do produto[29].

Um sistema ideal deve conter conservantes que apresentem efetividade e estabilidade em diferentes faixas de pH, compatibilidade com os demais componentes, amplo espectro de atividade e rapidez quanto à inativação dos microrganismos[29].

Verifica-se que a classe dos parabenos é a mais utilizada em formulações tópicas, devido ao sinergismo de suas atividades, quando utilizados concomitantemente (metilparabeno e propilparabeno). Isso também possibilita a redução de suas concentrações e, consequentemente, de possíveis efeitos tóxicos[29]. Vale lembrar que eles apresentam maior atividade antimicrobiana contra fungos e bactérias Gram (+) quando comparada às bactérias Gram (-). Este fato pode ser justificado pelo seu próprio mecanismo: ação de transporte através das membranas celulares dos microrganismos[30,31].

A literatura expõe que diversos são os microrganismos causadores de doenças e as várias espécies existentes manifestam diferentes graus de periculosidade. Caso algum desses microrganismos seja encontrado em produtos, podem provocar inúmeros riscos para o usuário, por isso, algumas espécies estão relatadas a seguir.

Embora o gênero Staphylococcus spp. se faça presente na microbiota normal da pele e mucosas do ser humano, este pode ser capaz de provocar o aparecimento de supurações e abcessos cutâneos com possibilidade de evolução para septicemia[32].

A espécie Escherichia coli é componente natural do intestino humano, porém pode causar quadros de septicemia e meningite, além de ser um forte indicativo de contaminação fecal. O gênero Pseudomonas spp. acomete principalmente indivíduos imunodeprimidos, ocasionando desde infecções locais até septicemias graves. O gênero Salmonella spp. tem sua patogenia associada à febre tifoide que leva a sintomas como febre contínua e hemorragia intestinal, podendo culminar em óbito [32].

O fungo Candida albicans é encontrado normalmente na pele, trato gastrintestinal e geniturinário, mas desenvolve infecções cutâneas ou mucocutâneas crônicas quando existem desequilíbrios hormonais e de fatores externos, acarretando lesões eritematosas e pruriginosas, com microabcessos na epiderme[33].

Apesar de comporem a microbiota intestinal, algumas espécies de Clostridium spp. tornam-se patogênicas quando em contato com ferimentos, podendo causar infecções cutâneas e subcutâneas (C. perfringens) e paralisia espática e morte (C. tetani)[32]. Em virtude disso, a pesquisa deste microrganismo é preconizada pela Farmacopeia Brasileira[8], porém caracterizou uma limitação do estudo, não sendo realizada devido à ausência de disponibilidade de laboratório com estrutura para cultura adequada de bactérias anaeróbias.

Conclusão

O estudo de estabilidade do produto dermatológico na forma de emulsão, contendo Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Barbatimão) e Rosa aff. rubiginosa (Rosa mosqueta), foi realizado com sucesso. Pôde-se observar que o sistema emulsionado produzido se manteve estável em todo o período de armazenamento, quando acondicionado em ambiente refrigerado. Dentre os recipientes testados, o vidro ofereceu maior estabilidade à formulação, mantendo-a íntegra em relação ao recipiente plástico. Além disso, a emulsão também se mostrou estável pela manutenção do pH (4,0-5,0) em todas as análises realizadas.

No aspecto microbiológico, não houve crescimento de microrganismos em nenhuma das amostras estudadas, atendendo aos parâmetros de qualidade microbiológica, uma vez que se mostrou livre de contaminantes.

Dessa forma, os resultados obtidos servirão de subsídio para a continuidade do estudo, a fim de promover a estabilidade a longo prazo, dessa emulsão com definição do prazo de validade.

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