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A Conservação de Exsicatas em Herbários: Contribuição ao Manejo e Preservação | Revista Fitos

A Conservação de Exsicatas em Herbários: Contribuição ao Manejo e Preservação

S. S. Monteiro
A. C. Siani

Palavras-chave

Herbário
Conservação de Exsicatas
Plantas Medicinais
Fitomedicamento

Resumo

Este artigo é parte do estudo apresentado pelo autor Sérgio S. Monteiro como monografia de conclusão do Curso de Especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos do NGBS/Coordenação de Estudos de Far-Manguinhos.

A presente proposta desenvolve um estudo sobre os procedimentos de preservação e conservação de exsicatas em herbários, mapeando os pontos críticos suscetíveis à contaminação pelos agentes daninhos; principalmente os insetos xilófagos. Os métodos de controle de pragas, principalmente os controles químicos por repelentes, fungicidas e defensivos em geral, foram compilados na literatura. Paralelamente, um questionário dirigido foi elaborado e aplicado às curadorias de seis herbários nacionais com o objetivo de verificar os principais procedimentos rotineiros utilizados em cada etapa, desde o ato da coleta até os diversos estágios de montagem das exsicatas para posterior inclusão do material botânico no acervo. Como resultado, foi construído um fluxograma resumindo a seqüência das atividades envolvidas neste manejo onde foram pontuados os pontos críticos que exigem cuidados relacionados à desinfestação, visando conservar adequadamente o material vegetal. As principais técnicas empregadas na desinfestação são: a utilização de repelentes químicos de rotina (naftalina, cânfora, benzeno e outros materiais), técnicas de prevenção (resfriamento prévio ou oportuno e isolamento do material botânico) e a fumigação química periódica com produtos à base de fosfina ou dedetização ocasional. Conclui-se que a consistência e o rigor nos procedimentos vistos como parâmetros de qualidade nos processos administrativos, são fundamentais para a preservação e conservação dos acervos nos herbários. Isso minimiza a necessidade de tratamentos químicos e, portanto, os efeitos deletérios à saúde dos funcionários, usuários e ao ambiente, causados pela fumigação periódica. Por outro lado, contribui também para a diminuição nos custos envolvidos com o processo de desinfestação. Assim, os resultados deste estudo aconselham a adoção de procedimentos padronizados no manejo do material botânico durante todo o processo (da coleta ao tombamento da exsicata); como uma ferramenta efetiva para a conservação dos acervos dos herbários.

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Autor(es)

  • S. S. Monteiro
    Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde, Instituto de Tecnologia em Fármacos, Fundação Oswaldo Cruz, NGBS/Far-Manguinhos/Fiocruz, Rua Comandante Guaranys 447, Jacarepaguá, 22775-610 Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • A. C. Siani
    Departamento de Produtos Naturais, Instituto de Tecnologia em Fármacos, Fundação Oswaldo Cruz, Far-Manguinhos/Fiocruz, Rua Sizenando Nabuco 100, Manguinhos, 21041-250 Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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Como Citar

1.
A Conservação de Exsicatas em Herbários: Contribuição ao Manejo e Preservação. Rev Fitos [Internet]. 1º de dezembro de 2009 [citado 24º de novembro de 2024];4(02):24-37. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/95

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