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Etnobotânica aplicada à seleção de espécies nativas amazônicas como subsídio à regionalização da fitoterapia no SUS: município de Oriximiná – PA, Brasil
Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Pedro Carlos de Oliveira, Cidade Nova, CEP 68270-000, Oriximiná, PA, Brasil
Graduanda em Ciências Biológicas da Conservação. Trabalha com plantas medicinais e seus usos.
Paulo Henrique de Oliveira Léda
Fundação Oswaldo Cruz- Fiocruz, Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos,. Av3nida Comandante Guaranys, 447, Jacarepaguá, CEP 21041-250, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Graduado em Farmácia pela Universidade Federal Fluminense - UFF (1995) e mestre em Ciências Biológicas (Farmacologia e Terap. Experimental) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1999). Integrou a equipe do Programa de Fitoterapia da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro de 1996 a 2006. Atualmente é Tecnologista em Saúde Publica na Fundação Oswaldo Cruz - Farmanguinhos/Fiocruz. Membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT). Doutor em Biodiversidade e Conservação pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte.
Danilo Ribeiro de Oliveira
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Centro de Ciências da Saúde. CCS, Faculdade de Farmácia, Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, Bl. A2, Sala 01, Cidade Universitária – Fundão, Ilha do Governador, CEP 21941-590, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Possui graduação em Farmácia Industrial pela Universidade Federal Fluminense (UFF - 2002), especialista em Homeopatia pelo Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB - 2004), mestrado e doutorado em Química de Produtos Naturais pelo Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - 2004 e 2009). Tem experiência na área de Química de Produtos Naturais, atuando em pesquisa e extensão principalmente nos seguintes temas: farmacognosia, homeopatia, fitoquímica, óleos essenciais, comunidades tradicionais, etnobotânica, etnofarmacologia, bioprospecção, atividades biológicas, legislação ambiental, educação ambiental, Arranjos Produtivos Locais (APLs) e Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). Atualmente é Professor Adjunto no Departamento de Produtos Naturais e Alimentos (DPNA) da Faculdade de Farmácia (FF) da UFRJ e Professor Permanente dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF/FF/UFRJ), Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Farmacêutica (CTECFAR/FF/UFRJ) e do Mestrado Profissional em Educação, Gestão e Difusão em Biociências (IBqM/UFRJ). Atua ainda como Coordenador da Sub-câmara de Biodiversidade (SBio), vinculada à Câmara Técnica de Ética em Pesquisa (CTEP), da Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ (PR2), e como Coordenador de Biodiversidade da UFRJ.
Marlia Regina Coelho-Ferreira
Museu Paraense Emílio Goeldi, Av. Perimetral, 1901, Terra Firme, CEP 66077-830, Belém, PA, Brasil.
Graduada em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Ouro Preto (1986), mestrado em Biologie Végétale Tropicale - Universite de Paris VI (Pierre et Marie Curie) (1992) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2000). Atualmente é pesquisadora Titular III do Museu Paraense Emílio Goeldi. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Etnobotânica, Etnofarmacologia e Botânica Econômica, atuando principalmente em estudos que abordam saberes tradicionais de comunidades e povos indígenas da Amazônia brasileira sobre a biodiversidade vegetal, com destaque para as plantas medicinais de importância cultural e econômica. É docente dos Programas de Pós-graduação em Ciências Biológicas - Biologia Vegetal Tropical (UFRA/MPEG), da Rede Bionorte (Coordenação Estadual-Pará) e do Programa de Pós-graduação em Diversidade Sociocultural (MPEG).
Itana Suzart Scher
Universidade Federal da Bahia - UFBA, Faculdade Farmácia, Programa Farmácia da Terra, Rua Barão do Jeremoabo, n° 147, Ondina, CEP 40170-115, Salvador, Bahia, Brasil.
Graduada da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia, experiência na área de Farmácia, com ênfase em Farmacognosia, Etnofarmácia, Etnobotânica e Educação em saúde. Trabalha com fitoterápicos, plantas medicinais e comunidade no Programa de Extensão Permanente Farmácia da Terra. Foi monitora voluntária na disciplina FAR 172 - Fitofármacos e Fitoterapia (2013.1). Participou do Diretório Acadêmico Ferreira Gomes entre os anos 2013-2016, auxiliando na resolução de questões referentes aos estudantes. Foi bolsista IC pela FAPESB no projeto EDUCAÇÃO EM SAÚDE, CULTURA E AMBIENTE COMO ESTRATÉGIA PARA A IMPLANTAÇÃO DA FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DO CONDE/BAHIA, entre 2013 e 2015. Foi bolsista PIBIEX - PROEXT UFBA de 2016 a 2019, em três projetos de extensão seguidos: Plantas Medicinais no SUS como estratégia de Redução de Danos para usuários do Centro de Atenção Psicossocial ? Álcool e outras drogas (CAPS-AD); Fitoterapia e outras Praticas Integrativas e Complementares no SUS como estratégia para a educação popular e promoção da saúde e Educação e promoção da saúde como estratégia para expansão da fitoterapia no SUS. Trabalha com Educação em Saúde, Fitoterapia, SUS e juventude. Experiência com software de gerenciamento bibliográgica (endnote, mendeley), adquirido junto aos anos de trabalho no Farterra, assim como com elaboração de monografias, cartilhas, folderes de plantas medicinais.
Dávia Marciana Talgatti
Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Campus Oriximiná. Avenida PA 254, 257, Santíssimo, CEP 68270000, Oriximiná, PA, Brasil.
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pelotas (2006), mestrado em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009), doutorado em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014) e pós-doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2015-2017). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Botânica criptogâmica, atuando principalmente nos seguintes temas: perifíton, fitoplâncton, microfitobentos, taxonomia, organismos bioindicadores da qualidade e condições ambientais de ecossistemas aquáticos, e ecologia de microalgas e cianobactérias. Atualmente é Professora Adjunta na área de Botânica, do curso de Ciências Biológicas do Campus de Oriximiná da Universidade Federal do Oeste do Pará. Ministra disciplinas de taxonomia, ecologia e fisiologia de algas e plantas amazônicas, atua orientando estudos que versam sobre a relação de algas, cianobactérias, plantas aquáticas e terrestres com as condições ambientais do meio que estão inseridas, levantamentos florísticos e ecologia de comunidades. Além disso, desenvolve projetos relacionadas à extensão (orientadora de bolsistas pibex), principalmente voltados à divulgação da Ciência, envolvendo estudantes do ensino fundamental e médio do município de Oriximiná-PA. É Diretora do Campus Universitário da Ufopa em Oriximiná (CORI). Coordenada dois e é colaboradora em mais dois projetos de pesquisa credenciados na PROPPIT-Ufopa. Coordenada o Laboratório de Algas e Plantas da Amazônia (LAPAM-CORI).
O Brasil apresenta rica diversidade vegetal, sobretudo na Amazônia, onde grupos étnicos utilizam diversas plantas no preparo de remédios caseiros. Estas práticas terapêuticas ocorrem sem interface com políticas de saúde. Neste contexto, conduziu-se levantamento etnobotânico das plantas utilizadas como medicinais, por moradores de Oriximiná-PA, e analisou-se presença das nativas da Amazônia em documentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Após a realização de entrevistas semiestruturadas, obteve-se a coleta e identificação de 112 espécies pertencentes a 50 famílias, sendo a maior parte referente à família Fabaceae e nativas da Amazônia (56%). Após identificação, comparou-se as nativas da Amazônia com aquelas presentes em 14 documentos do SUS, onde a Relação de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) e o Programa de Pesquisa em Plantas Medicinais (PPPM) demonstraram mais quantidade de nativas, enquanto houve exclusão nas atualizações da Farmacopeia Brasileira. Porém, observou-se tendência de aumento em documentos elaborados após reconhecimento da fitoterapia no SUS. Entretanto, a maior parte das endêmicas da Amazônia não consta em nenhum dos documentos analisados. Logo, o estudo etnobotânico conduzido em Oriximiná demonstra a importância das nativas para a população, em contrapartida à sua pouca representatividade no SUS. Pesquisa desta natureza, objetiva alinhar políticas de saúde ao território.
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Jéssica Oliveira Pires
Universidade Federal do Oeste do Pará. Rua Pedro Carlos de Oliveira, Cidade Nova, CEP 68270-000, Oriximiná, PA, Brasil
Paulo Henrique de Oliveira Léda
Fundação Oswaldo Cruz- Fiocruz, Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos,. Av3nida Comandante Guaranys, 447, Jacarepaguá, CEP 21041-250, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Danilo Ribeiro de Oliveira
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Centro de Ciências da Saúde. CCS, Faculdade de Farmácia, Departamento de Produtos Naturais e Alimentos, Bl. A2, Sala 01, Cidade Universitária – Fundão, Ilha do Governador, CEP 21941-590, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Marlia Regina Coelho-Ferreira
Museu Paraense Emílio Goeldi, Av. Perimetral, 1901, Terra Firme, CEP 66077-830, Belém, PA, Brasil.
Itana Suzart Scher
Universidade Federal da Bahia - UFBA, Faculdade Farmácia, Programa Farmácia da Terra, Rua Barão do Jeremoabo, n° 147, Ondina, CEP 40170-115, Salvador, Bahia, Brasil.
Dávia Marciana Talgatti
Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, Campus Oriximiná. Avenida PA 254, 257, Santíssimo, CEP 68270000, Oriximiná, PA, Brasil.
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Como Citar
1.
Etnobotânica aplicada à seleção de espécies nativas amazônicas como subsídio à regionalização da fitoterapia no SUS: município de Oriximiná – PA, Brasil. Rev Fitos [Internet]. 18º de dezembro de 2020 [citado 14º de novembro de 2024];14(4):492-51. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/947