Registro de fitoterápicos no Brasil: uma análise de dados

Vinícius Bednarczuk de Oliveira
OrcID

    Vinícius Bednarczuk de Oliveira

    Centro Universitário Internacional

    OrcID https://orcid.org/0000-0001-7821-7742

    Graduado em Farmácia com habilitação em Indústria pela Universidade Tuiuti do Paraná (2007). Mestre (2012) e Doutor (2016) em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente, é professor no Centro Universitário Internacional UNINTER, onde atua como coordenador do Curso de Bacharelado em Farmácia. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa da UNINTER e do Grupo Técnico de Trabalho de Fitoterápicos e Plantas Medicinais do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF/PR). Possui sólida experiência em pesquisa científica, com publicações nacionais e internacionais, além de contribuições em livros, jornais e mídias especializadas. É cofundador da Supera Consultoria Projetos Estratégicos, ATS Pesquisa em Saúde, onde exerce a função de diretor científico. Foi autor da monografia da espécie vegetal Solanum paniculatum L., publicada pelo Ministério da Saúde no âmbito do RENISUS. Na pesquisa, tem interesse em diversas áreas das Ciências Farmacêuticas, com ênfase em avaliação de tecnologias em saúde (ATS), dados de mundo real, estatística aplicada e química de produtos naturais. 


Palavras-chave

Fitoterapia
Registro de Medicamentos
Análise de Dados Secundários

Resumo

Os fitoterápicos representam uma fração significativa da história da medicina e permanecem relevantes no mercado farmacêutico atual. Este estudo analisou os registros de medicamentos fitoterápicos no Brasil, destacando a frequência de espécies vegetais, as classes terapêuticas mais comuns e as principais características regulatórias. Observou-se que, entre os 11.889 medicamentos registrados válidos no Brasil, apenas 381 são fitoterápicos, representando aproximadamente 3,2%. A análise revelou padrões na categorização e possíveis lacunas na padronização dos registros, além de uma alta concentração de vencimentos previstos para 2028 e 2029. Apesar de o Brasil deter 15-20% da biodiversidade mundial, a participação de fitoterápicos no mercado farmacêutico nacional permanece limitada. Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas que incentivem a pesquisa, o desenvolvimento e a produção local de medicamentos fitoterápicos, aproveitando melhor a rica biodiversidade nacional.

Referências

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Como Citar

1.
Registro de fitoterápicos no Brasil: uma análise de dados. Rev Fitos [Internet]. 28º de julho de 2025 [citado 8º de dezembro de 2025];19:e1819. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1819
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