Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)(2009), mestrado e doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Química de Produtos Naturais do Instituto de Pesquisa de Produtos Naturais (IPPN-UFRJ)(2017). Atuou como professor contratado de Farmacognosia, Farmacobotânica e Química Orgânica na Fundação Centro Universitário da Zona Oeste do Rio de Janeiro (UEZO)(2013-2014). Possui pós-graduação Lato sensu em Fitoterapia pela Faculdade UnYLeYa (420h)(2020) e Especialização em Inovação em Medicamentos da Biodiversidade do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS) de Farmanguinhos/Fiocruz (2022). Atuou como docente na Universidade Estácio de Sá (UNESA) (2016-2020), ministrando as disciplinas de Farmacognosia, Fitoterapia, Bioquímica, Química Orgânica e outras correlatas, com experiência na ministração das aulas práticas em laboratórios físicos e virtuais, e ensino por meio de metodologias ativas. Foi membro do Núcleo Docente Estruturante Nacional (NDE) dos cursos de graduação em Farmácia Presencial, Semipresencial e EAD Estácio (2017-2020), sendo responsável pelas atualizações e ajustes das matrizes curriculares dos cursos de graduação em Farmácia, Presencial, Semipresencial e EAD Estácio referentes à área de Farmacognosia, Fitoterapia e Química de Produtos Naturais (2017-2020). Atualmente é conteudista EAD de Química Orgânica, Farmacognosia e Fitoterapia da empresa EnsineMe e atua como Farmacêutica Hospitalar Temporária Voluntária da PMERJ. Na área da pesquisa, possui experiência em Fitoquímica com ênfase em identificação, purificação, isolamento e elucidação estrutural de metabólitos secundários vegetais de plantas medicinais, com enfoque na espécie Schinus terebinthifolius Raddi, Anacardiaceae (aroeira-vermelha). Possui também experiência em Bioquímica, com ênfase em isolamento e aplicação biocatalítica de lipases vegetais.
Mayara de Azeredo Rezende
FIOCRUZ, Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos, Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS). Avenida Comandante Guaranys, 447, Jacarepaguá, CEP 22775-903, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Farmacêutica, especialista em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos e em Assuntos Regulatórios, Mestre em Oncologia com ênfase em Biologia Molecular e Doutoranda em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ). Possui experiência nos segmentos de farmácia hospitalar (atuando como plantonista e servidora temporária do Instituto Nacional de Cardiologia), oncológico (no âmbito de diagnóstico por citometria de fluxo e imunofenotipagem e assistencial), fitoterápicos, regulação e Propriedade Intelectual. Atualmente é Assessora Geral da Coordenação do Centro de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade (CIBS/Farmanguinhos / Fiocruz), Consultora na área de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade, Professora da área de assuntos regulatórios do curso de especialização em Medicamentos da Biodiversidade e analista de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Medicamentos da Biodiversidade. Desenvolve sua tese de doutora no segmento onco-regulatório, analisando a inserção dos dados e evidências de mundo real (Real World Data e Real World Evidence) na incorporação de novos fármacos no segmento onco-hematológico.
A espécie vegetal Schinus terebinthifolius Raddi é nativa do Brasil e, popularmente, quase toda parte da planta é utilizada para fins medicinais, incluindo o fruto, conhecido como “pimenta rosa”. Neste sentido, estudos que apontem ao desenvolvimento de inovação tecnológica associada à produção e uso de S. terebinthifolius para saúde são importantes. O objetivo desse estudo foi realizar uma prospecção de produtos para saúde a base de S. terebinthifolius Raddi e/ou de pimenta rosa, através de pesquisa na literatura e buscas em bancos de dados de patentes. Os resultados revelaram propostas de formulações farmacêuticas à base de S. terebinthifolius e seus frutos para uso em saúde humana. Os pedidos de patentes demonstraram que são inúmeras as utilidades da espécie S. terebinthifolius dentro do contexto de formulação de produtos para saúde humana a nível mundial, mas que no contexto brasileiro, não há investimento em inovação tecnológica associada à produção e uso de S. terebinthifolius. Esta pesquisa propõe a pimenta rosa como um candidato a mais para a produção de insumos farmacêuticos através da Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos fitoterápicos inovadores, estimulando o parque tecnológico brasileiro e a cadeia de inovação em medicamentos da biodiversidade.
Referências
Patocka J, Almeida JD. Brazilian pepper tree: review of pharmacology. Mil Med Sci Lett. 2017; 86(1): 32-41. ISSN 0372-7025. [https://doi.org/10.31482/mmsl.2017.005]
Silva RAD. Pharmacopeia dos estados unidos do brasil. 1ª ed. São Paulo (SP): Nacional; 1926.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria Nº 533, de 28 de março de 2012. Estabelece o elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 29 mar. 2012. Seção 1, p. 96. [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0533_28_03_2012.html].
Feriani A et al. Multidirectional insights on polysaccharides from Schinus terebinthifolius and Schinus molle fruits: Physicochemical and functional profiles, in vitro antioxidant, anti-genotoxicity, antidiabetic, and antihemolytic capacities, and in vivo anti-inflammatory and anti-nociceptive properties. Inter J Biol Macromolec. 2020; 165: 2576-2587.
Feriani A et al. Schinus terebinthifolius fruits intake ameliorates metabolic disorders, inflammation, oxidative stress, and related vascular dysfunction, in atherogenic diet-induced obese rats. Insight of their chemical characterization using HPLC-ESI-QTOF-MS/MS. J Ethnopharmacol. 2021a; 269: 113701.
Taiz L et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, 888 p.
Silva MM et al. Schinus terebinthifolius: phenolic constituents and in vitro antioxidant, antiproliferative and in vivo anti-inflammatory activities. Rev Bras Farmacog. 2017b; 27: 445–452. [https://doi.org/10.1016/j.bjp.2016.12.007].
Lobão AGSR. Consolidação do potencial científico e tecnológico das ciências biológicas: prospecção tecnológica da Schinus terebinthifolius Raddi (anacardiaceae) – aroeira vermelha. Ponta Grossa - PR: Atena, 2020. Cap. 17, 27p. [https://doi.org/10.22533/at.ed.49220021217].
Martins CF et al. Schinus terebinthifolius Raddi: Scientometric Analysis. Res Society Develop. 2021; 10(8): e11110817016-e11110817016. [https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17016].
Carvalho MG et al. Schinus terebinthifolius Raddi: chemical composition, biological properties and toxicity. Rev Bras Pl Med. 2013; 15: 158-169. [https://doi.org/10.1590/S1516-05722013000100022].
Oliveira VS et al. Aroeira fruit (Schinus terebinthifolius Raddi) as a natural antioxidant: Chemical constituents, bioactive compounds and in vitro and in vivo antioxidant capacity. Food Chem. 2020b; 315: 126274. [https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2020.126274].
Andrade KS et al. Encapsulation of pink pepper extract by SEDS technique: Phase behavior data and process parameters. J Supercr Fluids. 2020; 161: 104822. [https://doi.org/10.1016/j.supflu.2020.104822].
Pinto IC et al. Preparation of glass-ionomer cement containing ethanolic Brazilian pepper extract (Schinus terebinthifolius Raddi) fruits: chemical and biological assays. Scient Rep. 2020; 10(1): 1-13. [https://doi.org/10.1038/s41598-020-79257-3].
De Oliveira DM et al. Silver nanoparticles obtained from Brazilian pepper extracts with synergistic anti-microbial effect: Production, characterization, hydrogel formulation, cell viability, and in vitro efficacy. Pharmac Develop Technol. 2021; 26(5): 539-548. [https://doi.org/10.1080/10837450.2021.1898634].
Gomes RBA et al. Residues from the Brazilian pepper tree (Schinus terebinthifolia Raddi) processing industry: Chemical profile and antimicrobial activity of extracts against hospital bacteria. Ind Crops Prod. 2020; 143: 111430. [https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2019.05.079].
Tang H et al. Triterpenoid acids isolated from Schinus terebinthifolia fruits reduce Staphylococcus aureus virulence and abate dermonecrosis. Scient Rep. 2020; 10(1): 1-13. [https://doi.org/10.1038/s41598-020-65080-3].
Feriani A et al. HPLC–ESI–QTOF–MS/MS profiling and therapeutic effects of Schinus terebinthifolius and Schinus molle fruits: investigation of their antioxidant, antidiabetic, anti-inflammatory and antinociceptive properties. Inflammopharmacology. 2021b; 29(2): 467-481.[ https://doi.org/10.1007/s10787-021-00791-1].
Wang JHZ, Daré PK, Emer AA. The perception of Naturology students from inhaling the pink pepper essential oil (Schinus terebinthifolius Raddi). Flavour Fragr J. 2021; 36(5): 593-604. [https://doi.org/10.1002/ffj.3673].
Oliveira MBS et al. Schinus terebenthifolius Raddi extracts: From sunscreen activity toward protection of the placenta to Zika virus infection, new uses for a well-known medicinal plant. Ind Crops Prod. 2020a; 152: 112503. [https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2020.112503].
Souza LMV et al. Prospecção tecnológica do extrato da Schinus Terenbinthifolius Raddi como agente anti-inflamatório. Braz J Develop. 2020; 6(4): 20391-20400. [https://doi.org/10.34117/bjdv6n4-277].
Pereira DP et al. Potencial biotecnológico da aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi): uma revisão narrativa. Rev Saúde Meio Amb. 2021; 13(1): 25-37. [https://doi.org/10.17921/1415-6938.2021v25n1p02-08].
Ventura JA et al. Schinus terebinthifolia: tradição e inovação tecnológica na extração e fitoquímica de diferentes genóticos e o impacto na qualidade. 2021. [https://doi.org/10.22533/at.ed.69620261018].
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Informações Sistematizadas da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS: Schinus terebinthifolius Raddi, Anacardiaceae (Aroeira-da-praia) Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 81 p.
Brasil. Ministério da Economia - ME. Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuito Integrado. Manual Básico para Proteção por Patentes de Invenções, Modelos de Utilidade e Certificados de Adição, versão 2021/06. Disponível em: [https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/patentes/guia-basico/ManualBsicodePatentes20210607b.pdf]. [acesso em: abr. 2022].
Rezende MA, Oliveira ACD. Análise da qualidade técnica da redação de pedidos de patentes de fitoterápicos de interesse ao SUS. Rev Fitos. 2019; 13(3): 126-141. [https://doi.org/10.32712/2446-4775.2019.802].
Salminen A et al. Terpenoids: natural inhibitors of NF-kappaB signaling with anti-inflammatory and anticancer potential. Cell Mol Life Sci. 2008; 65: 2979-2999. [https://doi.org/10.1007/s00018-008-8103-5].
Liby KT, Yore MM, Sporn MB. Triterpenoids and rexinoids as multifunctional agents for the prevention and treatment of cancer. Nat Rev Cancer. 2007; 7: 357–369. [https://doi.org/10.1038/nrc2129].
Yadav VR et al. Targeting inflammatory pathways by triterpenoids for prevention and treatment of cancer. Toxins. 2010; 2: 2428-2466. [https://doi.org/10.3390/toxins2102428].
BishayeeL A et al. Triterpenoids as potential agents for the chemoprevention and therapy of breast câncer. Front Biosci. 2011; 16(1): 980-996. [https://doi.org/10.2741/3730].
Patlolla JMR, Rao CV. Triterpenoids for cancer prevention and treatment: current status and future prospects. Current Pharmac Biotechnol. 2012; 13: 147-155. [https://doi.org/10.2174/138920112798868719].
Jéssica Hellen Souza da Silva
Universidade Estácio de Sá, Faculdade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Rua André Rocha, 1005, Taquara, CEP 22710-560, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-6054-8903
Mayara de Azeredo Rezende
FIOCRUZ, Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos, Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS). Avenida Comandante Guaranys, 447, Jacarepaguá, CEP 22775-903, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
https://orcid.org/0000-0002-1287-0316