Medicamentos Sintéticos e Fitoterápicos: Potencialidades de Equivalência

E. Michiles
A. S. Botsaris

Palavras-chave

plantas medicinais
medicamento fitoterápico
política de saúde

Resumo

Neste estudo foram relacionadas algumas sugestões que, com investimentos prioritários em P&D de espécies nativas, apresentam potencialidade de equivalência terapêutica aos sintéticos. Dos medicamentos avaliados, 21 fármacos, pertencentes a 14 classes farmacológicas diferentes possuem potencial de substituição total ou parcial, por extratos de plantas medicinais sendo o custo de produção inferior e tecnologia totalmente desenvolvida no Brasil. É possível transformar estas potencialidades em realidade, através das parcerias público-privadas, incluindo subsídios e/ou incentivos fiscais aos laboratórios nacionais, no sentido da inserção de medicamentos fitoterápicos na RENAME. Esta estratégia pode alavancar de forma definitiva a indústria farmacêutica do setor, promovendo os fitoterápicos à categoria de medicamentos eficazes, seguros e acessíveis a todos os brasileiros e inseri-los no mercado internacional, num sentido inverso ao percorrido pelos medicamentos sintéticos.

Referências

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Autor(es)

  • E. Michiles
    Coordenadora do Programa Estadual de Plantas Medicinais – PROPLAM/SES/RJ; Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Rua México, 128, sala 416, 20031-142 Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Presidente do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais – IBPM; Rua General Urquiza 128, Leblon, 22431-040 Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • A. S. Botsaris
    Presidente do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais - IBPM; Rua General Urquiza 128, Leblon, 22431-040 Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Como Citar

1.
Medicamentos Sintéticos e Fitoterápicos: Potencialidades de Equivalência. Rev Fitos [Internet]. 30º de junho de 2005 [citado 16º de novembro de 2024];1(01):36-42. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/5
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