Intoxicação por plantas no Estado do Pará, Brasil

Bruno Fernando Barros dos Santos
Lanna Zorah Farias de Souza
Júlia Pereira Alexandre Borges
Maria Apolonia da Costa Gadelha
Pedro Pereira de Oliveira Pardal

    Bruno Fernando Barros dos Santos

    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

    Lanna Zorah Farias de Souza

    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

    Discente de graduação pela Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Desde 2017, exerce estágio voluntário supervisionado no Centro de Informações Toxicológicas (CIT - Belém), localizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), sendo bolsista plantonista (2018-2020), atuando na área da Toxicologia Clínica e Medicina Tropical com orientação ao tratamento de vítimas de envenenamento por animais peçonhentos, plantas, produtos químicos e medicamentos. Em 2020, eleita ao cargo de Presidente do Centro Acadêmico Livre de Farmácia (CALF).

    Júlia Pereira Alexandre Borges

    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

    Discente de graduação pela Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Voluntária em estágio supervisionado no Centro de Informações Toxicológicas (CIT - Belém), localizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), atuando na área da Toxicologia Clínica e Medicina Tropical com orientação ao tratamento de vítimas de envenenamento por animais peçonhentos, plantas, produtos químicos e medicamentos. Bolsista em estágio supervisionado no Centro de Informações Toxicológicas (CIT - Belém), localizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), atuando na área da Toxicologia Clínica e Medicina Tropical com orientação ao tratamento de vítimas de envenenamento por animais peçonhentos, plantas, produtos químicos e medicamentos. Aluna voluntária de Iniciação Cientifica no Laboratório de Nanotecnologia e Controle de Qualidade, na Faculdade de Farmácia, da Universidade Federal do Pará.

    Maria Apolonia da Costa Gadelha

    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

    Pedro Pereira de Oliveira Pardal

    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

    Médico formado pela Universidade Federal do Pará (1972), Especialização, Mestrado (2002) e Doutorado em Doenças Tropicais pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará (2014). Atualmente aposentado como professor da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Medicina Tropical, atuando principalmente nos seguintes temas: animais peçonhentos, envenenamentos e intoxicação.


Palavras-chave

Epidemiologia
Manihot esculenta
Jatropha gossypiifolia
Jatropha curcas
Dieffenbachia picta

Resumo

O objetivo deste estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos acidentes por plantas tóxicas no Estado do Pará, Brasil. Para isso, foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal de casos de intoxicações por plantas registradas no banco de dados do Centro de Informações Toxicológicas (CIT), do Hospital Universitário João de Barros Barreto de Belém-Pará, no período de janeiro de 2007 a maio de 2018. Os resultados revelaram 14.952 casos notificados de intoxicação por vários agentes químicos e envenenamentos por animais peçonhentos, dos quais 143 (0,95%) por plantas. A faixa etária de 0 a 9 anos, o gênero feminino, a cidade de Belém, em circunstância individual e a exposição oral foram as variáveis mais frequentes. Os vegetais que mais causaram intoxicações foram a Jatropha gossypiifolia L., J. curcas L, Manihot esculenta Crantz e Dieffenbachia picta Schott, sendo as sementes e folhas (na forma de chá) as partes do vegetal mais usadas. Neste estudo, verificou-se que a maioria das intoxicações foi de origem doméstica, o que chama a atenção para a necessidade de orientação e prevenção dos pais e responsáveis no manuseio de plantas tóxicas.

Referências

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Autor(es)

  • Bruno Fernando Barros dos Santos
    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.
  • Lanna Zorah Farias de Souza
    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.
  • Júlia Pereira Alexandre Borges
    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.
  • Maria Apolonia da Costa Gadelha
    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.
  • Pedro Pereira de Oliveira Pardal
    Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde - UFPA/ICS, Av. Generalíssimo Deodoro, 01, Umarizal, CEP 66050-160, Belém, PA, Brasil.

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Como Citar

1.
Intoxicação por plantas no Estado do Pará, Brasil. Rev Fitos [Internet]. 31º de março de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];15(1):78-83. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/857
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