Estado da Arte

Bidens pilosa L. (Asteraceae)

Bidens pilosa L. (Asteraceae)

Lucchetti, L.1*;
Teixeira, D. F.1;
Barbi, N. S.2;
Silva, A. J. R.3
1Laboratório de Química de Produtos Naturais, Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos, Fundação Oswaldo Cruz. Rua Sizenando Nabuco 100, 21041-250, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
2Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Avenida Brigadeiro Trompowski, Centro de Ciências da Saúde, Bloco A, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-590, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
3Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Ciências da Saúde, Bloco H, Cidade Universitária, Ilha do Fundão, 21941-590, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
*Correspondência:
lucchetti@far.fiocruz.br

Resumo

O presente trabalho é uma compilação de dados existentes na literatura a respeito da composição química e atividade biológica da espécie Bidens pilosa L. (Asteraceae).

Unitermos:
Bidens pilosa.
Asteraceae.
Química.
Farmacologia.
Revisão.

Abstract

This work brings a compilation of pharmacological and chemical data about Bidens pilosa L. (Asteraceae).

Key Words:
Bidens pilosa, Asteraceae.
Chemistry.
Pharmacology.
Review.

Introdução

Dentre as várias espécies de plantas com reputação de medicinais que se encontram distribuídas de forma ampla pelo território brasileiro, uma das mais comuns é o carrapicho ou picão-preto (Bidens pilosa L.). Esta integrante da família Asteraceae destaca-se não só por ser considerada ruderal e, portanto, de alta adaptabilidade aos ambientes, a ponto de ser considerada invasora severa de lavouras econômicas, como também pelos usos bastante diversos nos quais esta espécie tem reputação de ser ativa. Um dos aspectos que motivaram a elaboração desta revisão é a inclusão recente desta espécie na lista RENISUS (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS), que contém 71 espécies medicinais a serem estudadas de forma mais sistemática para sustentar suas utilizações nos programas nacionais de saúde. A família Asteraceae, que engloba o gênero Bidens, é notória produtora de flavonóides e terpenóides, com distribuição relativamente uniforme pelos gêneros, e acetilenos, cuja distribuição fica mais restrita a determinadas subfamílias e tribos e com diversidade estrutural marcante em função dos esqueletos básicos. Igualmente diversas são as atividades atribuídas às espécies da família e dos gêneros, sendo predominantes as reputações a respeito das ações antibiótica e anti-inflamatória.

Botânica

O gênero Bidens é composto por cerca de 230 espécies de porte herbáceo, a maioria com hábitos ruderais, distribuídos ao longo de toda a zona intertropical do planeta. A espécie em questão é uma erva pequena, anual, pertencente à família das Asteráceas, caracterizada por apresentar uma altura de 0,3 a 1,5 m, ramificada desde a base. Possui talos tetragonais; é glabra e apresenta folhas opostas, pecioladas, bordas serrilhadas e inflorescências em capítulos terminais com flores tubulares e radiadas, frutos escuros quando maduros e formados por aquênios lineares ou fusiformes (LORENZI, 2000).

Etnofarmacologia do Gênero Bidens

O gênero Bidens apresenta espécies com usos etnofarmacológicos muito diversos, com informações provenientes principalmente do continente africano. Dentre estes usos, destacam-se as indicações como emenagogo, afrodisíaco feminino, antifebril, analgésico para o ouvido e vias urinárias, além de ajudar na eliminação de cálculos renais e ser benéfico ao fígado (MORTON, 1981; JAGER et al., 1996; ADJANOHOUN et al., 1996); contra tumores de mama, esplenoesclerose, dores de garganta, problemas de estômago e asma (HARTWELL, 1968; REDL et al., 1993). Cientificamente, foram gerados dados sobre as ações anti-inflamatória dos poliacetilenos de Bidens campylotheca (REDL et al., 1994), antiulcerogênica dos flavonóides de B. aurea (DE LA LASTRA et al., 1994) e fungicida e fungistática (MARCHANT; TOWERS, 1986).

Atividade Biológica de Bidens pilosa

A gama de informações populares para a espécie é impressionante, fundamentada na sua distribuição planetária e seu consumo por populações das mais diversas culturas, costumes e prevalência de doenças. Os relatos populares referenciam principalmente o combate às moléstias infecciosas de origem bacteriana, fúngica, helmíntica e viral, além da reputada ação anti-inflamatória. As folhas são usadas na forma de infusão, decocto ou suco. O extrato aquoso obtido por cozimento é indicado para o combate à leucorréia, diabetes, inflamação da garganta, obstrução hepática e hepatite, cólicas e disenteria e como vermífugo e cicatrizante. O suco das folhas é usado em feridas, machucados, contusões e dermatites, além de ser útil no combate à icterícia e febres em quadros de rubéola e escarlatina. As flores são indicadas contra a diarréia e, como infusão, para o alívio da angina (ALMEIDA, 1993; SIMÕES et al., 1988; WATT; BREYER-BRANDWIJK, 1962; MORTON, 1981; HOFFMANN; HÖLZL, 1988b). O suco cozido das raízes, por sua vez, é usado contra a malária e os brotos mascados contra reumatismos, blenorragias e furunculoses (WATT; BREYER-BRANDWIJK, 1962; AGRA et al., 1994). Sua infusão é empregada por longa data pelos povos indígenas da região Amazônica como diurética, emenagoga, antidisentérica e para o tratamento da icterícia (DUKE; VASQUEZ, 1994; MORS et al., 2000). Na medicina tradicional brasileira sua utilização terapêutica é igualmente diversa, como anti-inflamatória, antirreumática, hepatoprotetora, antibiótica e até antitumoral.

Dentre os extratos da variedade radiata testados para a verificação da genotoxidez contra Aspergillus nidans, o extrato aquoso não apresentou tal efeito (ALVAREZ; DE LA TORRE, 1991). Dois estudos que se referem a acetilenos de uma maneira geral são os de Towers e colaboradores e de Wat e colaboradores, que testaram misturas de acetilenos de folhas, talos, raízes e frutos contra Candida albicans sob radiação ultravioleta e no escuro. Os resultados mostraram ação fototóxica e antibiótica (sem a necessidade de luz). A verificação da atividade abaixo do esperado, ou mesmo sua ausência no caso do estudo dos talos, foi justificada pelo uso de material seco. Outros microrganismos também foram testados à ação da B. pilosa (MARCHANT; TOWERS, 1986 e 1987). Entretanto, o que se observava a respeito do folclore referente aos usos medicinais de B. pilosa não correspondia propriamente às conclusões científicas obtidas por especialistas. Dos estudos realizados até os anos 1980, boa parte deles se refere às ações antibióticas (em geral) e fotossensibilizantes. A partir dos últimos vinte anos, uma gama bem maior de estudos de atividade biológica começou a surgir na literatura. Assim, surgiram as informações referentes às atividades antidiabética, anti-inflamatória, antitumoral e imunomoduladora, dentre outras. Os trabalhos científicos se baseiam, em sua maioria, em testes de extratos, frações de natureza química variada, flavonoídicas, poliacetilênicas ou, mais especificamente, do fenileptatriino. Este é o poliacetileno mais ativo e importante e também o mais conhecido e testado. Vários estudos foram realizados contra helmintos, bactérias Gram-positivas e Gramnegativas, leveduras e fungos e os resultados observados mostraram-se bastante positivos (MACHADO et al., 1988; TOWERS et al., 1977; MARCHANT; TOWERS, 1986 e 1987; GRAHAM et al., 1980; N´DOUNGA et al., 1984; CAMPBELL et al., 1982; WITTSTOCK et al., 1995).

Em Taiwan, Chien e colaboradores investigaram a ação antidiabética de três variedades de B. pilosa provenientes daquele país (CHIEN et al., 2009). Em seu trabalho, os autores investigaram as variedades radiata, pilosa e minor através de seus extratos supercríticos por cromatografia com fase gasosa acoplada à espectrometria de massas e, após a determinação taxonômica, avaliaram os perfis dos extratos metanólicos brutos por cromatografia líquida de alta eficiência. Adicionalmente, avaliaram simultaneamente três poliacetilenos. Os resultados demonstraram boa correlação entre a ação antidiabética e a presença de poliacetilenos presentes. Além dos acetilenos, os flavonóides são o segundo grupo de metabólitos especiais com os quais diversos outros estudos são realizados. Os flavonóides totais, provenientes das folhas, mostraram ação protetora e terapêutica contra os danos provocados por tetracloreto de carbono em fígados de camundongos (YUAN et al., 2008). Os flavonóides centaureína e sua aglicona, centaureidina, assim como a fração de flavonóides totais, mostraram capacidade de estimular a expressão do γ-IFN (interferon-gama) (CHANG et al., 2007). Neste campo, Chiang e colaboradores (2007) verificaram a ação moduladora em linfócitos T pelo poliacetileno glicosilado citopiloino. Esta informação, segundo os autores, reforça a indicação etnofarmacológica de B. pilosa na prevenção ao diabetes.

Costa e colaboradores (2008) avaliaram chás comerciais de B. pilosa com o intuito de verificar efeitos sobre o DNA. A decocção demonstrou causar menos danos ao DNA do que a infusão. Em 2008, foi realizado um trabalho que visava avaliar a atividade antitumoral tradicionalmente considerada. Para isso, os autores prepararam extratos e frações das partes aéreas e realizaram os ensaios para citotoxidez e efeito antiproliferativo. A conclusão foi de que o extrato em clorofórmio mostrou a melhor atividade e o metanólico, a pior (KVIECINSKI et al., 2008). O óleo essencial das flores e folhas apresenta atividade antioxidante, antibacteriana e antifúngica (DEBA et al., 2008). Por esta razão, os autores sugerem seu uso potencial como conservador de alimentos.

Fitoquímica de Bidens pilosa

A prevalência de metabólitos especiais para o gênero é marcante no que se refere a poliacetilenos e flavonóides. Estas duas classes já demonstraram presença em extratos e frações ativos contra malária (OLIVEIRA et al., 2004). Depois destas classes surgem, em menor proporção, os terpenóides e os fenilpropanóides.

Poliacetilenos

A classe dos poliacetilenos se mostra extremamente marcante e de distribuição bastante regular dentro da tribo Heliantheae, da família Asteraceae. Dentre os acetilenos, os mais prevalentes são os que apresentam esqueletos com 13 átomos de carbono - alifáticos ou aromáticos - cuja biossíntese é derivada do ácido crepenínico. Sua localização é mais pronunciada nas raízes. Dentre os acetilenos não hidrocarbonetos, encontram-se os dióis (onde ocorrem glicoconjugações em algumas espécies) e derivados monoe ditiofênicos. O número de ligações triplas varia de uma até três e, em alguns casos, apresenta ligação ou ligações duplas com estereoquímica trans conjugadas ao sistema poliínico (REDL et al., 1994; BAUER et al., 1992; PAGANI; ROMUSSI, 1971; PAGANI et al., 1972; MARCHANT et al., 1984). Em menores proporções, ocorrem acetilenos com 17 átomos de carbono; apesar de cadeias carbônicas mais longas, não apresentam maiores extensões de conjugação (MARCHANT et al., 1984). Os acetilenos isolados de B. pilosa não são exclusivos, podendo ser encontrados também em outras espécies (WAT et al., 1979; CHRISTENSEN; LAM, 1991; BOHLMANN et al., 1962; ALVAREZ et al., 1996). Os acetilenos isolados de B. pilosa estão na Figura 1.

Figura 1: Acetilenos descritos na espécie Bidens pilosa
Figura 1

O acetileno (1) é praticamente ubíquo na tribo Heliantheae e encontra-se em pequenas quantidades nas folhas e nas raízes. Desta forma, torna-se arriscado afirmar se está presente em todas as espécies. As folhas de B. cosmoides também apresentam quantidades-traço desta substância, letal para Candida albicans em presença de luz ultravioleta. É o precursor biogenético dos monotiofenos, identificados em 10 subtribos (CHRISTENSEN et al., 1990; GEISSBERGER; SÉQUIN, 1991; BOHLMANN et al., 1965). De forma semelhante, o acetileno (2) também apresenta ampla distribuição nas raízes dos integrantes da tribo e dele se originam os di e tritiofenos, restritos à subtribo Coreopsidinae e que podem dar contribuição à quimiossistemática (CHRISTENSEN et al., 1990; GEISSBERGER; SÉQUIN, 1991; BOHLMANN et al., 1965 e 1983; JENSEN; SÖRENSEN, 1961).

O fenileptatriino (9), já bastante mencionado, não é encontrado em muitas espécies. É muito estável na cutícula das folhas quando expostas à luz solar, o que sugere a necessidade de um ambiente químico especial para manutenção de sua integridade ou a renovação constante pelas células subjacentes, que garanta proteção à planta durante o dia. Em condições in vitro, tem sua atividade deflagrada sob luz ultravioleta de alto comprimento de onda ou luz fluorescente branca. Sua localização principal é nas folhas e nos talos (GEISSBERGER; SÉQUIN, 1991; JENSEN; SÖRENSEN, 1961). Mais recentemente, Chang e colaboradores isolaram, da variedade B. pilosa L. var. minor (Blume) Sherff, o 7-fenilepta-4,6-diin-2-ol (CHANG et al., 2000).

Os relatos sobre a presença de acetilenos glicosilados em B. pilosa ainda são relativamente raros. A Figura 2 mostra as estruturas dos acetilenos glicosilados encontrados na espécie em estudo. Em 1996, Alvarez e colaboradores descreveram o isolamento dos glucosídeos do tetradeca-2,4,6-triin-8-en-12,14-diol (12 e 13). Além disso, é o único relato de esqueletos com 14 átomos de carbono nesta espécie. Posteriormente, foi isolado e caracterizado um poliacetileno inédito na espécie (14) que demonstrou ação imunossupressora (PEREIRA et al., 1999). Em 2000, foram isolados de B. pilosa Schulz. Bip. var. radiata os glicoconjugados 2-β-D-glucopiranosiloxi-1-hidróxi-5-(E)-tridecen-7,9,11-triino e 3-β-D-glucopiranosiloxi-1-hidróxi-6-(E)-tetradecen-8,10,12-triino (UBILLAS et al., 2000). Mais recentemente, em 2007, Chiang e colaboradores descreveram os acetilenos 15, 16 e 17 e determinaram suas propriedades imunomoduladoras.

Figura 2: Acetilenos glicosilados descritos na espécie Bidens pilosa
Figura 2

Flavonóides

Além dos poliacetilenos, os flavonóides também aparecem relevantes em Bidens pilosa. Dentre eles, o grupo das chalconas e auronas, por serem menos distribuídos dentro das angiospermas, merecem destaque. Dentre as chalconas, o esqueleto básico predominante é o da ocanina (pentaidroxichalcona) e seus derivados glicosilados nas posições 3’ e 4’. Estas porções glicídicas, por sua vez, também podem apresentar substituições nos carbonos 2, 3 e 4 por grupamentos acetila ou p-cumaroila (HOFFMANN; HÖLZL, 1988a, 1988c e 1989; APLIN; SAFE, 1967). Em menor proporção, o isolamento e caracterização de auronas e flavonas também foram descritos, como pode ser comprovado nos trabalhos de Pathak e colaboradores (1991), Alcaraz e Jimenez (1988) e Hu e colaboradores (1994). As chalconas são baseadas no esqueleto da ocanina, um derivado pentaidroxilado. A Figura 3 resume as chalconas encontradas até o momento nas partes de B. pilosa. Cabe ressaltar que existem poucas referências na literatura sobre chalconas metoxiladas no anel B (McCORMICK et al., 1984).

Figura 3: Chalconas descritas para a espécie Bidens pilosa
Figura 3

As auronas glucosiladas também foram encontradas em B. pilosa. É de se notar também a ocorrência de substituições nas porções glucônicas nas auronas 3, 4, 6 e 7, cujas estruturas estão evidenciadas na Figura 4, juntamente com as demais estruturas similares. As flavonas 3,3´-dimetil-7-O-α-L-ramnopiranosil-(1→6)-β-D-glucopiranosídeo e 3,3´dimetil-7-O-β-D-glucopiranosilquercetina foram isoladas por Brandão e colaboradores (1998) e, dois anos depois, Sarker e colaboradores isolaram um flavonoide incomum, a 5-O-metil-hoslundina (SARKER et al., 2000)

Figura 4: Auronas descritas para a espécie Bidens pilosa
Figura 4

Outros componentes

Dentre os demais componentes, são encontrados esteroides e triterpenos, como o β-sitosterol, estigmasterol, β-amirina, esculetina e lupeol. Ainda entre as substâncias lipofílicas, foram também isolados ácidos graxos (linoleico, linolênico), um álcool graxo e uma série de hidrocarbonetos lineares saturados de C28 a C33 (GEISSBERGER; SÉQUIN, 1991). Da via do ácido mevalônico, foram identificados monoterpenos (limoneno, borneol), sesquiterpenos (germacreno D, β-cariofileno, T-muuro lol e α-cadinol), um diterpeno (heptanoato de fitila) e triterpenos (friedelina e friedelan-3β-ol) (GEISSBERGER; SÉQUIN, 1991; ZULUETA et al., 1995). Foram encontrados também fenilpropanóides e derivados do ácido cafeico (OGAWA; SASHIDA, 1992). As folhas e flores frescas foram analisadas em seu conteúdo de óleo essencial. Os resultados obtidos por Deba e colaboradores (2008) demonstram a presença majoritária de β-cariofileno e t-cadineno, além de outros 42 componentes - mono e sesquiterpenos, em sua maioria.

Referências

ADJANOHOUN, J.E.; ABOUBAKAR, N.; DRAMANE, K.; EBOT, M.E.; EKPERE, J.A.; ENOW-OROCK, E.G.; FOCHO, D.; GBILE, Z.O.; KAMANYI, A.; KAMSU-KOM, J.; KEITA, A.; MBENKUM, T.; MBI, C.N.; MBIELE, A.L.; MBOME, L.L.; MUBIRU, N.K.; NANCY, W.L.; NKONGMENECK, B.; SATABIE, B.; SOFOWORA, A.; TAMZE, V.; WIRMUM, C.K. (1996). Traditional Medicine and Pharmacopoeia: Contribution to Ethnobotanical and Floristic Studies in Cameroon. Organisation of African Unity Scientific, Technical and Research Commission. Centre National de Production de Manuels Scolaires, Porto-Novo, pp. 77.

AGRA, M.F.; ROCHA, E.A.; FORMIGA, S.C.; LOCATELLI, E. Revista Brasileira de Farmácia, v.75, n.3, p.61-63, 1994.

ALCARAZ, M.J.; JIMENEZ, M.J. Flavonoids as anti-inflammatory agents. Fitoterapia, v.59, n.1, p.25-38, 1988.

ALVAREZ, L.; MARQUINA, S.; VILLAREAL, M.L.; ALONSO, D.; ARANDA, E.; DELGADO, G. Bioactive polyacetylenes from Bidens pilosa. Planta Medica, v.62, n.4, 355-357, 1996.

ALVAREZ, S.; DE LA TORRE, R.A. Actividad genotoxica de Bidens pilosa L. var. radiata Sch. (Romerillo Blanco) en dos sistemas de ensayo de Aspergillus nidulans. Revista de Salud Animal, v.13, p.154, 1991.

APLIN, R.T.; SAFE, S. Electron impact-induced rearrangements of natural polyacetylenes. Chemical Communications, v.3, p.140-142, 1967.

BAUER, R.; REDL, K.; DAVIS, B. Four polyacetylene glucosides from Bidens campylotheca. Phytochemistry, v.31, n.6, p.2035-2037, 1992.

BOHLMANN, F.; ARNDT, C.; KLEINE, K.M.; WOTSCHOKOWSKY, M. Polyacetylenverbindungen, LXXV: Neue Inhaltsstoffe aus Bidens-Arten. Chemische Berichte, v.98, n.4, p.1228-1232, 1965.

BOHLMANN, F.; ARNDT, C.; BORNOWSKI, H.; KLEINE, K.M. Polyacetylenverbindungen, XXXVII. Über die Polyine der Gattung Bidens L. Chemische Berichte, v.95, n.6, p.1315-1319, 1962.

BOHLMANN, F.; AHMED, M.; KING, R.M.; ROBINSON, H. Acetylenic compounds from Bidens graveolens. Phytochemistry, v.22, n.5, p.1281-1283, 1983.

BRANDÃO, M.G.L.; NERY, C.G.C.; MAMÃO, M.A.S.; KRETTLI, A.U. Two methoxylated flavone glycosides from Bidens pilosa. Phytochemistry, v.48, n.2, p.397-399, 1998.

CAMPBELL, G.; LAMBERT, J.D.H.; ARNASON, T.A.; TOWERS, G.H.N. Allelopathic properties of α-terthienyl and phenylheptatriyne, naturally occurring compounds of Asteraceae. Journal of Chemical Ecology, v.8, p.961-972, 1982.

CHANG, M.H.; WANG, G.J.; KUO, Y.H.; LEE, C.K. Cytopiloyne, a novel polyacetylenic glucoside from Bidens pilosa, functions as a T helper cell modulator. Journal of the Chinese Chemical Society, v.47, n.3, p.1131-1136, 2000.

CHANG, S.L.; CHIANG, Y.M.; CHANG, C.L.T.; YEH, H.H.; SHYUR, L.F.; KUO, Y.H.; WU, T.K.; YANG, W.C. Flavonoids, centaurein and centaureidin, from Bidens pilosa, stimulate IFN-γ expression. Journal of Ethnopharmacology, v.112, n.2, p.232-236, 2007.

CHIANG, Y.M.; CHANG, C.L.T.; CHANG, S.L.; YANG, W.C.; SHYUR, L.F. Cytopiloyne, a novel polyacetylenic glucoside from Bidens pilosa, functions as a T helper cell modulator. Journal of Ethnopharmacology, v.110, n.3, p.532-538, 2007.

CHIEN, S.C.; YOUNG, P.H.; HSU, Y.J.; CHEN, C.H.; TIEN, Y.J.; SHIU, S.Y.; LI, T.H.; YANG, C.W.; MARIMUTHU, P.; TSAI, L.F.L.; YANG, W.C. Anti-diabetic properties of three common Bidens pilosa variants in Taiwan. Phytochemistry, v.70, n.10, p.1246-1254, 2009.

COSTA, R.J.; DINIZ, A.; MANTOVANI, M.S.; JORDÃO, B.Q. In vitro study of mutagenic potential of Bidens pilosa Linné and Mikania glomerata Sprengel using the comet and micronucleus assays. Journal of Ethnopharmacology, v.118, n.1, p.86-93, 2008.

DEBA, F.; XUAN, T.D.; YASUDA, M.; TAWATA, S. Chemical composition and antioxidant, antibacterial and antifungal activities of the essential oils from Bidens pilosa Linn. var. Radiata. Food Control, v.19, n.4, p.346-352, 2008.

CHRISTENSEN, L.P.; LAM, J. Acetylenes and related compounds in heliantheae. Phytochemistry, v.30, n.1, p.11-49, 1991.

CHRISTENSEN, L.P.; LAM, J.; THOMASEN, T. A chalcone and other constituents of bidens tripartitus. Phytochemistry, v.29, n.10, p.3155-3156, 1990.

DE ALMEIDA, E.R. Plantas Medicinais Brasileiras - Conhecimentos Populares e Científicos. Hemus Editora Limitada, São Paulo, 1993.

DE LA LASTRA, C.A.; MARTÍN, M.J.; LA CASA, C.; MOTILVA, V. Antiulcerogenicity of the flavonoid fraction from Bidens aurea: Comparison with ranitidine and omeprazole. Journal of Ethnopharmacology, v.42, n.3, p.161-168, 1994.

DUKE, J.A.; VASQUEZ, R. Amazonian Ethonobotanical Dictionary. CRC Press Inc., Boca Raton, Fl., 1994.

GEISSBERGER, P.; SÉQUIN, U. Constituents of Bidens pilosa L.: do the components found so far explain the use of this plant in traditional medicine? Acta Tropica, v.48, p.251-261, 1991.

GONZÁLEZ, A.; FERREIRA, F.; VÁZQUEZ, A.; MOYNA, P.; PAZ, E.A. Biological screening of Uruguayan medicinal plants. J. Ethnopharmacology, n.39, n.3, p.217-220, 1993.

GRAHAM, K.; GRAHAM, E.A.; TOWERS, G.H.N. Cercaricidal activity of phenylheptatriyne and α-terthienyl, naturally occurring compounds in species of Asteraceae (Compositae). Canadian Journal of Zoology, v.58, n.11, p.1955-1958, 1980.

HART, C.R. The systematics of the Bidens ferulaefolia complex (Compositae). Systematic Botany, v.4, p.130-147, 1979.

HATTORI, S.; SHIMOKORIYAMA, M.; OKA, K. Localisation des pigments flavoniques dans Cosmos sulphureus. Bulletin de la Societe de Chimie Biologique, v.38, n.2-3, p.557-562, 1956.

HARTWELL, J.L. Plants used against cancer. A survey. Lloydia, v.31, p.71-170, 1968.

HOFFMANN, B.; HÖLZL, J. A methylated chalcone glucoside from Bidens pilosa. Phytochemistry, v.27, n.11, p.3700-3701, 1988a.

HOFFMANN, B.; HÖLZL, J. New chalcone from Bidens pilosa. Planta Medica, v.54, n.1, p.52-54, 1988b.

HOFFMANN, B.; HÖLZL, J. Further Acylated Chalcones from Bidens pilosa. Planta Medica, v.54, n.5, p.450, 1988c.

HOFFMANN, B.; HÖLZL, J. Chalcone glucosides from Bidens pilosa. Phytochemistry, v.28, n.1, p.247-249, 1989.

HU, C.Q.; CHEN, K.; SHI, Q.; KILKUSKIL, R.E.; CHENG, Y.C.; LEE, K.H. A methylated chalcone glucoside from Bidens pilosa. Journal of Natural Products, v.57, n.1, p.42-51, 1994.

JAGER, A.K.; HUTCHINGS, A.; VAN STADEN, J. Screening of Zulu medicinal plants for prostaglandin-synthesis inhibitors Journal of Ethnopharmacology, v.52, n.2, p.95-100, 1996.

KVIECINSKI, M.R.; FELIPE, K.B.; SCHOENFELDER, T.; WIESE, L.P.L.; ROSSI, M.H.; GONÇALEZ, E.; FELICIO, J.D.; WILHELM FILHO, D.; PEDROSA, R.C. Study of the antitumor potential of Bidens pilosa (Asteraceae) used in Brazilian folk medicine. Journal of Ethnopharmacology, v.117, n.1, p.69-75, 2008.

MACHADO, J.O.; DOS SANTOS, E., LEFÉVRE, A.F.V. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (São Paulo), v.10, p.55, 1988.

JENSEN, S.L.; SÖRENSEN, N.A. Studies related to naturally occurring acetylene compounds. XXIX. Preliminary investigations in the genus Bidens. I. Bidens radiata and Bidens ferulaefolia. Acta Chemica Scandinavica, v.15, p.1885-1891, 1961.

LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil - Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. 3ª edição, Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2000.

MARCHANT, Y.Y.; GANDERS, F.R.; WAT, C.K.; TOWERS, G.H.N. Polyacetylenes in Hawaiian Bidens. Biochemical Systematics and Ecology, v.12, n.2, p.167-178, 1984.

MARCHANT, Y.Y.; TOWERS, G.H.N. Photoxicity of polyacetylenes to Cryptococcus laurentii. Biochemical Systematics and Ecology, v.14, n.6, p.565-568, 1986.

MARCHANT, Y.Y.; TOWERS, G.H.N. Phylloplane fungi of Hawaiian plants and their photosensitivity to polyacetylenes from Bidens species. Biochemical Systematics and Ecology, v.15, n.1, p.9-14, 1987.

MCCORMICK, S.P.; BOHM, B.A.; GANDERS, F.R. Methylated Chalcones from Bidens torta. Phytochemistry, v.23, n.10, p.2400-2401, 1984.

MORS, W.B.; RIZZINI, C.T.; PEREIRA, N.A. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, MI, 2000.

MORTON, J.F. Atlas of Medicinal Plants of Middle America - Bahamas to Yucatan. Charles C. Thomas, Springfield, IL, USA, 1981.

N´DOUNGA, M.; BALANSARD, G.; BABADJAMIAN, A.; DAVID, P.T.; GASQUET, M.; BOUDON, G. 1-Phenyl-1,3,5heptatriene from Bidens pilosa. Identification and antiparasitic activity. [Contribution a l’etude de Bidens pilosa L. identification et activite antiparasitaire de la phenyl-1 heptatriyne-1,3,5]. Plantes Médicinale et Phytothérapie, v.17, n.2, p.64-75, 1983.

OGAWA, K.; SASHIDA, Y. Caffeoyl derivatives of a sugar lactone and its hydroxy acid from the leaves of Bidens pilosa. Phytochemistry, v.31, n.10, p.3657-3658, 1992.

OLIVEIRA, F.Q.; ANDRADE-NETO, V.; KRETTLI, A.U.; BRANDÃO, M.G.L. New evidences of antimalarial activity of Bidens pilosa root extracts correlated with polyacetylene and flavonoids. Journal Of Ethnopharmacology, v.93, p.39-42, 2004.

PAGANI, F.; ROMUSSI, G. A new polyinic -glucoside from Bidens frondosa flowers. Phytochemistry, v.10, n.9, p.2233, 1971.

PAGANI, F.; ROMUSSI, G. ; BOHLMANN, F. Notiz über die Struktur des Polyin-glucosids aus Bidens frondosa L. Chemische Berichte, v.105, n.9, p.3126-3127, 1972.

PATHAK, D.; PATHAK, K.; SINGLA, A.K. Flavonoids as medicinal agents - recent advances. Fitoterapia, v.62, n.5, p.371-389, 1991.

PEREIRA, R.L.C.; IBRAHIM, T.; LUCCHETTI, L.; SILVA, A.J.R.; MORAES, V.L.G. Immunosuppressive and anti-inflammatory effects of methanolic extract and the polyacetylene isolated from Bidens pilosa L. Immunopharmacology, v.43, n.1, p.31-37, 1999.

REDL, K.; BREU, W.; DAVIS, B.; BAUER, R. Anti-inflammatory active polyacetylene from Bidens campylotheca. Planta Medica, v.60, n.1, p.58-62, 1994.

REDL, K.; DAVIS, B.; BAUER, R. Chalcone glycosides from Bidens campylotheca. Phytochemistry, v.32, n.1, p.218-220, 1993.

ROMUSSI, G.; PAGANI, F. Constituents of Bidens frondosa L. Bollettino Chimico Farmaceutico, v.109, n.8, p.467-475, 1970.

SARKER, S.D.; BARTHOLOMEW, B.; NASH, R.J.; ROBINSON, N. 5-O-methylhoslundin: An unusual flavonoid from Bidens pilosa (Asteraceae). Biochemical Systematics and Ecology, v.28, n.6, p.591-593, 2000.

SASHIDA, Y.; OGAWA, K.; KITADA, M.; KARIKOME, H.; MIMAKI, Y.; SHIMOMURA, H. New aurone glucoside and new phenylpropanoid glucosides from Bidens pilosa. Chemical and Pharmaceutical Bulletin, v.39, n.3, p.709-711, 1991.

SHIMOKORIYAMA, M..; GEISSMAN, T.A. Anthochlor pigments. XIV. Pigments of Viguiera multiflora and Baeria chrysostoma. Journal of Organic Chemistry, v.25, p.1956-1959, 1960.

SIMÕES, C.M.O., MENTZ, L.A., SCHENKER, E.P., IRGANG, B.E., STEHMANN, J.R. Plantas da Medicina Popular no Rio Grande do Sul, 2ª impressão, Editora da UFRGS, 1988.

TOWERS, G.H.N.; WAT. C.K.; GRAHAM, E.A.; BANDONI, R.J.; CHAN, G.F.Q.; MITCHELL, J.C.; LAM, J. Ultraviolet-mediated antibiotic activity of species of Compositae caused by polyacetilenic compounds. Lloydia, v.40, p.487-498, 1977.

UBILLAS, R.P.; MENDEZ, C.D.; JOLAD, S.D.; LUO, J.; KING, S.R.; CARLSON, T.J.; FORT, D.M. Antihyperglycemic acetylenic glucosides from Bidens pilosa. Planta Medica, v.66, n.1, p.82-83, 2000.

WANG, J.; YANG, H.; LIN, Z.W.; SUN, H.D. Flavonoids from Bidens pilosa var. radiata. Phytochemistry, v.46, n.7, p.1275-1278, 1997.

WAT, C.K.; BISWAS, R.K.; GRAHAM, E.A.; BOHN, L.; TOWERS, G.H.N.; WAYGOOD, E.R. Ultraviolet-Mediated Cytotoxic Actiyity of Phenylheptatriyne from Bidens pilosa L. Journal of Natural Products, v.42, n.1, p.103, 1979.

WATT, J.M.; BREYER-BRANDWIJK, M.G. The Medicinal and Poisonous Plants of Southern and Eastern Africa. 2nd Edition, E&S Livingstone LTD, Edinburgh and London, 1962.

WITTSTOCK, U.; HADACEK, F.; WURZ, G.; TEUSCHER, E.; Polyacetylenes from water hemlock, Cicuta virosa. GREGER, H. Planta Medica, v.61, n.5, p.439-445, 1995.

YUAN, L.P.; CHEN, F.H.; LING, L.; DOU, P.F.; BO, H.; ZHONG, M.M.; XIA, L.J. Protective effects of total flavonoids of Bidens pilosa L. (TFB) on animal liver injury and liver fibrosis. Journal of Ethnopharmacology, v.116, n.3, p.539-546, 2008.

ZULUETA, M.C.A.; TADA, M.; RAGASA, C.Y. A diterpene from Bidens pilosa Phytochemistry, v.38, n.6, p.1449-1450, 1995.