Resumo
Atualmente, há falta de medicamentos efetivos, seguros e viáveis do ponto de vista da produção industrial, voltada para as doenças infectoparasitárias, responsáveis por uma alta mortalidade entre a população mais pobre. A indústria farmacêutica argumenta que a pesquisa e o desenvolvimento de novas drogas são muito caros, e o baixo retorno financeiro muitas vezes não compensa os riscos dos investimentos. A busca de novas drogas para estas doenças infecto-parasitárias, “não lucrativas”, denominadas Doenças Negligenciadas, exige novas estratégias para os investimentos em P&D, que passam pelo estabelecimento de novos paradigmas para as políticas públicas, num esforço em integrar ao mercado as importantes questões sociais; ao mesmo tempo em que requerem a busca incessante de alternativas viáveis aos tratamentos dessas enfermidades. Neste contexto, deve ser levada em conta, tanto a exploração de novas moléculas e alvos terapêuticos para a pesquisa de novos medicamentos como o uso das plantas medicinais e de fitoterápicos. Estes últimos podem tornar-se uma alternativa terapêutica viável, tornando a abordagem da fitoterapia uma ferramenta auxiliar para a melhora na qualidade de vida destas populações.