Plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil: pesquisa acadêmica, prova de conceito ou inovação?

Antonio José Lapa
Caden Souccar
Maria Teresa Lima-Landman
Mirtes Midori Tanae

    Antonio José Lapa

    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia. Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.

    FORMAÇÃO E POSIÇÕES ACADÊMICAS: Médico, Graduado pela Escola Paulista de Medicina – EPM/UNIFESP (1967), Doutor (1970), Livre-Docente (1988) e Prof. Titular de Farmacologia (EPM, 1989 -2013), Pós-Doc em Toxinas e Transmissão Colinérgica (Univ. New York (1971-4); Univ. Maryland (1976). Docente da G (1968-2013) e da PG (1974-2004) em Farmacologia na EPM; Coord. do Setor Produtos Naturais, PG-Farmacologia (1976-2013). . Chefe ou Vice-Chefe do Depto de Farmacologia (1999-2013); 
ATIVIDADES CIENTÍFICAS: Coord.Geral-“Programa Nacional de Especialização em Farmacologia de Produtos Naturais”(CAPES 1982-88) Chefe de Pesquisa- Farmacologia e Toxicologia Pré-clínica - Programa de Plantas Medicinais (CEME,1984-1998); Coordenador de Toxicologia Pré-clínica - Programa Plantas Medicinais (CEME,1992-1998); Consultor Técnico: Plantas Medicinais e Fitoterápicos - SNVS/ ANVISA (1990-1995); Consultor Técnico CNPq - Implementação de Redes Temáticas Regionais de Pesquisa de Plantas Medicinais (CNPq 2000-2002); Coord. Internacional: Red Iberoamericana de Plantas Medicinales (Programa CYTED-CNPq, 1994-1998); Coord. Internac: Proyeto de Investigación de Plantas Iberoamericanas com actividad antihipertensiva (Programa CYTED-CNPq, 1998-2003); Coord Projeto Instituto do Milênio “Biotrop-Plantas Amazônicas utilizadas na malária” – Programa CNPq/Decit-MS (2006-2009); Coord. geral Projeto “Facilitadores da ação colinérgica” - Projeto Temático FAPESP (2006-2010); Coord.de Área INCT: Centro de Energia, Clima e Biodiversidade (INCT-CEAB/CNPq-FAPEAM-UEA, 2008-2013); 
SOCIEDADES CIENTÍFICAS - Presidente: Soc. Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE 2001–2003); Soc. Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM, 1998-2010; 2013-on);
NUCLEAÇÃO DE INSTITUTOS E DEPARTAMENTOS: Depto Farmacologia PUC-Campinas (1981-1986); Lab. Farmacologia UFAL, Lab. Farmacologia. UFMA, Lab. Farmacologia UFMT, Lab. Farmacologia UFPE; Depto Farmacologia: UNIMAR (1991-1997); Setor de Farmacologia, Toxicologia de Medicamentos e Biotério do Centro de Biotecnologia da Amazônia-CBA-Suframa, Manaus (2004-2014). ATUALMENTE : Professor Afiliado da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP (Título outorgado em 12/11/2013); Professor de Pós-graduação na área de Concentração em Farmacologia de Plantas utilizadas em Endemias Amazônicas, (PPGBIOTC, UFAM); Professor Visitante de Medicina Experimental, ESA-Universidade do Estado do Amazonas . 
ÁREAS DE PESQUISA E PG: Transmissão colinérgica nicotínica, Toxinas e venenos, Desenvolvimento de Medicamentos: Mecanismo de ação, alvos moleculares, eficácia, segurança e biodisponibilidade; Farmacologia Translacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, determinação da "dose equivalente humana" para "ensaio de 1a. vez no homem”. (Texto informado pelo autor)

    Caden Souccar

    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia, Setor de Produtos Naturais, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.

    Professora Titular (2004) e Livre-Docente em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (1997). Graduada em Ciências Biológicas - Modalidade Médica pela Escola Paulista de Medicina (1971) com Mestrado (1977) e Doutorado (1980) em Farmacologia pela Escola Paulista de Medicina. Realizou Pós-Doutorado com especialização em Neurofarmacologia Celular no Depto. de Farmacologia e Terapêutica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, E.U.A. (1980-1982), e treinamento em análises de cálcio citosólico por microscopia confocal no Depto. de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Nagoya, Japão (1996). Profa. Colaboradora e co-orientadora da instalação dos Laboratórios de Farmacologia, Toxicologia de Medicamentos e Biotério do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Convênio de Cooperação estabelecido entre o Depto. de Farmacologia da EPM/UNIFESP, a SUFRAMA e o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Manaus (2005-2014). Profa. responsável por cursos teórico-práticos ministrados aos alunos do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Área: Farmacologia de Produtos Naturais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus (2005-2014). Pesquisadora integrante da subárea Ensaios Biológicos do Instituto de Ciência e Tecnologia-Centro de Energia, Ambiente e Biodiversidade (INCT-CEAB/CNPq CEAB), com sede na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) (2009-2015). Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE, 2001- 2003) e da Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM, 1998-2001). Editora Associada da Revista Brasileira de Plantas Medicinais (2012-presente). Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UNIFESP/EPM (2012-2015); Chefe do Departamento de Farmacologia da UNIFESP/EPM (2014 - 2017; novembro 2019-novembro 2020), membro do Conselho Fiscal da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo (FAP/UNIFESP) (2014-2017) e Vice-Chefe do Departamento de Farmacologia (2017- outubro 2019). Conta com participação regular no curso de ?Tópicos Essenciais em Fisiologia e Farmacologia? ministrado aos alunos do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UNIFESP/EPM, com temas relacionados à sua especialidade em Farmacologia. Participa regularmente das atividades de Graduação do Depto. de Farmacologia, ministrando aulas para os cursos de Medicina, Ciências Biológicas Modalidade Médica, Enfermagem e Tecnologias em Saúde da UNIFESP/EPM . Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia celular e molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: Distrofias musculares, Farmacologia da neurotransmissão colinérgica e GABAérgica periférica e central, Interação droga-receptor e acoplamento excitação-contração; Mecanismos de ação de constituintes ativos de plantas com atividade gastrointestinal e de toxinas/venenos 

    Maria Teresa Lima-Landman

    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia, Setor de Produtos Naturais, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.

    Possui graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade Federal de São Paulo (1976), mestrado (1980) e doutorado em Farmacologia (1997) pela Universidade Federal de São Paulo e pós-doutorado no Dept. of Pharmacolgy and Experimental Therapeutics, School of Medicine, University of Maryland, Baltimore, USA.. Atualmente é professor associado IV da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo. Tem experiência na área de Farmacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: plantas medicinais com atividade hipotensora/anti-hipertensiva, sistema renina-angiotensina e moduladores alostéricos de receptores nicotínicos centrais e periféricos. É responsável pela Disciplina de Farmacologia no Curso Médico e ministra aulas nos cursos de Medicina, Ciências Blógicas modalidade médica, Enfermagem e Tecnologias em Saúde. Ocupa o cargo de Coordenadora da Subcomissão do primeiro e segundo ano médico (2014-2018) e Vice-Coordenadora da Comissão do Curso Médico da Escola Paulista de Medicina/ Unifesp (2014-2016).Exerce a função de tesoureira da Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (2012-2016). É orientadora de mestrado e doutorado no programa de pós-graduação em Farmacologia da EPM/Unifesp, representante do Setor de Produtos Naturais na CEPG em Farmacologia e membro da Congregação da Escola Paulista de Medicina e membro suplente da Congregação da Unifesp. Foi representante eleito dos professores associados no Conselho de Graduação da Unifesp (2014-2017).Professora colaboradora e co-orientadora na instalação dos Laboratórios de Farmacologia, Toxicologia de Medicamentos e Biotério do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em convênio de colaboração estabelecido entre o Departamento de Farmacologia da EPM-UNIFESP, a SUFRAMA e o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Manaus, (2005-2014). Chefe da Disciplina de Farmacologia Celular (2017-2020).

    Mirtes Midori Tanae

    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia. Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.

    Possui graduação em Farmácia Industrial pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1991), mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (1999) e doutorado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (2007). Atualmente é farmacêutica da Universidade Federal de São Paulo, atuando principalmente nos seguintes temas: plantas medicinais, fitoquímica, HPLC.


Palavras-chave

Plantas Medicinais
Programas de Plantas Medicinais
Fitoterapia
Pesquisa
Desenvolvimento

Resumo

Esta resenha foi escrita para complementar a apresentação de abertura do 1º Congresso Internacional Online de Fitoterapia de 09 a 13/03/2021. Ela descreve os Programas de Pesquisa de Plantas Medicinais (PPPM) da CEME (1976 a 1998) e CAPES (1980-1990), que incentivaram a pesquisa de plantas da medicina popular visando desenvolver medicamentos para atender à demanda da saúde pública. Na realidade político-econômica da época, a dependência total dos insumos farmacêuticos internacionais impactava a economia do país, que deles necessitava para o atendimento primário à saúde que rapidamente se avolumava. Os PPPM cresceram à luz dos incentivos internacionais da OMS embutidos na Declaração de Alma Ata (1978), que recomendava a utilização dos recursos da medicina tradicional no atendimento primário à saúde. Os programas CEME, após avaliar a carência de laboratórios e pesquisadores, planejaram o desenvolvimento de medicamentos a partir de plantas brasileiras, incentivaram a integração científica na academia, apoiaram o recrutamento ativo de recursos humanos iniciados pela CAPES em 1982 e a instalação de laboratórios-embrião em universidades distantes. Especialidades inexistentes, como a toxicologia de medicamentos, foram rapidamente treinadas. Nesse contexto, a resenha resume o planejamento dos PPPM e as conquistas obtidas no estudo de Plantas Medicinais até à extinção daqueles programas governamentais.


Autor(es)

  • Antonio José Lapa
    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia. Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.
  • Caden Souccar
    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia, Setor de Produtos Naturais, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.
  • Maria Teresa Lima-Landman
    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia, Setor de Produtos Naturais, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.
  • Mirtes Midori Tanae
    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Departamento de Farmacologia. Rua 03 de maio, 100, Vila Clementino, CEP 04044-020, São Paulo, SP, Brasil.

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Como Citar

1.
Plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil: pesquisa acadêmica, prova de conceito ou inovação?. Rev Fitos [Internet]. 31º de janeiro de 2022 [citado 22º de dezembro de 2024];15(Supl 1):98-101. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1193

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