Instituto Nacional da Propriedade Industrial-INPI, Rua Tabapuã, 41, 4° andar, Itaim Bibi, CEP 04533-010, São Paulo, SP, Brasil;Universidade de São Paulo (USP), doutoranda do Departamento de Engenharia Química da Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, nº 380, Bloco 20, Sala 20, Butantã, CEP 05508-010, São Paulo, SP, Brasil.
Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (1996), mestrado em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (2000) e especialização em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Atualmente é pesquisadora em propriedade industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e mentora do Programa INPI Negócios do INPI. Tem experiência na área de engenharia química, com ênfase em processos bioquímicos, administração de microempresas, e, em propriedade industrial, incluindo mapeamento e prospecção tecnológica; e doutoranda em engenharia química, com foco em engenharia bioquímica, na Universidade de São Paulo.
Celso Luiz Salgueiro Lage
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (DIPGP) da Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento. Rua Mayrink Veiga, 9, 17° andar, Sala 10, Centro, CEP 20090-910, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Pós-doutorado no Departamento de Política Científica e Tecnológica do IG da UNICAMP. Atualmente é Especialista Senior em Propriedade Industrial em Biotecnologia do INPI. Tem experiência na área de Biotecnologia Vegetal, com ênfase em Cultura de Tecidos, e Propriedade Intelectual em Biotecnologia.
Alexandre Guimarães Vasconcellos
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (DIPGP) da Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento. Rua Mayrink Veiga, 9, 17° andar, Sala 10, Centro, CEP 20090-910, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), MBA em Gestão de Políticas Públicas (Inovação e Propriedade Intelectual) pelo Instituto de Economia da UFRJ (2006), Mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), Doutorado em Biotecnologia Vegetal pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e Pós-doutorado Sênior sobre Gestão da Inovação em Doenças Negligenciadas no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Saúde da FIOCRUZ (2011) e na Global Challenges Division da World Intellectual Property Organization, Genebra-Suíça (2016). É Pesquisador em Propriedade Industrial do INPI desde 1998, tendo sido promovido à Classe Especial em 2009. Atua na Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (DIPGP), sendo Professor Permanente da Academia de Propriedade Intelectual e Inovação do INPI desde sua criação em 2006. Partilha a liderança do Grupo de Pesquisa de Propriedade Intelectual em Biotecnologia e Saúde (PIBIOS) na instituição. É Orientador Externo e Professor Colaborador do Programa de Pós-graduação de Biotecnologia Marinha do IEAPM desde 2016. Tem experiência e está envolvido com atividades de ensino, orientação de alunos de mestrado e doutorado e pesquisas nas áreas de Propriedade Intelectual nos setores de Biotecnologia e Fármacos, Inovação Tecnológica, Informação Tecnológica e na de Conhecimentos Tradicionais e Direitos Associados, já tendo proferido mais de 100 apresentações no Brasil e no exterior sobre estes assuntos.
O Brasil é um dos poucos países que possui simultaneamente grandiosa biodiversidade, produção de conhecimento sobre ela e mercado para os bioprodutos. Compreender como o Brasil têm utilizado este enorme potencial para o desenvolvimento de invenções a partir da biodiversidade se mostra estratégico. Nesse sentido, este artigo estudou os documentos patentários sobre fitoterápicos depositados no Brasil entre 1995 e 2021, tanto os de origem estrangeira quanto os que tiveram início no Brasil. Para tanto, utilizou-se a base do INPI e da Latipat-Espacenet. Foram recuperados 2721 documentos sendo: 1191 arquivados; 348 indeferidos; 351 deferidos, e tendo um tempo médio de decisão de 8,7 anos; destes 1405 foram iniciados no Brasil sendo: 661 arquivados; 191 indeferidos; 154 deferidos, e tendo um tempo médio de decisão de 8,3 anos. Ao contrário do que imaginado, o maior obstáculo não é legal, mas a falta de conhecimento do sistema de patentes, ou, a falta de interesse em dar continuidade ao processo de patenteamento. Podendo concluir que o sistema de inovação de fitoterápicos no Brasil está amadurecendo.
Medeiros FLF, Albuquerque L. A quem pertence a biodiversidade? Um olhar acerca do marco regulatório brasileiro. Veredas Direito. 2015; 12(23): 195-216. [https://doi.org/10.18623/rvd.v12i23.533].
França E. Utilização de instrumentos de propriedade industrial para fitoprodutos: um caminho para a proteção de direitos e para a valorização de conhecimentos locais associados à biodiversidade. Dissertação de Mestrado [Programa de Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Inovação] - Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, 124 p., 2014. Disponível em: [https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/academia/arquivo/arquivos-biblioteca/FRANAEveraldode2014.pdf]. [acesso em: 10 dez. 2022].
Brasil. Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13123.htm. [acesso em: 10 dez. 2022].
Brasil. Medida Provisória n° 2.186-16, de 23 de agosto de 2001. Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras providências. 2001. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2186-16.htm]. [acesso em: 10 dez. 2022].
Brasil. Medida Provisória nº 2052 de 29 de junho de 2000. Dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e a transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá outras providências. 2000. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/antigas/2052.htm]. [acesso em: 10 dez.2022].
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Costaldello AC, Kässmayer K. A tutela do patrimônio cultural brasileiro sob a perspectiva da proteção do conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético: os desafios do novo marco normativo brasileiro estabelecidos pela lei 13.123, 20 de maio de 2015. Rev Inter Consinter Direito, ano I, número I, p. 47-64. [http://dx.doi.org/10.19135/revista.consinter.00001.03].
Hasenclever L, Paranhos J, Costa CR, Cunha G, Vieira D. A indústria de fitoterápicos brasileira: desafios e oportunidades. Ciênc Saúde Colet. 2017; 22(8): 2559-2569. [http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017228.29422016].
Brasil. Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996. Regulamenta direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. 1996. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm]. [acesso em: 10 dez. 2022].
Vasconcellos AG, Branquinho FB, Sanchez C, Lage CLS. Fitofármaco, Fitoterápico, Plantas Medicinais: o reducionismo e a complexidade na produção do conhecimento científico. Rev Bras Farmacol. 2002; 12(Supl. 1): 103-105. [https://doi.org/10.1590/S0102-695X2002000300049].
Maria Elisa Marciano Martinez
Instituto Nacional da Propriedade Industrial-INPI, Rua Tabapuã, 41, 4° andar, Itaim Bibi, CEP 04533-010, São Paulo, SP, Brasil;Universidade de São Paulo (USP), doutoranda do Departamento de Engenharia Química da Avenida Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, nº 380, Bloco 20, Sala 20, Butantã, CEP 05508-010, São Paulo, SP, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-8010-869X
Celso Luiz Salgueiro Lage
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (DIPGP) da Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento. Rua Mayrink Veiga, 9, 17° andar, Sala 10, Centro, CEP 20090-910, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-3284-9469
Alexandre Guimarães Vasconcellos
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Divisão de Pós-Graduação e Pesquisa (DIPGP) da Academia de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento. Rua Mayrink Veiga, 9, 17° andar, Sala 10, Centro, CEP 20090-910, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
https://orcid.org/0000-0003-4791-6932