Avaliação do conhecimento e uso de plantas medicinais e fitoterápicos por dentistas do Seridó Potiguar/RN

Izabel Cristina de Medeiros Dantas
Eudes Euller Souza Lucena
Álvaro Marcos Pereira Lima

    Izabel Cristina de Medeiros Dantas

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Graduada em Odontologia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, residente do programa de residência multiprofissional em atenção básica da Escola Multicampi de Ciências Médicas -EMCM da Universidade Federal do Rio Grande do Norte -UFRN. Tem como linha de pesquisa atual a inserção das práticas alternativas e complementares na Odontologia, com ênfase nas plantas medicinais e fitoterápicos. Identificação com Odontopediatria. Apresenta experiência profissional na rede atenção básica, atenção secundária em saúde ( CAPS II, Centro de Reabilitação Infantil, Unidade Mista) e atuação em odontologia hospital. Atuação em atividades voltadas para gestão em saúde. Desenvolve ações e atividades na rede SUAS, com passagem em equipamentos como CREAS e CRAS.

    Eudes Euller Souza Lucena

    Álvaro Marcos Pereira Lima


Palavras-chave

Plantas medicinais
Fitoterapia
Odontologia
Dentista

Resumo

O estudo teve como objetivo investigar o conhecimento, atitude e prática dos cirurgiões - dentistas, que atendem na região do Seridó no Rio Grande do Norte, sobre a fitoterapia na prática clínica. A pesquisa foi realizada por um estudo do tipo exploratório e descritivo a partir de um instrumento de coleta de dados do tipo questionário estruturado, com perguntas abertas e fechadas, disponibilizado na plataforma Google Forms e enviado por meio do endereço de e-mail profissional dos dentistas inscritos no CRO-RN que atuam na região. Os dados foram analisados a partir da análise bivariada e do teste Qui-quadrado. Apenas 17,7% dos dentistas entrevistados usam ou indicam plantas medicinais ou fitoterápicos, as espécie mais indicada pelos dentistas é a camomila (Matricaria chamomilla), para aliviar os sintomas da erupção dentária em bebês, tratamento de inflamação e ajuda no processo de cicatrização e o fitoterápico é a Valeriane  (Valeriana officinalis L). 91,1% dos entrevistados nunca cursaram nenhuma disciplina sobre a temática em questão, 68,8% não tem conhecimento da Resolução Nº 082/2008-CFO. Conclui-se, assim, que os dentistas em questão fazem pouca indicação ou prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos, e sendo possível que isso se dê pelo pouco conhecimento acerca da temática.

Referências

  1. Carvalho JCT. Fitoterápicos anti-inflamatórios: aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas, Ribeirão Preto, Tecmedd, 2004; 479p. ISBN: 9798586653086.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 60p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde).
  3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 190p.
  4. Conselho Federal de Odontologia - CFO. Resolução CFO-82/2008. Reconhece e regulamenta o uso pelo cirurgião-dentista de práticas integrativas e complementares à saúde bucal. Rio de Janeiro; 2008. p.1-16. Disponível em: [Link].
  5. Oliveira FQ et al. Espécies vegetais indicadas na Odontologia. Rev Bras Farmacogn. Jul./Set. 2007; 17(3): 466-476. ISSN 1981-528X. [CrossRef].
  6. Soyama P. Plantas medicinais são pouco exploradas pelos dentistas. Ciên Cult. [online]. 2007; 59(1): 12-13.
  7. Lustosa LJ, Mesquita MA, Quelhas OLG, Oliveira RJ. Planejamento e controle da produção. Rio de Janeiro: Campus, 2008. ISBN: 9788535220261.
  8. Varoni EM, Lodi G, Sardella A, Carrassi A, Iriti M. Plant polyphenols and oral health: old phytochemicals for new fields. Curr Med Chem. 2012; 19(11): 1706-1720. [CrossRef] [PubMed].
  9. Francisco KSF. Fitoterapia: Uma opção para o tratamento odontológico. Rev Saú. 2010; 4(1): 18-24. [Link].
  10. Machado AC, Oliveira RC. Medicamentos Fitoterápicos na odontologia: evidências e perspectivas sobre o uso da aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva Allemão). Rev Bras Pl Med. Campinas. 2014; 16(2): 283-289. ISSN 1516-0572. [CrossRef].
  11. Cavalcante ALFA. Plantas medicinais e saúde bucal: estudo etnobotânico, atividade antimicrobiana e potencial para interação medicamentosa. 2010. 210 f. Dissertação de Mestrado [Programa de Pós-Graduação em Odontologia] Universidade Federal da Paraíba-UFPB, João Pessoa. 2010.
  12. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: [Link]. Acesso em: 22 nov. 2018, às 18h32min.
  13. Rodrigues VEG, Carvalho DA. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domínio do cerrado na região do Alto Rio Grande, Minas Gerais. Ciên Agrotéc. 2001; 25(1): 102-23.
  14. Amorozo MCM. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Acta Bot Bras. 2002; 16(2): 189-203. ISSN 1677-941X. [CrossRef].
  15. Moreira RCP et al. Abordagem etnobotânica acerca do uso de plantas medicinais na Vila Cachoeira, Ilhéus, Bahia, Brasil. Acta Farm Bonae. 2002; 21(3): 205-211. ISSN 0326-2383. [Link].
  16. Borba AM, Macedo M. “Plantas medicinais usadas para a saúde bucal pela comunidade do Bairro Santa Cruz. Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. Brasil”. Acta Bot Bras. 2006; 20(4): 771-782.
  17. Macedo AF, Oshiiwa M, Guarido CF. Ocorrência do uso de plantas medicinais por moradores de um bairro do município de Marília-SP. Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2007; 28(1): 123-128.
  18. Reis LBM et al. Conhecimentos, atitudes e práticas de Cirurgiões-Dentistas de Anápolis-GO sobre a fitoterapia em odontologia. Rev Odont UNESP. 2014; 43(5): 319-325. ISSN 1807-2577. [CrossRef].
  19. Monteles R, Pinheiro CUB. Plantas medicinais em um quilombo maranhense: uma perspectiva etnobotânica. Rev Biol Ciên Terra. 2007; 7(2): 38-48. ISSN 1519-5228.
  20. Lima Jr JF. O Uso de Fitoterápicos e a Saúde Bucal. Saú Rev Piracicaba. 2005; 7(16): 11-17.
  21. Revilla J et al. Mapeamento da Biodiversidade Amazônia: potencialidades dos fitos. T&C Amaz. ano 5, nº 11, 2007.
  22. Michiles E. Diagnóstico situacional dos serviços de fitoterapia no Estado do Rio de Janeiro. Rev Bras Farmacogn. Curitiba. 2004; 14(supl. 01): 16-19. ISSN 0102-695X. [CrossRef].
  23. Santos EB et al. Estudo etnobotânico de plantas medicinais para problemas bucais no município de João Pessoa, Brasil. Rev Bras Farmacogn. 2009; 19(1b): 321-324. ISSN 1981-528X. [CrossRef].
  24. Evangelista SS et al. Fitoterápicos na odontologia: estudo etnobotânico na cidade de Manaus. Rev Bras Plan Medic. 2013; 15(4): 513-519. ISSN 1516-0572. [CrossRef].
  25. Pontes RMF, Monteiro OS, Rodrigues MCS. O uso da fitoterapia no cuidado de crianças atendidas em um Centro de Saúde do Distrito Federal. Comun Ciên Saú. Brasília. 2006; 17(2): 129-139. [Link].

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Autor(es)

  • Izabel Cristina de Medeiros Dantas
    Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Eudes Euller Souza Lucena
  • Álvaro Marcos Pereira Lima

Métricas

  • Artigo visto 1160 vez(es)

Como Citar

1.
Avaliação do conhecimento e uso de plantas medicinais e fitoterápicos por dentistas do Seridó Potiguar/RN. Rev Fitos [Internet]. 30º de setembro de 2020 [citado 17º de novembro de 2024];14(3):372-81. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1097
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Revista Fitos

Informe um erro