A etnobotânica como influenciadora da prospecção farmacológica

Camila Mabel Sganzerla
Ana Júlia Predebon
Jaqueline Janaine Veloso
Walter Antônio Roman Junior
OrcID

    Camila Mabel Sganzerla

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.

    Possui Graduação em Fisioterapia pela Faculdade Assis Gurgacz - FAG (2011). Possui Pós-Graduação latu sensu em: Fisioterapia Hospitalar (residencia) pela Univesridade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2012). Aprimoramento em Reabilitação Física pela Faculdade Assis Gurgacz - FAG (2012). Fisioterapia do Trabalho e Ergonomia pela AVM - Faculdades Integradas (2015). Docência do Ensino Superior pela Faculdade Assis Gurgacz - FAG (2015). Saúde Pública com ênfase em saúde da família pela Uninter (2017), e Dor e Inflamação AVM - Faculdades Integradas (2019). Cursando Pós-Graduação Strictu Sensu (mestrado) em: Ciências da Saúde pela UNOCHAPECÓ, na linha de pesquisa Saúde e Ambiente. 

    Ana Júlia Predebon

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.

    Acadêmica do 7º semestre de farmácia pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Participante do grupo de pesquisa Fitoquímica e Farmacologia de produtos naturais.

    Jaqueline Janaine Veloso

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.

    Graduanda de Farmácia na Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Atualmente é bolsista de pesquisa de iniciação científica da Universidade Comunitária da Região de Chapecó. Cursa Inglês na Escola KNN Idiomas de Chapecó - SC, de 2017 até o momento. 

    Walter Antônio Roman Junior

    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.

    OrcID https://orcid.org/0000-0001-8363-8795

    Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp (2003). Doutorado (2013) e Pós-Doutorado (2016) em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná, com estágio na Universidad de Salamanca (Espanha). Professor e pesquisador em nível de mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), onde coordena o Grupo de Pesquisa em Fitoquímica e Farmacologia de Produtos Naturais. As atividades docente estão concentradas nas áreas de Farmacognosia, Saúde e Ambiente, Pesquisa em Saúde e Redação Científica. A principal linha de pesquisa desenvolvida envolve a Bioprospecção, Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica de Extratos e Compostos Isolados da Flora Catarinense. Dentre as pesquisas de farmacologia experimental, se destacam os estudos avaliando o envolvimento de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo nas atividades gastroprotetoras e neurocomportamentais. E-mail: romanwa@unochapeco.edu.br. ORCID: orcid.org/0000-0001-8363-8795. Publons: https://publons.com/author/1091788.


Palavras-chave

Conhecimento popular
Geracional
Inovação farmacológica

Resumo

A utilização de plantas com fins medicinais, para o tratamento, a cura e a prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas terapêuticas da humanidade[1].  Como consequência, nas últimas décadas tem se observado um aumento significativo de pesquisas sobre as relações das comunidades com os recursos biológicos. Estes estudos têm contribuído para a recuperação de saberes, práticas e, também, servido para avançar no autoconhecimento sociocultural dessas populações. Abordagens científicas nessa direção, têm buscado compreender, dentre outros aspectos, como são utilizadas as plantas medicinais por comunidades que incluem, nessa vertente, as pesquisas etnobotânicas[2,3].

A etnobotânica tem sido definida como um estudo capaz de compreender as interrelações entre o homem e as plantas e, o modo como as plantas são utilizadas para os mais diversos recursos[1]. Permite um melhor entendimento das formas pelas quais as pessoas pensam, classificam, controlam, manipulam e utilizam espécies de plantas nas comunidades [4,5]. Trata de mostrar que existem práticas alternativas capazes de se tornar parte de um processo renovado e complementar para promover saúde. Meios, por vezes, não lucrativos e menos onerosos de cuidar do ser humano em sua totalidade[6]. Assim, a manutenção desse conhecimento por meio de gerações sucessivas, pode ser utilizada como uma ferramenta importante para os futuros estudos fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos bem como, para a conservação histórica e cultural[5]. No entanto, apesar da variedade de biomas que refletem a enorme flora brasileira, aliada uma miscigenação de etnias e enorme diversidade cultural, um número reduzido de comunidades tem desenvolvido pesquisas etnobotânicas, e são escassos os estudos que realizaram investigações acerca das práticas populares de cura. Nessa perspectiva, este trabalho objetivou realizar um levantamento etnobotânico de plantas medicinais no município de Guatambu (SC), com foco na relevância para as futuras pesquisas de bioprospecção nesta região de imigrantes inserida na Mata Atlântida.

Referências

  1. Veiga V, Pinto A, Maciel M. Plantas medicinais: cura segura? Quim Nova. 2015; 28(3): 519-8. ISSN 1678-7064. [CrossRef].
  2. Rocha JA, Boscolo OH, Fernandes LRM. Etnobotânica: um instrumento para valorização e identificação de potenciais de proteção do conhecimento tradicional. Interações (Campo Grande). 2015; 16(1): 67-4. ISSN 1984-042X. [CrossRef].
  3. Kayser O. Ethnobotany and Medicinal Plant Biotechnology: From Tradition to Modern Aspects of Drug Development. Pl Med. 2018; 84(12-13): 834-8. ISSN 0032-0943. [CrossRef].
  4. Albuquerque UP, Hanazaki N. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de novos fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e perspectivas. Rev Bras Farmacogn. 2006; 16: 678-689. ISSN 1981-528X. [CrossRef].
  5. Albuquerque UP, Silva JS, Campos JLA, Souza RSS, Silva TCS, Alves RRN. The current status of ethnobiological research in Latin America: Gaps and perspectives. J Ethnobiol Ethnomed. 2013; 9(72). [CrossRef].
  6. Telesi Júnior E. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS. Estud Av. 2016; 30(86): 99-112. ISSN 1806-9592. [CrossRef].

Autor(es)

  • Camila Mabel Sganzerla
    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.
  • Ana Júlia Predebon
    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.
  • Jaqueline Janaine Veloso
    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.
  • Walter Antônio Roman Junior
    Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), Faculdade de Ciências da Saúde. Servidão Anjo da Guarda, 295-D - Efapi, CEP 89809-900, Chapecó, SC, Brasil.
    https://orcid.org/0000-0001-8363-8795

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Como Citar

1.
A etnobotânica como influenciadora da prospecção farmacológica. Rev Fitos [Internet]. 31º de janeiro de 2022 [citado 12º de novembro de 2024];15(Supl 1):93-7. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1187

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